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Top 10 Madrid: (6) Parque del Retiro e Casa de Campo

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O Parque del Buen Retiro, ou apenas Parque del Retiro, é a mais importante e emblemática área verde da cidade. Construído pelo Rei Filipe IV em 1630 para ser um dos muitos jardins da Família Real, integrou a arquitetura do Palacio del Buen Retiro (segunda casa da Família Real na época, totalmente destruído em 1808) e o Casón del Buen Retiro (hoje parte do Museu del Prado). Praticamente arrasado durante a primeira Invasão Francesa em 1808, foi totalmente reconstruído e aberto ao público como parque em 1868.

Muito frequentado por madrilenhos e turistas, o Parque del Retiro tem áreas para descanso, esportes, lazer e natureza, além de entretenimento incluindo inúmeros artistas de rua como músicos, pintores, videntes, malabaristas e muito mais. Uma infinidade de estátuas, fontes e monumentos comemorativos completam a decoração e o transformam num verdadeiro museu de esculturas ao ar livre.

Entre as inúmeras atrações do parque, não deixe de conhecer:

1) Paseo de la Argentina, também conhecido como “Passeo de las Esculturas”, uma grande alameda cercada por 12 estátuas dedicadas aos reis da Espanha, feitas para decoração do Palacio Real durante o reinado de Fernando VI. No centro, um grande jardim (que costuma ficar bem florido na primavera) acompanha os visitantes durante todo o passeio;



2) Estanque del Retiro, lago artificial onde os turistas podem alugar barquinhos para 2 pessoas e apreciar a visão privilegiada do majestoso Monumento a Alfonso XII, obra conjunta de 42 artistas com 30 metros de altura e 86 de comprimento. Além das esculturas, uma bela escadaria reúne artistas, músicos e pessoas que querem descansar, ler ou apenas apreciar a vista dos barquinhos no lago;



3) Palacio de Cristal e Palacio de Velázquez, datados do final do século 19 e construídos em ferro e vidro (o Palacio de Velázquez ainda recebe um acabamento em tijolos e telhas) para sediar exposições temporárias. Em frente ao Palacio de Cristal, um lago artificial reúne grande variedade de fauna.



4) Fuente de la Alcachofa, Fuente de los Galápagos e Fuente del Ángel Caído, todas do século 19. A última fonte reúne duas curiosidades: é um dos três monumentos no mundo com uma imagem do diabo (os outros estão em Turim e Nova Iorque), está exatos 666 metros acima do nível do mar;


Em sentido horário: Ángel Caído, Galápagos, Alcachofa e Ángel Caído

5) Jardins “La Rosaleda” (conta com cerca de 5570 exemplares de rosas, de 128 espécies diferentes) e “El Panterre” (com ciprestes geometricamente desenhados e local da árvore mais antiga da cidade, um Taxodium mucronatum plantado em 1630), ambos em estilo francês.


La Rosaleda (crédito pelas fotos: http://foro.tiempo.com/el-retiro-de-madrid-un-paseo-por-la-rosaleda-y-aledanos-t104321.0.html)

Horário de funcionamento: Todos os dias das 6hs às 22hs (entre Maio e Outubro até a meia-noite).
Conheça mais sobre o Parque del Retiro em http://www.paseapormadrid.com/descargas/parque_retiro_descarga_libre.pdf

Dica do Viajante: Ao redor do parque, não deixe de conhecer a imponente Puerta de Alcalá, construída no final do século 18 e usada como porta de entrada em Madrid para quem chegava de Alcalá de Henares (daí o nome), e a pouco conhecida e belíssima Iglesia de San Manuel y San Benito, construída no início do século 20 em estilo bizantino para guardar os restos mortais de Manuel Caviggioli e sua esposa Benita Maurici (daí o nome da igreja; como não existe uma Santa Benita, optou-se por San Benito), toda de mármore branco e com uma torre de 45 metros de altura. Do lado de dentro, um magnífico órgão alemão Walcker de 1910, vários mosaicos e a bela cúpula com 16 janelas (representando 16 santos) são fotos obrigatórias.


Puerta de Alcalá


Iglesia de San Manuel y San Benito (crédito pelas fotos: http://www.viendomadrid.com/2010/03/iglesia-de-san-manuel-y-san-benito.html)

Situado no bairro de Moncloa, pertinho do Palacio Real, a Casa de Campo é o maior parque urbano da Espanha. Com quase 15 vezes o tamanho do Parque del Retiro (5 vezes maior que o Central Park e 6,5 vezes maior que o Hyde Park), foi propriedade da Família Real entre 1553 e 1931, que usava o Palacio de Vargas como residência de campo e a vasta área verde como zona de caça. Durante a Guerra Civil (1936-1939) a Casa de Campo foi amplamente usada como frente de batalha, sendo até hoje possível encontrar vestígios de trincheiras e bunkers. Infelizamente o Palacio de Vargas acabou destruído durante a guerra.



Além da impressionante variedade de fauna (133 espécies de animais) e flora (inventário de 2002 catalogou 686 mil exemplares, algumas com mais de 200 anos), a Casa de Campo conta com um grande lago (turistas podem alugar barquinhos), zoológico (um dos mais respeitados do mundo, tem mais de 6000 animais de 500 espécies, incluindo um grande aquário), parque de diversões (com direito a montanha-russa e tudo), uma piscina aberta ao público no verão e teleférico (conecta a Casa de Campo com o Parque del Oeste, uma viagem de 11 minutos, 2,5km e picos de 40 metros de altura que revela uma das mais belas vistas panorâmicas da cidade). Um programão para as crianças.



A Casa de Campo também é sede da Madrid Arena, casa do ATP Masters 1000 de tênis.

Mais informações:

Casa de Campo:
- Horários: Todos os dias, de Maio a Setembro das 10hs às 14hs e das 17hs às 20hs, de Setembro a Abril das 9hs às 14hs e das 16hs às 19hs
- Como chegar: Metrô Casa de Campo (linhas 5 e 10), Batán ou Lago (linha 10)

Zoo Aquarium:
- Horários: Consulte em http://www.zoomadrid.com/horarios
- Como chegar: Metrô Casa de Campo (linhas 5 e 10)
- Quanto custa: Consulte em http://www.zoomadrid.com/precios
- Internet: http://www.zoomadrid.com/es

Parque de Atracciones:
- Horários: Consulte em http://www.parquedeatracciones.es/horario
- Como chegar: Metrô Batán (linha 10)
- Quanto custa: Consulte em http://www.parquedeatracciones.es/precios
- Internet: http://www.parquedeatracciones.es

Teleférico:
- Horários: Consulte em http://www.teleferico.com/en/opening-hours
- Como chegar: Metrô Casa de Campo (linhas 5 e 10)
- Quanto custa: Consulte em https://webstore.parquesreunidos.com/parquesv3a/parque.aspx
- Internet: http://www.teleferico.com/en/tour


Top 10 Madrid: (7) Gran Vía - Edificio Metrópolis, Plaza de España e Templo de Debod

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Talvez a segunda rua mais importante de Madrid, atrás apenas do corredor formado por Paseos de la Castellana, Recoletos e Prado, caminhar pela centenária Gran Vía é sentir um pouco da vida efervescente da cidade, formada por grandes lojas de departamentos, restaurantes, inúmeras casas de espetáculos, cinemas e teatros e trânsito frenético. Mas nem só de caos vive a Gran Vía.



Comece o passeio pelo principal centro comercial de Madrid pelo Edificio Metrópolis, localizado na esquina da Gran Vía com a Calle Alcalá, que divide com as Torres Kio (ou “Puerta de Europa”) o posto de principal cartão-postal da cidade. Construído em 1911 e inspirado na chamada “arquitetura eclética”, que mescla estilos do renascimento, barroco e neoclassicismo, base da escola parisiense de Belas Artes, caracterizada pelas linhas conservadoras com esculturas muito ornamentadas e imponentes, muito comuns no século 19. No topo do imponente edifício de 45 metros de altura e 6 andares está a cúpula de xisto preto com adornos dourados (resultado de 30 mil folhas de ouro de 24 quilates) e uma estátua da victoria alada no ponto mais alto. No último andar, existem 4 colunas com esculturas representando a mineração, agricultura, indústria e comércio. A iluminação noturna instalada nos últimos anos atrai turistas tornando-se uma das atrações mais procuradas e fotografadas pelos turistas à noite.



Em matéria de compras, lojas como H&M (número 32), Sephora (32), Zara (34) e Nike (38) atraem os apaixonados por compras, assim como o Museu del Jamón (número 72), uma mistura de bar e loja com decoração rústica e “patas de jamón” penduradas pelo salão, que atrai os curiosos e apaixonados pelo verdadeiro jamón espanhol. Para quem gosta de livros, um pouco abaixo da praça Callao fica uma das maiores filiais da rede de livrarias Casa del Libro, três andares que são passagem obrigatória para os amantes da leitura e da língua de Cervantes. Feche com chave de ouro seu roteiro de consumo na capital espanholas no El Corte Inglés, localizado na Plaza Callao, de longe o melhor lugar da cidade para estourar o limite do seu cartão de crédito. De comida a roupas, de eletrônicos a produtos de beleza, de vinhos a brinquedos, tudo pode ser comprado lá.

Site oficial: http://granvia.esmadrid.com/
Memorial "100 Anos de Gran Vía": http://granvia.memoriademadrid.es/home.php?accion=Proyecto
Plano Comercial: http://granvia.esmadrid.com/pdf/plano.pdf?1291300627
Guia de Compras: http://granvia.esmadrid.com/pdf/guia_compras.pdf?1291300627

Nosso próxima parada é a Plaza de España, uma das maiores praças da Espanha e um ponto de descanso em meio ao caos da Gran Vía. Porta de entrada para o Centro Histórico, contém um conjunto de esculturas que homenageiam o escritor Miguel de Cervantes, através de seu famoso personagem Dom Quixote, uma grande fonte e uma série de jardins, onde a oliveira é a planta predominante. No entorno, alguns dos mais altos e famosos prédios da cidade, como a Torre de Madrid (contruída em 1957, com 142 metros de altura), Edifício España (1953, caracterizado por sua silhueta escalonada em quatro alturas) e a Casa Gallardo (1911, um dos poucos exemplos da arquitetura modernista espanhola, com sacadas e detalhes florais).


Plaza de España com o Edifício España ao fundo


Casa Gallardo

Fiz questão de deixar o melhor para o final. Localizado no Parque del Oeste, a poucos passos da Plaza de España, o Templo de Debod é um templo original do antigo Egipto, construído no século II A.C. no reinado do faraó Ptolomeo IV e dedicado aos deuses Amón de Debod e Isis. Quando em meados do século XX o governo egípcio decidiu construir a barragem de Aswan, pediu à UNESCO que se encarregasse de oferecer a outras nações os templos que com a construção da barragem ficariam submersos pelas águas do Nilo: Dendur (Estados Unidos), Ellesiya (Italia), Taffa (Holanda) e Debod (España). O templo de Abu Simbel, construído pelo faraó Ramsés II, foi mantido no Egito. Foi transportado desmontado em blocos de pedra desde o Egipto, e aberto ao público em 1972. Como lembrança ao Rio Nilo, foi construído um pequeno lago em frente ao templo. De longe é o melhor pôr-do-sol da cidade.



Quanto custa e horário de funcionamento: Consulte aqui.
Internet: http://www.munimadrid.es/templodebod

Top 10 Madrid: (8) Mercado “El Rastro”

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Patrimônio Cultural de Madrid, o mercado El Rastro acontece todos os domingos e feriados, faça chuva ou faça sol, no bairro La Latina, a poucos passos do Centro Histórico. Estamos falando de um dos mais antigos e maiores mercados a céu aberto da Europa, uma tradição de mais de cinco séculos onde a cada nova semana cerca de 1000 comerciantes expõem suas mercadorias e vendem de tudo: meias, talheres, copos, louças, CDs, lençóis de cama, roupas, pianos, velas, utensílios de cozinha, plantas, revistas e livros antigos, bijuteria, telefones, sapatos, flores, quadros, televisões, brinquedos, bonecas de pano e artesanato. Pense num produto, qualquer um, e você certamente o encontrara em El rastro. É uma feira onde peças antigas e de segunda mão são as principais atrações.



A feira estende-se por várias ruas. Na Calle Ribera de Curtidores vende-se artesanato, roupas novas e antiguidades. Na Calle San Cayetano, conhecida por ser a zona dos artistas e pintores, reúne quadros ou reproduções de obras de arte. Os que procuram roupas de segunda mão ou móveis usados, devem dirigir-se à Plaza del General Vara del Rey. Na Calle Rodas a atração principal são as antiguidades. Na Plaza de Cascorro, Esplanada del Campillo, Calle del Carnero e Calle de Carlos Arniches a oferta é variada: ferramentas domésticas, tecidos, peles, discos de vinil e revistas antigas. A Rua Mira el Sol é indicada para cinéfilos, enquanto na Ronda de Toledo estão os amantes da música.



Como qualquer “mercado de pulgas”, El Rastro é para se perder, andar com calma observando as antiguidades nas calçadas, entrando nas diversas lojas com peças vintage e é sem dúvidas um programa imperdível para quem visita Madrid. Mesmo que você não tenha intenção de comprar nada, vale a pena conhecer a feira para observar o comportamento dos madrilhenhos, testemunhar a convivência entre a tradição e a modernidade, tirar fotos, muitas fotos. Não deixe de visitá-la.

Quando você já tiver comprado tudo que estava buscando, siga a tradição madrilhenha e procure um dos muitos bares de tapas (aperitivos) de La Latina, sempre acompanhado por uma “caña” (cerveja) ou uma taça de vinho.



A feira funciona das 9hs às 15hs. Para quem procura uma boa barganha, prefira andar nas barracas antes das 11hs ou depois das 14hs. Separe das 11hs e 14hs para fazer uma boquinha, pois é quase impossível andar na feira. Para chegar, vá de metrô, são várias estações: Embajadores, Lavapiés ou Sol (linha 3), La Latina, Puerta de Toledo ou Acacias (linha 5), Tirso de Molina ou Sol (linha 1), Sol ou Opera (linha 2).

Madrid é uma cidade segura, mas El Rastro é o paraíso dos batedores de carteira. Cuidado com seus pertences!

Top 10 Madrid: (9) Restaurantes

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A gastronomia é uma das principais atrações turísticas da Espanha. Das Astúrias até a Andaluzia, da Galícia até a Catalunya, do País Basco até Castilha La Mancha, comer bem faz parte da cultura do espanhol. Mesmo sendo influenciada pela gastronomia de cada região da Espanha, Madrid, como todas as capitais do mundo, consegue preservar vivos suas receitas típicas e lugares centenários para uma boa mesa.

O ponto alto da cozinha “a la madrileña” são as tapas, os famosos petiscos espanhóis, como presuntos crus, azeitonas temperadas, queijos variados, frutos do mar, carnes defumadas, entre outros. Tudo isso sempre acompanhado de um bom vinho espanhol. Embora seja possível saborear tapas em qualquer bar ou restaurante de Madrid e sua região, as zonas do centro, La Latina, Chueca e Salamanca são as melhores da cidade.

Uma vez em Madrid, não deixe de provar um típico “cocido madrileño”. Prato forte, com sabores intensos, indicado para os dias frios, é uma espécie de ensopado com grão de bico, carne, verduras, legumes e embutidos. De acordo com a tradição, deve ser servida em 3 pratos: o primeiro de sopa, com o caldo, em seguida um com os legumes e verduras, e por fim um último prato com as carnes e embutidos.


"Tostas" da Casa Camú

Nenhum prato simboliza mais a identidade espanhola do que a paella. Feita com arroz, acafrão, frutos do mar e frango, é certamente o prato mais conhecido fora da Espanha. Tem suas origens na comunidade de Valência, embora existam outras versões (a Marinera, à base de frutos do mar, e a de Rioja, à base de coelho, frango e vinho tinto, são apenas alguns exemplos). Pode ser encontrada em qualquer esquina, desde as tabernas mais rústicas (vendida na forma de tapas), em versões congeladas nos mercados (evite a todo custo) até restaurantes com estrelas no Guia Michelin.

O jamón merece um capítulo especial. Originário das regiões sul e sudoeste da Espanha (Salamanca, Ciudad Real, Cáceres, Badajoz, Sevilha, Córdoba e Huelva), os porcos passam por um rígido processo de criação, que inclui alimentação à base de cereais, cuidado para que estejam movendo-se constantemente (o que ajuda na composição das fibras) e o processo de cura, que pode durar de 8 a 36 meses. O resultado é uma carne de qualidade, com aroma e textura singulares, gordura monoinsaturada com menos LDL (colesterol ruim) e mais HDL (o bom). Para assegurar a qualidade, algumas regiões estabeleceram selos de denominação de origem como “Pata Negra”, “Jamón Ibérico de Bellota” e “Jamón de Guijuelo”, cujos preços podem facilmente atingir algumas centenas de euros por um único quilo.


"Parrillada" da Marisqueria Moreno

Como um país mediterrâneo, a Espanha não pode reclamar da qualidade dos seus frutos do mar, muito pelo contrário. Com mais de 3 mil quilômetros de litoral, muitas cidade dos litorais norte (Galícia, Astúrias, Cantábria, País Basco) e sul (Andaluzia e Catalunha) vivem da pesca de polvos, lulas, camarões de todos os tamanhos. Independente da cidade em que você esteja, as “Marisquerías” (um “açougue” de frutos do mar) oferecem frutos do mar fresquíssimos e baratos. Entre os pratos mais famosos, a “mariscada” (combinação de frutos do mar na grelha), a “parrillada” (só com camarões) e o “pulpo a la gallega” (pedaços de polvo na grelha com páprica), prato típico da Galícia.

Fechando nosso tour gastronômico, não podemos deixar de falar dos doces. Churros com chocolate, turrón, crema catalana são os mais conhecidos, mas na Espanha o doce é geralmente associado a alguma celebração religiosa, como as “Rosquillas de San Isidro” e “Rosquillas de Santa Clara” (para a festa do padroeiro da cidade), o “Roscón de Reyes” (para o dia de Reis), os “Huesos de Santo” e a “Torrija” (para a Semana Santa) e os “Panecillos de San Antón” (para o dia de San Antonio Abad).

Madrid conta com mais de 3100 restaurantes, com opções para todos os gostos e bolsos. Como todo blogueiro tem sua lista dos 10+, segue a minha com os meus preferidos, com inspiração nos ingredientes da cozinha de Cervantes que escrevi neste blog, mas sem esquecer dos sabores da modernidade:

Grupo 1: Viva a gastronomia espanhola!

1) Casa Camú: Típico “pé-sujo” madrilhenho com 11 unidades na cidade, oferece mais de 30 opções de “tostas” (as boas e velhas bruschetas, feitas numa fatia de pão italiano de 22cm, €4 cada), de longe as melhores da cidade. Juras eternas de amor pela versão de “Hamburguesa con queso y salsa de mostaza".

2) La Barraca: A poucos passos do Edificio Metropolis, especializado em comida valenciana, tem o arroz como carro-chefe – são 14 opções, mas a estrela do cardápio é a paella, a melhor da cidade. A lista de entradas tem  mais de 20 opções, com destaque para as porções com frutos do mar.


Paella do La Barraca

3) Marisqueria Moreno: O melhor lugar para comer frutos do mar em Madrid não fica necessariamente em Madrid. Na distante Móstoles, distante 1h de metrô de Nuevos Ministerios, você comerá a melhor parrillada da sua vida (cerca de 40 camarões gigantes, carabineros, lagostim e lulas, porção para 2 pessoas) por ridículos €40.

4) La Bola: É indispensável comer um cozido madrileno no La Bola, um restaurante que foi inaugurado em 1870 e que, desde essa data, prepara este prato em panela de barro individual e ao fogo lento de carvão de lenha, segundo dita a tradição familiar. Pertinho da Plaza de Oriente e do Palacio Real.

5) Taberna Txakolí: As melhores tapas e pintxos de Madrid. Lozalizado no boêmio bairro de La Latina, tem ambiente simples e balcão com todas as opções - o cliente escolhe o vai comer e paga por unidade. Não deixe de provar a versão com vieira gratinada, acompanhada por um vinho Txakolí (típico do país basco) ou uma bela sidra.

6) Sobrino de Botín: Localizado a poucos passos da Plaza Mayor, é o restaurante mais antigo do mundo (fundado em 1725), atrai 10 em cada 10 turistas sedentos pelos saborosos "cochinillos" (leitões) e cordeiros assados em forno de lenha, original desde a abertura do lugar. A decoração de antigamente e o piso inferior de pedra valem cada foto.


Cochinillo da Casa Botín

Grupo 2: Ótimo custo/benefício

7) Hard Rock Café: A poucos passos da Plaza de Colón, filial da rede americana com cardápio nos padrões Outback – burgers, carnes e massas. Prove o "Legendary Burger" e o “Grilled Chicken Marsala”, pasta com alho, queijo pecorino, cogumelos, espinafres, molho marsala. Na saída, deixe alguns euros na lojinha da marca.

Grupo 3: Jantar inesquecível em Madrid

8) Rubaiyat: A melhor carne espanhola tem sotaque brasileiro. Localizado a poucos passos do Santiago Bernabéu, numa zona 100% residencial, serve bifões e pescados (feitos em forno de barro) para comer de joelhos. Divide com o Astrid y Gastón o trono de melhor carta de vinhos da cidade. Escolha a linda terraza, repleta de vegetação, para comer.

9) Santceloni: Com 2 estrelas no Guia Michelin, para muitos é o melhor restaurante de Madrid. No cardápio, pratos e porções com inspiração nas cozinhas e ingredientes das diversas regiões da Espanha, sempre com toque de criatividade. Pule o menu a la carte e vá direto no menú degustação, com entrada, 5 pratos, a melhor mesa de queijos do mundo (quase 70 opções), 2 sobremesas e petit fours.

10) Astrid y Gastón: Cozinha peruana levada à perfeição. Localizada em Salamanca, a casa do chef Casa do chef Gastón é um “gastrobar”, oferecendo pratos de alta gastronomia na forma de tapas, que podem ser pedidas em menu degustação de 6 pratos + 2 sobremesas, ou à la carte. Tem uma das melhores cartas de vinho da cidade. Os ceviches e as tapas de frutos do mar são obrigatórias.

Guia do Viajante Comilão: 10 atrações imperdíveis em Madrid (Espanha)

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Em sentido horário: Estádio Santiago Bernabéu, Parque del Retiro, Palacio Real e Parrillada da Marisqueria Moreno

Madrid é uma das mais belas e agitadas cidades da Europa. Capital cultural, intelectual e política da Espanha, foi fundada pelos árabes como uma fortaleza, assim permanecendo até que Afonso VI a ocupou, em 1083. Felipe II fez dela a capital da corte em 1561, posto que antes era ocupado por Toledo, e desde então a cidade floresceu, tornando-se vibrante, dinâmica e moderna, mas sem deixar de preservar seu patrimônio histórico e cultural.

Arborizada e plana, convida o(a) visitante para longas caminhadas, onde o centenário e o moderno convivem em total harmonia. O Centro Histórico é um verdadeiro museu a céu aberto com séculos de história bem preservada, o Palacio Real com seus salões e jardins reúne imponência e luxo, os inúmeros parques da cidade são um convite para relaxar, fazer piquenique, andar de barquinho no lago, apreciar a natureza.

O Paseo del Prado reúne o Triângulo de Ouro da Arte, formado pelo Museo del Prado, Museo Reina Sofia e Museo Thyssen-Bornemisza, que juntos representam a maior concentração de arte da Europa e expressam de forma única a evolução da arte ao longo da História da Humanidade. E se o assunto é museu, como não mencionar o Real Madrid, clube mais rico do mundo, cujo museu pode ser considerado um dos mais belos do gênero na Europa?

O cenário gastronômico vibrante, com o que há de melhor na cozinha ibérica - tapas, paellas, doces e presuntos, reúne o que há de melhor no país e é uma atração à parte. Come-se bem, bebe-se ainda melhor. O vinho aqui é tratado com respeito, com adegas bem abastecidas de rótulos nacionais, dos tradicionais tintos de Rioja e Ribera del Duero até exemplares de Cava e Jerez, sem falar dos vizinhos italianos, portugueses e franceses, muitas vezes com preços bem atraentes.

Mas Madrid não seria Madrid sem sua noite efervescente e sua "movida madrileña", repleta de gente nas ruas exercendo a essência da boemia do povo espanhol e que já faz parte da cultura, uma animada peregrinação que percorre bares e discotecas em busca boa comida, bebida e agitação, invariavelmente até o Sol raiar.


Em sentido horário: Torres Kio, Tostas da Casa Camú, Plaza de Cibeles e Museo del Prado

Como chegar:

Avião: Voos diretos para Madrid saem de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Recife, operados pela Iberia (11/3218-7130, www.iberia.com/br) e pela TAM (4002-5700 e 0800-570-5700, www.tam.com.br). Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Barajas (MAD, www.madridmad.com), há três maneiras econômicas de chegar ao Centro: ônibus (€ 2,90), metrô (€ 2) e trem (€ 2). O ônibus segue até Plaza de Colón, no Centro, ou Chamartín. O trem vai até a estação Atocha. De táxi, o trajeto sai por cerca de € 22.

Trem: Com malha ferroviária entre as mais extensas e modernas da Europa, os trens conectam Madrid com praticamente todos os destinos na Espanha. As estações de Atocha (sul) e Chamartín (norte) são as principais estações da cidade, de onde parte os trens de alta velocidade (AVE) da companhia Renfe (www.renfe.com) para destinos como Sevilla (1h30 de viagem), Barcelona (2h30), Málaga (2h30) e Valencia (1h30).

Transporte: 

O metrô é o jeito mais eficiente e econômico de deslocar-se pela cidade durante o dia. Composto por 12 linhas e 238 estações, é fácil de andar, fácil de localizar-se e chega em qualquer lugar. O bilhete de uma viagem sai por € 1,50, enquanto o de dez viagens sai desde € 12. Estão também disponíveis bilhetes turísticos válidos para viagens ilimitadas por vários dias: 1 dia (€ 8), 2 dias (€ 13,40), 3 dias (€ 17,40), 5 dias (€ 25,40) e 7 dias (€ 33,40).

Importante: O mapa de metrô da cidade pode ser acessado aqui. Uma versão cartográfica, com uma visão da cidade, pode ser consultado aqui.

À noite, depois de um show ou jantar até altas horas, os táxis são os meios de transporte mais convenientes, mas também são os mais concorridos: a frota de mais de 15 mil veículos não dá conta da alta demanda, que num típico sábado à noite pode chegar a 160 pessoas por um único carro.

Para quem tem vontade de conhecer Madrid, o Viajante Comilão montou um roteiro com o que há de mais imperdível na cidade, que pode ser feito em 2 ou 3 dias, dependendo do seu planejamento. Se tiver mais um dia livre, deixei uma dica de passeio nas redondezas, que pode ser feito num "bate-e-volta".

Boa viagem!













Nos arredores de Madrid:










O Viajante Comilão recomenda: Comer & Beber em Madrid

Clique na imagem para consultar meus restaurantes preferidos na capital espanhola:




Cidades Inesquecíveis - Lucerna (Suíça)

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Kapellbrücke ("Ponte da Capela") toda florida

Lucerna é uma das cinco cidades mais lindas que já visitei – as outras são Praga, Edimburgo, Le Mont Saint Michel e Paris. Estive lá em 2008, fiz um “vale a pena ver de novo” em 2011 e conto os dias para visitá-la novamente. Lugar simplesmente inesquecível.

Distante apenas 45 minutos de Zurique, Lucerna tem população estimada em 60 mil habitantes (pequena para os padrões brasileiros, mas é a oitava maior cidade da Suíça) e recebe anualmente cerca de 2,5 milhões de visitantes, o que faz dela o principal centro turístico do país. Clima de cidade de interior, com aquela simpatia dos lugares onde todos parecem se conhecer, ruas estreitas, pequenos e centenários comércios, gente andando a pé, crianças correndo e alimentando os gansos no lago, bicicletas ao invés de carros. Sim, parece que o tempo parou em Lucerna.

Lucerna cresceu rodeada de privilegiada beleza natural, e soube fazer um bom uso do presente que recebeu: situada às margens do Rio Reuss, de água cristalina, banhada pelo Lago Vierwaldstättersee (também conhecido como “Lago dos Quatro Cantões” ou simplesmente “Lago Lucerna”, que possui a mais extensa navegação da Europa) e emoldurada pelos Alpes Suíços, nasceu uma cidade onde arquitetura e natureza parecem ter sido feitos um para o outro, com casinhas de madeira na beira do lago, construções medievais, góticas, barrocas e renascentistas convivendo em harmonia ao longo dos séculos e deixando a paisagem ainda mais bonita.


Rio Reuss e seus gansos

Fundada em 1178, Lucerna é considerada o coração geográfico e histórico do país. Estão lá testemunhos materiais de mais de 830 anos de história: de muralhas de fortificações medievais, passando por grupos de casas barrocas do século 16 ao futurístico Centro Cultural e de Convenções de Lucerna, projeto do arquiteto Jean Nouvel concluído em 2000, e que abriga a mais moderna sala de concertos do país e uma generosa programação musical. Lucerna aprendeu a ser moderna, mas sempre respeitando a natureza e cuidando bem de sua história.

Tudo em Lucerna acontece em torno da Kapellbrücke (“Ponte da Capela”), construção do século 14 que junto com a Wasserturm (“Torre da Água”) e o Rio Reuss formam o cartão-postal mais fotografado da Suíça. O lindo centro histórico fica na margem norte do rio e ostenta edifícios dos séculos 15-17 com fachadas pintadas, torres de vigia, bem como uma série de pontes de pedestres. Às margens do rio, restaurantes instalam mesas e cadeiras para que os clientes possam aproveitar os dias de sol, sempre acompanhado da centenária ponte e com os Alpes ao fundo.


Kapellbrücke ("Ponte da Capela") + Wasserturm ("Torre da Água") com a Altstadt ("Cidade Velha") ao fundo

Aliás, um dos charmes da cidade são justamente suas pontes: sete, ao todo. A formação de Lucerna está diretamente relacionada a elas e, pela abundância de água, por muito tempo foi conhecida como a Veneza Suíça. O rio só foi aterrado em 1860 e até hoje suas águas são controladas por barragens para evitar inundações. Em 1168 foi construída a primeira das pontes, quando a cidade ainda era uma aldeia de pescadores.

A melhor maneira de conhecer Lucerna é a pé, explorando suas ruelas levemente desniveladas e cruzando as pontes que atravessam o Rio Reuss. Em apenas 1 dia é possível conhecer as principais atrações, mas separe 2 dias para visitar tudo sem pressa, entrar no ritmo da cidade e apreciar o tempo passar nas escadarias em frente ao Rathaus (“Prefeitura”), comendo um bom chocolate suíço. Para os que desejam visitar as montanhas, é só colocar 1 dia a mais no pacote.


Uma das sete pontes sobre o Rio Reuss

Por fim, sua proximidade com os Alpes permite que Lucerna seja muito procurada como ponto de apoio por praticantes de esqui, já que possui fácil acesso a quatro montanhas míticas: Pilatus (subida feita pelo bondinho mais íngreme do planeta, com incríveis 48% de inclinação, e tobogã com 1.300 metros de extensão no verão para a descida), Rigi (lugar da primeira linha de trem da Europa a subir montanhas, também recebeu o primeiro trem a vapor do continente, em 1871), Stanserhorn (famosa pelo teleférico Cabrio, de dois andares e com a parte superior aberta) e Titlis (a mais alta da turma, com 3020 metros).

Para mais informações sobre Lucerna, procure o Centro de Atendimento ao Turista, que fica na Bahnhofstrasse 3, em frente à Kapellbrücke, na Neustadt ("Cidade Nova"), na margem sul do rio, mesmo lado da estação de trem. O telefone de lá é +41 (0)41 227 17 17, e não se preocupe se o seu alemão não estiver muito bom: eles falam inglês.


Uma das muitas fachadas de Lucerna finamente decoradas

O Viajante Comilão recomenda – o que fazer em Lucerna:

1) Kapellbrücke (“Ponte da Capela”): Construída em 1333 sob o rio Reuss, é a ponte de madeira coberta mais antiga do mundo, erguida para fortificar os limites da cidade e mais tarde interligar a Altstadt ("Cidade Velha"), na margem norte do rio, com a Neustadt ("Cidade Nova"). Aberta ao público no século 17, o artista Henry Wagmann fez 147 pinturas ilustrativas para adornar seus 204 metros de extensão, que contam lendas, combates e histórias referentes à cidade, mas um incêndio ocorrido em 1993 destruiu uma centena delas. Hoje, após um árduo trabalho de restauração, é possível conferir 112 obras;


Kapellbrücke ("Ponte da Capela") florida: é primavera em Lucerna!

2) Wasserturm (“Torre da Água”): Localizado ao lado da Kapellbrücke, a torre octogonal em pedra já foi utilizada como prisão, câmara de tortura e torre de observação. Hoje é sede de uma associação tradicional da cidade, mas não é aberta ao público – com exceção da pequena loja de souvenirs no térreo. O conjunto ponte + torre é visualmente tão marcante que é considerado um dos principais cartões-postais da Suíça;

3) Rio Reuss e Vierwaldstättersee (“Lago dos Quatro Cantos” ou “Lago Lucerna”): Rio de águas cristalinas que corta a cidade, lar de gansos, o Reuss espelha a arquitetura dos edifícios que contornam o centro urbano, enquanto o Lago Lucerna, principal rota para chegar nas montanhas, convida o(a) turista para um passeio de pedalinho com a companhia dos Alpes ao fundo;


Vierwaldstättersee (“Lago dos Quatro Cantos” ou “Lago Lucerna”) com Alpes ao fundo, gansos e pedalinhos para aproveitar a paisagem

4) Spreuerbrücke (“Ponte dos Despejos”): Não tão badalada quanto sua irmã Kapellbrücke, foi a segunda ponte de madeira construída sobre o rio Reuss. Seu nome deve-se ao fato de que, na Lucerna medieval, era o único lugar da cidade onde era permitido lançar despejos ao rio. Datada de 1408, possui no seu interior 67 pinturas representando a Totentanz (“Dança da Morte”), uma alusão às epidemias de peste tão temidas nas cidades medievais. Sua conservação ao longo dos séculos a mantém original e com a mesma vitalidade de 600 anos atrás;

5) Löwendenkmal (“Monumento do Leão”): A escultura esculpida em parede de pedra natural por Bertel Thorvaldsen em 1820, faz uma homenagem aos mais de setecentos Guardas Suíços que foram massacrados em 1792 durante a Revolução Francesa, quando revolucionários invadiram e tomaram o Palais des Tuileries (“Palácio das Tulherias”) em Paris, França;



6) Museggmauer (“Muralha de Musegg”): Fazer uma visita até os resquícios da muralha construída em 1386 para delimitar e proteger a cidade é um passeio pela história de Lucerna. Das 9 torres construídas inicialmente, restam apenas 3 – Schirmerturm, Zytturm (onde está o relógio mais antigo da cidade, construído em 1535, famoso por tocar um minuto antes de todos os outros de Lucerna) e Männliturm. É possível visitá-las e caminhar no alto da muralha, apreciando uma bela vista panorâmica da cidade;





7) Jesuitenkirche (“Igreja dos Jesuítas”): Os jesuítas chegaram a Lucerna em 1534, fugidos da reforma religiosa ocorrida no país. Diferentemente da maioria dos Estados suíços, que aderiram ao protestantismo, Lucerna não o fez. Hoje, ela é metade católica, metade protestante. A igreja só foi concluída em 1666 em estilo barroco e tem como padroeiro São Francisco Xavier;


Moradores e turistas aproveitam para descansar e apreciar o tempo passar em frente a Rathaus

8) Hofkirche Sankt Leodegar (“Igreja de St. Leodegar”): É a principal igreja renascentista da Suíça e catedral da cidade, construída durante a Guerra dos Trinta Anos e fundada em 1639, no mesmo local onde antes existiu um mosteiro beneditino do século 8 e uma igreja românica do século 12, esta última destruída por um incêndio em 1633, do qual só restaram as torres em estilo gótico;



9) Altstadt ("Cidade Velha"): Edifícios dos séculos 15-17 com fachadas pintadas e arquitetura típica são a marca da cidade. Comece seu tour pelos edifícios na Rathausquai, uma rua de pedestres em frente ao Lago Lucerna, com destaque para o prédio da Rathaus (“Prefeitura”), que chama atenção pela torre e o telhado vermelho, vindo de Berna. Adentre as ruas estreitas e aprecie as praças com fontes góticas e a arquitetura das casas no centro histórico, decoradas com lindos afrescos. Termine o passeio na Weinmarkt (“Praça do Mercado de Vinho”), uma feira ao ar livre realizada todo sábado de manhã em frente ao Kapellbrücke e que reúne produtores de azeites, queijos, vinhos, frutas vermelhas...



10) Gletschergarten (“Jardim dos Glaciares”): Jardim-museu aberto em 1873 e localizado ao lado do Löwendenkmal, tem rochas originárias da Era do Gelo que provam que, há 20 milhões de anos, o oceano banhava a Suíça e a região do Lago Lucerna tinha clima subtropical. Exposições interativas explicam que já foram encontradas amostras de grãos de areia do deserto do Saara nos Alpes, além de soldados e armas. A mostra também lembra de Ötzi, a múmia encontrada em 1991 nos Alpes italianos, a 3.210 metros de altura;

11) Kultur und Kongresszentrum Luzern (“Centro de Convenções e Cultura de Lucerna”): Lucerna é conhecida pelos seus maravilhosos festivais de música clássica, que acontecem todo mês de agosto. Projeto do arquiteto francês Jean Nouvel , o KKL é uma das melhores salas de concerto do mundo, com capacidade para 1.842 pessoas, que também abriga um centro de convenções e o Museu de Arte de Lucerna;

12) Tribschen: Bairro no subúrbio de Lucerna, conhecido por ter sido lar do compositor alemão Richard Wagner entre 1866 a 1872. Sua residência foi transformada em um museu.

O álbum completo de fotos de Lucerna pode ser acessado na página do Viajante Comilão no Facebook - http://www.facebook.com/OViajanteComilao.

Informações úteis:

1) Como chegar: Os maravilhosos e confortáveis trens de 2 andares da Companhia Ferrovária da Suíça (SBB) partem da estação Zürich HB a cada 50 minutos em direção a Lucerna. A viagem dura aproximadamente 50 minutos, as passagens custam a partir de CHF 12 por trecho. Também é possível chegar a Lucerna por Berna (1h20 de viagem, CHF 18,50 por trecho), Genebra e Lausanne (2h30 de viagem cada, são poucas as viagens sem mudanças de trem). Para mais informações sobre itinerários e horários, acesse o site http://www.sbb.ch/en, onde é possível comprar o ticket online.

2) O que comer: Em 2008 conheci o Rathaus Brauerei, em 2011 foi a vez do Hotel Des Alpes, infelizmente não tive muita sorte em nenhum dos dois. Para quem busca dicas, recebi boas recomendações do Geissmatt (geissmatt.ch), Old Swiss House (oldswisshouse.ch), Bellini (continental.ch), Wirtshus Zum Rebstock (rebstock-luzern.ch) e Berggasthaus Bannalpsee (restaurant-bannalpsee.ch), mas aviso que (ainda) não conheço nenhum deles. Outra opção que funciona muito bem é a feira de quitutes, ideal para quem deseja montar um kit com queijos, embutidos, azeitonas e pães, para comer no hotel mesmo, acompanhado lógico de um ótimo vinho.

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São Paulo, Aconchego Carioca: Cervejas, bolinhos e felicidade

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Bolinho de feijoada

O Rio de Janeiro é reconhecido e respeitado nacionalmente pela excelência dos seus botequins. Destacar-se num mercado com qualidade tão elevada não é para qualquer um. Fenômeno de público e crítica, o Aconchego Carioca aterrisou em terras paulistanas em Outubro de 2012 pelas mãos do beer sommelier e ex-sócio do Melograno, Edu Passarelli. Localizado estrategicamente na região da Paulista, com metrô pertinho, chegou para reforçar a linha de ótimos bares da região, muito disputados para happy-hour. Como atrativo, ótimos bolinhos e uma carta de cervejas com quase 300 rótulos, alguns raros e exclusivos.

O ambiente faz uma homenagem aos tradicionais botequins cariocas. A primeira coisa que chama a atenção quando entramos no salão são as paredes de tijolos à mostra ricamente ornamentadas com garrafas vazias e placas com marcas de cervejas do mundo todo, muitas das quais clássicas. Completam a atmosfera as redes no teto e o bom samba de música ambiente, em volume que não interfere nas conversas, que convidam a afrouxar a gravata e começar a “volta ao mundo em 300 cervejas” com o ótimo chopp Bamberg, acompanhado por uma das mais de 10 porções de petiscos da casa.

O atendimento mostra-se esforçado, os garçons correm o tempo todo, mas escorregam em pontos-chave. Na primeira visita do blog, nossos petiscos levaram quase 1 hora para chegarem à mesa. Ao questionarmos o garçom do porque outras mesas que chegaram bem depois já estavam comendo, recebemos uma das respostas mais sinceras que já ouvi até hoje: “pedimos desculpas, por engano servimos seus bolinhos para outra mesa”. Obrigado pela sinceridade, mas custava ter avisado antes?


Salão térreo

Aliás, nas três visitas que o blog fez ao Aconchego, em duas “engano” mostrou-se uma carasterística da casa que precisa ser eliminada urgentemente. Perdi as contas de quantas vezes ouvi, em mesas ao lado da nossa, garçons dizendo “pedimos desculpas, mas estes bolinhos não são os que vocês pediram” e “pedimos desculpas, mas entregamos por engano os bolinhos de vocês em outra mesa”. Pessoal do Aconchego, atenção!

Antes de falarmos das cervejas, vamos falar dos bolinhos. Como a lista de opções é grande, dedicamos 2 visitas para provar a maior quantidade possível de petiscos da casa. E não saímos arrependidos.

O carro-chefe, que elevou a casa da proprietária Kátia Barbosa à posição de referência em terras cariocas, é o bolinho de feijoada (R$ 21, 4 unidades), que leva massa de feijão preto, couve, bacon e acompanha torresmos bem sequinhos e batidinha de limão. Fritura sequinha, bem recheado e com sabores marcantes, o bolinho revela a cada mordida porque é um dos petiscos mais famosos do Brasil. Para aqueles que acharem a textura um pouquinho seca, é só colocar umas gotinhas da pimenta da casa para realçar os sabores e torná-lo uma viagem inesquecível.

Outro acerto certeiro da casa é o “Deixa Arder” (R$ 23, 6 unidades), composto por uma pimenta dedo-de-moça inteira, empanada e frita, recheada com carne seca desfiada e requeijão, acompanhada por vinagrete. A queimação inicial virá acompanhada pelo sabor marcante da carne seca e pela presença suave do requeijão, que juntos formam uma explosão de sabores na boca. Sério, o negócio é sensacional.

Mas o meu preferido de todos sempre será o bolinho de feijão branco com rabada (R$ 23, 6 unidades), com fritura perfeita (aliás, uma marca da casa, todos os bolinhos são crocantes, leves e sequinhos) e recheio tenro e bem temperado, lembra carne de panela.



O bolinho de "batata baroa" (a nossa mandioquinha) com camarão (R$ 23, 6 unidades) leva o crustáceo inteiro, o que faz toda a diferença na mordida: você sentirá o sabor adocicado da mandioquinha (que no RJ chama-se batata baroa), o gosto suave do camarão, e o interessante é que os sabores não se misturam, convivem harmoniosamente na boca, bem separados e nítidos. Dá para comer uns 200.



O Croquete de Carne (R$ 25, 10 unidades) tem sabor suave e fica ainda melhor com umas gotinhas da pimenta da casa. Crocante por fora e macio por dentro, feito com carne moída, sem dúvida é bem feito, mas não é um petisco surpreendente, inesquecível.



O blog também provou o "Jiló do Claude" (R$ 24), um negócio que pode parecer estranho demais para os paladares paulistanos, mas que agrada pela mistura de sabores: rodelinhas de jiló fritas, vinagre balsâmico reduzido com mel (o que elimina o amargor do jiló), queijo de cabra (mega macio) e pimenta rosa, que chega à mesa com algumas rodelas de pães, para comer como se fosse canapé. A combinação do jiló, do molho e do queijo mostram bastante complexidade da boca. Dentro de tantas opções carnívoras, é uma ótima opção "vegan friendly"para petiscar.



A casa possui uma linha de caldinhos, ideiais para abrir a refeição e esquentar nos dias frios. A versão de feijão branco com frutos do mar (R$ 12) leva feijões, lula, mexilhão e camarões. É bem temperado, aconchegante, embora talvez agradasse mais se o feijão fosse batido, como um creme, ao invés de inteiro.



Para fechar a linha de petiscos, o blog provou o pastel de carne-seca com requeijão (R$ 25, 10 unidades), de massa incrivelmente crocante e leve, mas que no dia da visita tinha recheio salgado demais, e o bolinho de grão-de-bico com bacalhau (R$ 28, 12 unidades), que foi uma decepção – grão-de-bico em excesso escondeu o sabor do bacalhau, que aliás apareceu em pequena quantidade.


Pastel de carne-seca com requeijão

Na terceira visita, deixamos de lado os petiscos e resolvemos provar os menus executivos servidos de terça à sexta na hora do almoço, com entrada + prato + sobremesa por R$ 32,90, um baita negócio em se tratando da região da Avenida Paulista, onde comer é extremamente caro. A comida é muito bem servida, suficiente para não sair com fome. O menu servido no dia da visita, uma sexta-feira, tinha uma salada de abobrinha marinada, ervilha torta, rúcula e castanha do Pará como entrada, arroz de crustáceos como prato principal e brigadeiro de colher de sobremesa.


Salada (quantidade bem servida - na foto acima, o prato já estava pela metade)


Arroz de crustáceos

Nossas opiniões sobre a comida: a salada é espetacular, provavelmente a melhor parte da refeição, a abobrinha marinada merece juras eternas de amor pela mistura de sabores adocicado e azedinho, certamente eleva o nível da refeição. O “arroz de crustáceos” nada mais é que um arroz com carne de siri com 3 camarões, que chegou à mesa seco, com excesso de sal e decepcionou completamente. O desempate ficou para a sobremesa, um brigadeiro de colher denso, macio, amargo, que beira o inesquecível.


Brigadeiro de colher

O cardápio completo de almoço da casa pode ser consultado aqui:



Ainda na linha das sobremesas, os palitinhos de queijo coalho com goiabada cascão formam uma versão moderna do clássico "Romeu e Julieta". O queijo não é salgado, a goiabada é super macia e pouco doce (o que destaca o sabor marcante da fruta), a combinação agrada e surpreende a cada mordida. Vale a pena.



A carta de cervejas do Aconchego Carioca mostra identidade e brilho próprios, com ótima seleção de rótulos escolhidos a dedo para harmonizar com os petiscos e pratos da casa, que em conjunto com a ótima relação custo/benefício colocam, na opinião deste blog, a carta do Aconchego entre as 3 melhores de São Paulo. O Brasil domina a carta, com mais de 50 rótulos garimpados em pequenas cervejarias, assim como uma boa seleção de belgas e ingleses, com opções pouco conhecidas do público brasileiro e até alguns rótulos que só são encontrados nas geladeiras do Aconchego.

O resultado do árduo trabalho de um dos maiores especialistas em cerveja do país agrada em cheio os paladares mais exigentes e os conhecedores da bebida, explorando bem os diferentes tipos de cervejas. Na opinião deste blog, a carta poderia ter mais opções de Red Ale e IPA, em pequena quantidade na carta.


Aconchego e suas lindas geladeiras

Para começar a degustação, pedimos a Coruja Cerveja Viva (R$ 29,50), na opinião deste blog a melhor artesanal brasileira. Cerveja artesanal tipo Pilsen, não-pasteurizada, 4,5% ABV e com 3 vezes mais malte que as cervejas comuns, coloração âmbar, espuma clara, densa, volumosa e duradoura. O aroma e sabor são extremamente maltados, lembrando banana, pão, mel, caramelo e cereais. Muito refrescante e saborosa.

Em seguida, fomos brincar um pouco no cardápio das Red Ale's. Pedimos a redonda Murphy’s Irish Red (R$ 14), uma autêntica irlandesa de alta fermentação com cor avermelhada, malte tostado, 5% ABV, espuma espessa, sabor encorpado e amargor típico das Red Ale inglesas. Como é distribuída pela Heineken, pode ser facilmente encontrada nas prateleiras de supermercados como Pão de Açucar e Mambo.


"Deixa Arder", Spitfire e bolinho de grão-de-bico com bacalhau

A terceira cerveja que escolhemos foi a clássica e refrescante Spitfire Kentish Ale (R$ 26), produzida pela cervejaria Shepherd Neame, simplesmente a mais antiga do Reino Unido. Lançada em 1990 para homenagear o Supermarine Spitfire, um dos símbolos da resistência britânica na segunda guerra mundial, e lembrar os 50 anos da batalha que ocorreu entre a Luftwaffe (força aérea alemã) e a Royal Air Force (força aérea britânica) sobre a cidade de Kent. Tida como a mais clássica e tradicional Ale inglesa, com 4,5% ABV, tem espuma leve, maltes caramelizados, aroma floral e final frutado com leve amargor. Ótimo drinkability, fácil de beber, dá para tomar várias.

As cervejas são tratadas com carinho de estrela principal, e uma amostra disso é a próxima cerveja da lista, uma velha conhecida: a Cooper’s Extra Strong Vintage Ale (R$ 22), minha Ale preferida. Esta australiana de 7,5% ABV passa por uma longa fermentação em barris de carvalho, sem falar da segunda fermentação em garrafa, o que lhe confere corpo e uma complexidade de aromas e sabores. Sem dúvida uma “cerveja de guarda”, para quem realmente é apaixonado por Ale.


St. Feuillien Saison (esq) e Struise Pannepot 2011 (dir)

Entrando no maravilhoso mundo das cervejas belgas, começamos o tour com a St. Feuillien Saison (R$ 22), tida como a melhor Saison do mundo. Nota 96 pontos na ratebeer.com, uma belga leve e refrescante com 6,5% ABV, espuma generosa, fácil de beber, aroma de cereais e notas frutadas cítricas na boca e um leve amargor no final que lembra as clássicas trapistas. Uma baita cerveja.

A sexta cerveja da degustação foi uma clássica Belgian Strong Dark Ale. Pedimos a La Trappe Quadrupel (R$ 56), de longe minha belga favorita, mas que infelizmente estava em falta no dia. O garçom sugeriu uma Chimay Grande Reserve (R$ 54), não pasteurizada e refermentada na própria garrafa, também com sabor forte do malte torrado, aroma floral e notas frutadas, carasterísticas das trapistas belgas escuras, mas com amargor um pouco mais acentuado do que a La Trappe. Chegou à mesa com temperatura mais baixa que o recomendado (entre 8 e 12 graus), o que interfere na degustação e altera a percepção dos sabores (sim, a temperatura na cerveja é tão importante quanto no vinho), mas nada que 10 minutos na mesa não tenham resolvido.

Para fechamos a primeira parte da degustação com chave de ouro, pedimos a excepcional Duchesse de Bourgogne (R$ 25), uma Flandres Red Ale com dupla fermentação e envelhecida em barricas de carvalho por 18 meses, considerada a cerveja com notas mais vinificas no mundo, com forte presença de frutas vermelhas no aroma e paladar. Já falamos sobre ela aqui no blog, lá no post do The Burger Map.



O Aconchego fechou recentemente uma parceria com a importadora Hors Concours para oferecer uma seleção de 21 rótulos raros de pequenos produtores belgas, nos estilos  saison, lambic e strong dark ale, muitos premiados em concursos internacionais. Sem dúvida uma baita oportunidade para que os verdadeiros apreciadores conheçam o que existe de melhor em matéria de cervejas especiais. Nem preciso dizer que tanta exclusividade tem seu preço: uma garrafa aqui pode chegar facilmente aos 3 dígitos.

Para saber mais da carta de "cervejas top" do Aconchego, acesse o ótimo link do blog “Sem Medida” - http://semmedida.com/vi-por-ai/hors-concours-nova-cervejaria-traz-rotulos-unicos/.

Tivemos a oportunidade de provar 4 cervejas do carta de cervejas "Hors Concours". Seguindo a recomendação do Edu Passarelli, pedimos a Struise Pannepot 2011 (R$ 36), a “Ale do Velho Pescador” tem nota 100 no ratebeer.com, ocupando hoje o sétimo lugar entre as melhores cervejas belgas do site, o que não é pouca coisa. 10% ABV, é escura, quase um café, densa e consistente, perfume de chocolate, café e frutas secas, encorpada e complexa na boca com sabor doce de caramelo com um tostado bem leve e equilibrado. Provavelmente foi a melhor cerveja da degustação.



A segunda cerveja da "carta top" (e nona no geral) foi a Struise Motuecha (R$ 27), uma Blond Belgian Ale do Flandres, região flamenca no norte Bélgica, e que usa lúpulo da Nova Zelândia. Tem com 5% ABV, Uma das poucas que não surpreendeu, tem amargor acentuado (lembra uma clássica lager européia) na boca, no nariz tem notas críticas, como um Sauvignon Blanc.

A décima cerveja foi a desejada Sint Amatus 12 (R$ 58), da cervejaria Struise Brouwers, envelhecida em barris de vinho, calvados e whisky, 99 pontos na ratebeer.com. 10,5% ABV, esta quadrupel belga tem cor escura, pouca e densa espuma, no nariz e boca predominam o café, mas não faltam as notas de chocolate, as frutas secas, as uvas passas. Deve ser apreciada em diferentes temperaturas, degustada pausadamente, provavelmente após uma refeição.

Fechamos a degustação com a Harviestoun Ola Dubh 1991 (R$ 55) uma escocesa maturada em barricas de carvalho utilizadas para o whisky Highland Park Single Malt Vintage 1991. Série limitada com apenas 20 mil garrafas produzidas (as garrafas são numeradas), este petardo com 10,5% ABV adquiriu dos barris a doçura do toffee e notas de amêndoas torradas. Chocolate, café, melado, amêndoas, uísque, madeira, os sabores e aromas são marcantes e complexos. Outra que chegou à mesa mais fria do que o recomendado, e ao longo da refeição abriu-se, ganhou corpo e personalidade.

Endereço: Alameda Jaú, 1372 – Jardim Paulista
Telefone: +55 (11) 3062-8262
Horário de funcionamento: Terça a sábado das 12hs à meia-noite, domingo das 12hs às 18hs.
Internet: www.aconchegosp.com.br

Dicas da Suíça: Trem GoldenPass Lucerna - Interlaken

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Lungern

Rápido, limpo, confortável e sempre pontual, o trem é o principal meio de transporte da Suíça. Pequeno em extensão territorial (equivalente ao estado do Rio de Janeiro), o país possui uma impressionante malha ferroviária com mais de 5 mil km de extensão – são incríveis 118,12 metros por km², a segunda maior do mundo (atrás apenas da República Tcheca, com 122.13, e infinitamente superior aos medíocres 3,35 do Brasil), 824 estações e mais de 300 milhões de passageiros transportados todos os anos.

Lucerna e Interlaken são duas das cidades mais lindas e espetaculares da Suíça. Distantes 50 minutos de trem das imperdíveis Zurique e Berna, respectivamente, são lugares que representam a essência de tudo o que é possível encontrar na Suíça: casinhas de madeira centenárias, vaquinhas com sininho no pescoço pastando tranquilas e lagos com água azul turquesa, tendo como plano de fundo o fantástico cenário panorâmico alpino. Além de serem duas cidades obrigatórias no roteiro de todo(a) turista que visita a Suíça, Lucerna e Interlaken são conectadas por um dos passeios de trem mais bonitos do mundo.


“Brünig Pass” serpenteando o Lungernsee

Além dos trens regulares da SBB CFF FFS (a companhia ferroviária do país), a empresa GoldenPass Line opera uma rota turística entre as duas cidades, que percorre os 74 km do passeio via “Brünig Line” em exatas 2 horas. Os vagões chamados “Panoramic” são espaçosos, confortáveis, silenciosos e com janelas gigantes que permitem uma visão privilegiada dos 21 vilarejos, 10 paradas, 4 lagos (Vierwaldstättersee, também conhecido como o Lago Lucerna; Sarnensee, Lungernsee e Brienzersee) e muitas paisagens de cartão-postal.

Entre Lucerna (450 metros de altitude) e Giswil (485 metros de altitude), a viagem é praticamente plana. A partir de Giswil o trem inicia uma subida constante, serpenteando pelas montanhas passando por Kaiserstuhl (700 metros) e Lungern (752 metros). Para vencer os 3 km quem separam Lungern de Brünig-Hasliberg (1002 metros), o ponto mais alto da viagem, com inclinação média de 12%, entram em ação as tradicionais cremalheiras (em descidas e subidas muito íngremes, vários trens têm uma terceira "roda", que é uma engrenagem que se conecta com um trilho especial dentado, que dá a tração para o trem).


Vilarejo com degelo ao fundo

O trajeto entre Brünig-Hasliberg (1002 metros de altitude) e Meiringen (595 metros) é uma descida íngreme com quase 4 km de extensão, e novamente as cremalheiras são necessárias para vencer os cerca de 400 metros de altitude. De Meiringen até Interlaken Ost (568 metros) o passeio volta a ser plano.

O trajeto também pode ser feito de carro, pela “Brünig Pass”, muito procurada por motociclistas pelas curvas e por ciclistas pelas subidas e descidas. Veja a altimetria completa do percurso aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Profil_Luzern-Interlaken_Ost.png.


Trem a caminho de Lucerna, passando por Lungern

Saindo de Lucerna, as duas primeiras paradas ficam aos pés de 3 das principais montanhas dos Alpes Suíços, muito procuradas por turistas e praticantes de esqui. A partir do pequeno vilarejo de Hergiswil (10 minutos de viagem), às margens do Lago Lucerna, é possível subir o Monte Stanserhorn, famoso pelo teleférico Cabrio, de dois andares e com a parte superior aberta, ou pegar outro trem até Engelberg e de lá o teleférico até o Titlis (3020 metros de altitude). A segunda parada é em Alpnachstad (16 minutos), principal rota de acesso ao Monte Pilatus, de onde parte o bondinho mais íngreme do planeta, com incríveis 48% de inclinação.

A terceira parada é na pitoresca Sarnen (23 minutos), capital do cantão de Obwalden, espalhada por uma encosta de montanha por cima de um prado repleto de árvores, às margens do Sarnensee e aos pés do Monte Langis, de onde partem bondinhos e teleféricos para 12 montanhas dos Alpes. A cidade é habitada desde a idade da Pedra Antiga e da Idade do Bronze, como demonstram vestígios encontrados no vale de Sarnen.


O segredo do chocolate suíço

Os vilarejos de Giswil (34 minutos), Kaiserstuhl (41 minutos) e Lungern (48 minutos), no coração dos Alpes, são muito procurados pelos suíços como estâncias balneares no Verão e de esqui no Inverno. Localizados num vale, a visão a partir do trem é de um mirante em movimento que revela casinhas de madeira, um belo lago de água esmeralda (mas que também pode ser azul turquesa, dependendo da incidência de luz) que perde-se no horizonte, pastos com as tradicionais vaquinhas suíças, água de degelo escorrendo pelas pedras formando cascatas, florestas exuberantes e sequências de cadeias de montanhas. A cada momento revelam-se novas surpresas, novos ângulos. Na opinião deste blog, um dos cartões-postais do passeio e que provavelmente renderá as melhores fotos da viagem.


Giswil

Chegou a hora de subirmos até Brünig-Hasliberg (1 hora de viagem). Não fosse a vasta floresta à direita, certamente a visão panorâmica do vale seria sensacional, mas como as árvores estão altas, será difícil ver alguma coisa lá embaixo. Aproveite a subida pela janela, com sorte você poderá cruzar com um urso pelo caminho.

A descida até Meiringen (1h17 de viagem), penúltima parada da viagem, provavelmente revelará um pouco da paisagem, mas sem dúvidas a parte mais divertida é acompanhar a composição descendo o vale como se fosse um carro engatado. Localizada num cotovelo e rodeada de montanhas, Meiringen é um destino famoso pela cachoeira Reichenbach (250 metros), cenário da morte presumida de Sherlock Holmes no livro “The Final Problem” – aliás, o pequeno vilarejo possui um museu dedicado ao personagem de Sir Arthur Conan Doyle. Meiringen também é conhecida por supostamente ter criado o merengue.


Casinhas em Lungern

Como Meiringen é ponto final, não uma estação de passagem, a locomotiva acoplada à frente da composição precisa ser desconectada, manobrada e levada para o final da composição, onde será reconectada para seguirmos viagem até Interlaken. É estranho, mas é a única maneira do trem seguir viagem, já que não existe espaço para manobrar todos os vagões.

A última parada antes de Interlaken Ost é Brienz (1h39 de viagem), uma espécie de península com casinhas de madeira, muitas das quais centenárias, cercada pelas águas de cor azul turquesa do Lago Brienz e com a fiel companhia dos Alpes dos dois lados. Completam a paisagem os barquinhos milimetricamente parados no lago como se estivessem posando para as fotografias. Para muitos, uma das paisagens mais cênicas da Suíça. Se o paraíso realmente existe, com certeza foi inspirado em Brienz.


Brienz

Brienz também é famosa pelo Freilichtmuseum Ballenberg, um vasto museu ao ar livre de 66 hectares e que é composto por cerca de 100 edifícios rurais históricos, desde simples chalés alpinos a explorações agrícolas inteiras com muitos animais. As construções, de madeira, pedra ou tijolo, vieram de várias regiões suíças e todas foram salvas da demolição, tendo sido cuidadosamente removidas e reconstruídas no local. No interior destas casas o mobiliário é também o original. Vale a visita.

O destino final do GoldenPass Panoramic é Interlaken. Separe pelo menos 2 dias na cidade, o primeiro para desfrutar este vilarejo encantador, cercado por montanhas e localizado entre os Lagos Brienz e Thun, e o segundo para subir o Monte Jungfrau (3454 m), conhecido como “Top of Europe” (onde fica a mais alta estação de trem da Europa) e famoso por ter neve o ano todo (é possível esquiar até no verão). Para saber mais sobre Jungfrau, acesse http://www.viajenaviagem.com/2011/09/de-interlaken-ao-top-of-europe-pela-jungfraubahn/.


Brienz

De Interlaken você também pode seguir viagem até Berna (via SBB) ou pegar o trem GoldenPass Classic com destino a Montreux (baldeação em Zweisimmen), na Suíça francesa, um trajeto que pode ser percorrido em 3 horas. São 8 trens diários, 2 dos quais usando vagões Pullmann, que pertenceram à Orient-Express. Para saber mais sobre o GoldenPass Classic, acesse http://www.viajenaviagem.com/2011/09/golden-pass-line-parte-1-de-montreux-a-interlaken/.

Importante 1: No trajeto entre Interlaken e Lucerna as paradas são as mesmas. Seguem os tempos de viagem, para que você possa orientar-se durante o passeio: Brienz (18 minutos de viagem), Meiringen (31 minutos), Brünig-Hasliberg (52 minutos), Lungern (1h05), Kaiserstuhl (1h12), Giswil (1h21), Sarnen (1h34), Alpnach (1h41) e Hergiswil (1h49).

Importante 2: É possível fazer os dois trechos da Golden Pass Line com o Swiss Pass, desde que se viaje nos vagões convencionais. Para viajar nos vagões panorâmicos é necessário fazer reserva e pagar suplemento.


Vagão "Panoramic" e seus janelões

Horários de partida dos trens:
- A partir de Lucerna: de hora em hora, das 06h55 às 19h55 (trens panorâmicos às 07h55, 09h55, 12h55, 14h55, 17h55 e 19h55);
- A partir de Interlaken: de hora em hora, das 07h04 às 19h04 (trens panorâmicos às 07h04, 10h04, 12h04, 15h04 e 17h04).

Para reservas e mais informações, acesse o site do GoldenPass Line: http://www.goldenpass.ch/default.asp?Language=EN

O álbum completo de fotos do passeio entre Lucerna e Interlaken pode ser acessado na página do Viajante Comilão no Facebook - http://www.facebook.com/OViajanteComilao.

Dicas do Viajante Comilão:
- O blog “De Mochila as Costas” fez um post bem legal sobre os Alpes Suíços, vale ler e principalmente deliciar-se com as fotos! Segue o link: http://viajardemochilaascostas.blogspot.com/2012/09/alpes-suicos.html

- O blog “Passeando pela vida...” percorreu os vilarejos alpinos de moto, cruzando toda a Suíça alemã e terminando na Suíça francesa, As fotos são espetaculares! Seguem os links da viagem:

Link 1: http://passeandopelavida.com/2012/10/09/25-passeando-ate-a-suica-2012-o-vale-lauterbrunnen-e-grinderwald/
Link 2: http://passeandopelavida.com/viagens-passadas/2012-2/v-paseando-ate-a-suica-2012/


Paris – Stade de France

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Construído para a FIFA World Cup de 1998, o Stade de France está localizado em Saint Denis, município ao norte de Paris. Estádio “cinco estrelas” no padrão FIFA (classificação necessária para receber finais da Champions League e UEFA Europa League), tem capacidade para 81,338 expectadores, todos confortavelmente sentados, o que o coloca como o sexto maior estádio da Europa, atrás do Camp Nou (99.786), Wembley (90.000), Santiago Bernabéu (85.454), Croke Park, (82.300) e Twickenham, (82.000). Famoso dos brasileiros por ter sido palco da trágica final de 1998 (onde o Zidane comeu a bola), é um passeio obrigatório para quem está em Paris.

Em tempo: a lista completa de estádios classificados pela FIFA como “cinco estrelas” pode ser consultada em http://www.worldstadiumdatabase.com/list-of-uefa-5-star-stadiums.htm.

Pouco usado com futebol, recebe basicamente jogos da seleção francesa em amistosos e competições internacionais, além das decisões da Copa da Liga Francesa e da Copa da França, o que totalizam não mais que 6 jogos por ano – vale lembrar que o Stade de France não é casa de nenhum clube de futebol do país. Foi palco das finais da Copa de 1998 e da Champions League em 2000 (Real Madrid 3-0 Valencia) e 2006 (Barcelona 2-1 Arsenal). Olhando para o futuro, a final da Euro 2016 já está garantida.



Sim, são eventos importantes, mas antes de você concluir que o Stade de France é mais um típico caso de “elefante branco” que gera prejuízos para os cofres do governo, saiba que o Stade de France fatura quase 100 milhões de euros por ano. Como? Apostando na diversidade de eventos, o faz dele um dos mais bem sucedidos exemplos de arena multiuso da atualidade.

Reconhecido como um dos estádios de rugby mais importantes do mundo e casa dos míticos “Le Bleus”, o Stade de France recebeu jogos da Rugby World Cup de 1999 e a final de 2007 (Africa do Sul vs Inglaterra), o que faz dele o único no mundo a receber finais dos torneios mais importantes de futebol e rugby. Também sediou a final da Heineken Cup de 2010 (competição de clubes mais importante do mundo) e é um dos estádios usados no “Six Nations”, competição anual que envolve Inglaterra, França, Irlanda, Itália, Escócia e País de Gales, segundo torneio de seleções mais importante do planeta (só perde para a Rugby World Cup).



Concebido pelos arquitetos Michel Macary, Aymeric Zublena, Regembal Michel, and Claude Costantini (CR SCAU Architecture) como uma arena multi-uso, levou apenas 31 meses para ser construído e custou €290 milhões (52% pagos pelo Estado). O futebol responde por apenas 25% da programação anual – além do rugby (50% da programação), sedia de atletismo (sediou a IAAF World Championships in Athletics de 2003) a motocross, de automobilismo a vôlei de praia, de windsurfe a corridas de cavalo, sem esquecer dos shows musicais.

Vamos aos números: entre 2011 e 2012, o rúgbi levou 650 mil torcedores ao estádio, com taxa de ocupação de 81%. No mesmo período, foram 520 mil torcedores em jogos de futebol, menos apenas que os estádios do PSG, Lyon e Olympique de Marselha. Em oito shows, sendo três deles internacionais, 527 mil pessoas vieram ao estádio. E mais de 300 mil assistiram às seis óperas apresentadas no Stade de France. Desde a sua fundação, mais de 24 milhões de franceses e turistas de todo o mundo já passaram pela arena em 335 eventos. Para 2013, estão previstas entre 25 e 27 atividades.


Visita ao Stade de France num dia de neve

Para os(as) amantes de arquitetura, destaque para a cobertura extraordinária, um disco elíptico que parece flutuar sobre o estádio suspenso por 18 “agulhas” de aço colocadas em intervalos de 40 m, exatos 46 metros acima do campo. Projetado para proteger os expectadores sem cobrir o campo de jogo, sua área de seis hectares e 13 mil toneladas é considerada uma maravilha técnica, mesmo após 15 anos da sua construção.

Outros dois diferenciais do Stade de France são o anel inferior, projetado para ser retrátil – quando preciso, seja para competições ou entretenimento, o setor é rebaixado e empurrado para baixo da arquibancada central, uma operação de guerra que dura cinco dias e envolve 40 pessoas – , e as 18 rampas de acesso às galerias superiores que permitem a saída dos mais de 80 mil expectadores em inacreditáveis 15 minutos (na verdade, o recorde do estádio são apenas 7 minutos).


Cobertura e rampa de acesso

O Tour do Stade de France está longe de ser espetacular, mas é a maneira mais fácil de conhecer as instalações, ver de perto a cobertura e o anel inferior, sem ter que disputar os concorridos (e caros) ingressos para uma partida de futebol ou rugby. Com duração de 90 minutos, você poderá sentar nas arquibancadas, conhecer o vestiário dos visitantes (o mesmo usado pela França na decisão da Copa do Mundo), passar pelo mesmo túnel que dá acesso ao gramado, conhecer o museu (bem fraquinho, diga-se).


Vestiário

No dia da visita do blog, o Stade de France tinha recebido uma competição de automobilismo poucos dias antes, e a visão lá de cima em nada poderia indicar que ali havia um gramado, famoso por ser um dos mais bem tratados do mundo – na realidade, o guia informou que o estádio ficaria cerca de 6 meses sem receber jogos, pois a área passaria por uma ampla manutenção e um novo gramado seria plantado.

O vestiário de visitantes é impecável, com camisas dos jogadores da seleção francesa penduradas como se houvesse algum jogo próximo. Na decisão da Copa do Mundo de 1998 o Brasil era mandante, e por isso a França teve que usar o vestiário de visitante. Impossível não voltarmos a 1998, cerca de uma hora antes do confronto, e não lembrarmos de tudo o que aconteceu, das indecisões até poucos minutos antes da partida, seguido por 90 minutos que, na minha opinião, registraram o maior domínio de uma seleção sobre a outra em uma final de Copa do Mundo.


Fotos de alguns eventos do Stade de France


Capas dos jornais franceses antes e depois da decisão em 1998

O museu é bem simples, com fotos nas paredes da maioria dos eventos realizados, um setor dedicado ao processo de construção do estádio com fotos e maquetes, capas de jornais franceses dos dias antes e depois da decisão contra o Brasil que contrastam a ansiedade e a euforia, televisões que mostram os melhores momentos da partida, camisas autografadas de times de futebol e rugby. Uma ala dedicada a Champions League tem a bola da final. E é só.


Camisa autografada da seleção alemã (esq), camisas da seleções da França e Brasil usadas na final da Copa de 1998 (dir)


Em sentido horário: Guitarra do U2 (Vertigo Tour), Camisa dos All Blacks, bola da Champions League de 2006, maquete do State de France com as "agulhas" que sustentam a cobertura e as rampas de acesso

A última atração do tour é o túnel que dá acesso ao gramado. O guia conta uma história, pede para que os(as) visitantes entrem perfilados como dois times de futebol, com direito a música tema da Fifa ao fundo. Meio patético. O que vale é chegar na beira do gramado e apreciar a imensidão ao redor, a grandeza do estádio visto de baixo é impressionante.


Túnel de acesso ao gramado

A saída nos deixa na porta da loja oficial, cuja maior atração é o mascote Footix, o galinho da Copa de 1998. Os chamados souvenirs são um pouco caros e deixam as fotos como lembranças suficientes de um estádio impressionante.

O tour custa €15 (€10 para menores de 18 anos), na minha opinião caro pelo que oferece. Para saber os horários e comprar seu ingress, acesse http://accueil.stadefrance.com/en/customers/billet/stade-de-france-tour-pass.

Como chegar: De metrô – estações “La Plaine Stade de France” (RER B), “Stade de France - Saint Denis” (RER D) e “Saint Denis - Porte de Paris” (linha 13).

O mapa de metrô de Paris pode ser consultado aqui: http://www.ratp.fr/informer/pdf/orienter/f_plan.php

Dicas da Suíça: Interlaken e Jungfrau

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Localizada no coração dos Alpes Suíços, a pitoresca Interlaken atrai turistas do mundo todo com seus esplêndidos cenários, situada entre os lagos Thun e Brienz e aos pés da cadeia de montanhas Jungfrau (4.158 metros), o Mönch (4.099) e o Eiger (3.970), Patrimônio Natural da Humanidade desde 2001.

Considerada a “Meca” dos esportes de aventura na Europa, Interlaken oferece opções o ano todo: são mais de 200km de ótimas pistas para esquiar, praticar snowboard e rafting pela neve, opções de montanhismo, alpinismo, trekking, rafting, canoagem, wakeboard e rapel, além de voos de asa-delta, balonismo, parapente, paraglider, salto de paraquedas sobre a cidade e os lagos... Ufa!


Em sentido horário: Hotel Victoria-Jungfrau, construções típicas de Interlaken, Jardim Japonês e visão da Höheweg com os paragliders sobrevoando a cidade

A cidade é pequena e charmosa, com construções coloridas, floridas e com bandeiras na porta. 1 dia é suficiente para um city tour completo, mas recomendo ficar 2 dias na região para fazer o principal passeio da região: a montanha Jungfrau. Falarei sobre ele daqui a pouco.

Plana e arborizada, a melhor maneira de conhecer Interlaken é a boa e velha caminhada. Saindo da Interlaken Ost, comece o passeio pela Höheweg, principal rua e que corta a cidade de uma ponta a outra, cheia de lojinhas de souvenirs, restaurantes, onde você encontrará o Jardim Japonês, o Monastério e a Abadia. Após alguns minutos de caminhada você avistará uma grande área verde à esquerda: é o Hoehematte, um parque com vista privilegida para o nevado Jungfrau. Do lado direito, chama a atenção o imponente hotel 5 estrelas Victoria-Jungfrau, onde também fica o cassino Kursaal, construídos em meados do século 19.


Hoehematte

Continue pela Höheweg, vire à direita na Bahnhofstrasse e pare alguns instantes na ponte sobre o rio Aare para apreciar uma das muitas comportas do século 19. Do outro lado da ponte está a comuna de Unterseen, com seu centro antigo (Altstadt) datado de 1280, onde destacam-se a igreja matriz de 1471, com sua torre gótica, e a Stadthausplatz, praça onde fica o belo prédio da Stadthaus (Câmara Municipal), com a companhia das montanhas Mönch à esquerda e Jungfrau à direita.

Achei na internet um mapa bem legal de Interlaken com as principais atrações destacadas, já com um trajeto sugerido para city tour. Para acessá-lo, clique aqui.


Vida chata: casinhas (e vida) ao redor do lago Thun

Interlaken também é referência em termos de cultura, sediando diversos eventos artísticos e musicais durante todo ano. Outro destaque fica por conta da gastronomia – a região, repleta de renomados restaurantes, oferece diversas opções de pratos tipicamente suíços como fondue e batata rösti, além de opções internacionais.

A subida ao Jungfrau é a principal atração em Interlaken e uma das mais famosas da Suíça. Diariamente, cerca de quatro a seis mil passageiros pagam os quase 200 francos suíços (ida e volta) para fazer o trajeto entre Interlaken e o Jungfraujoch, conhecida como “Top of Europe” por ser a mais alta estação de trem da Europa (3.454 metros). O trecho de 12 km entre as estações de Kleine Scheidegg (2.061 metros) e Jungfraujoch, inaugurado em 1912, dos quais 7 km são percorridos em um túnel que atravessa as montanhas Eiger e Mönch, é considerado uma espetacular obra de engenharia ferroviária. A construção levou 16 anos para ser concluída.


Unterseen in a nutshell

Devido à altura, o topo do Jungfrau topo é totalmente coberto por neve o ano todo, também conhecido como “neve eterna”. É possível até esquiar no verão, quando a temperatura ao ar livre se aproxima do 0°C. É a melhor época para a diversão de famílias com crianças, já que no inverno as temperaturas chegam facilmente aos 20 graus negativos.

A viagem é feita em dois trechos: o primeiro vai de Interlaken Ost a Kleine Scheidegg, que pode ser feito por duas rotas distintas, via Lauterbrunnen (que ainda terá uma parada em Wengen) ou Grindelwald – minha sugestão é que você suba por uma rota e desça pela outra. No segundo, você precisará fazer uma baldeação para um trem especial que te levará pela “Jungfrau Railway” até o cume. Para subir a imensa parede, a locomotiva e as composições são do tipo "cremalheira", uma linha ferroviária com trilhos dentados, no qual engrenam as rodas motrizes, também dentadas, das locomotivas, e utilizados em aclives acentuados.


Abadia (esq) e cadeias de montanhas a partir do Hoehematte

Durante a viagem, o cenário visto pelas janelas é de sonhos: pequenos vilarejos, chalés típicos em estilo enxaimel, pastos verdejantes, florestas, vaquinhas com os típicos sinos dourados, estações de esqui. No horizonte, a presença imponente das montanhas cobertas de neves eternas.

O passeio completo pela Jungfraubahn leva entre cinco e seis horas, partindo de Interlaken. Reserve mais 2-3 horas para percorrer todo o circuito do “Top of Europe” – que conta com restaurantes, lojas, pistas para esqui e snowboard, museu e o observatório "Sphinx", localizado a 3.571 metros de altitude (ponto mais alto do Jungfraujoch), com estações de astronomia, astrofísica, meteorológica e observação das radiações cósmicas, além da plataforma utilizada pelos turistas para tirar fotos. Não deixe de visitar o "Palácio de Gelo", uma galeria de túneis e câmaras escavadas diretamente na geleira do Aletschgletscher que, nos seus 24 quilômetros de comprimento, é a maior dos Alpes.



O bilhete pode ser comprado na própria estação e não está incluso no Swiss Pass, mas se você tiver um pode obter um desconto. O bilhete é aberto e não define uma rota ou horário, portanto você tem liberdade para montar sua visita da forma que achar mais apropriado.

Dica do Viajante: Em maio de 2006, foi celebrada uma parceria entre as linhas ferroviárias de Jungfrau e a estrada de ferro do Corcovado, no Rio de Janeiro (ambas dotadas do mesmo sistema suíço de tração por cremalheira): Todos que comparem um ticket do Top of Europe ganham 50% de desconto no trajeto brasileiro.

Para saber mais sobre o "Top of Europe", acesse http://www.viajenaviagem.com/2011/09/de-interlaken-ao-top-of-europe-pela-jungfraubahn/. Os horários de partidas e chegadas dos trens podem ser consultados aqui.

Dicas da Suíça – Berna

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O quarto post da nossa viagem pela Suíça é sobre Berna. Quinta maior cidade do país (140 mil habitantes) e tida como uma das 10 cidades com melhor qualidade de vida do mundo, Berna é a capital da Confederação Suíça desde 1848 e sede das principais instituições federais dos poderes Executivo e Legislativo.

Fundada em 1191 pelo Duque Berthold V de Zähringen, o local escolhido não poderia ser mais estratégico: uma península às margens do rio Aare, o que oferecia uma eficiente defesa natural em três lados. Para fortificá-la completamente, uma fosso, muralha e uma Torre de Guarda, único portão de entrada da cidade, foram construídos em 1218-20.

Depois que Berthold V morreu sem deixar herdeiros, Berna foi feita cidade livre. Com poder e prosperidade crescentes, entrou para a Confederação Suíça em 1353. Após um grande incêndio em 1405, que destruiu a torre e grande parte da cidade, as construções de madeira foram gradualmente substituídas por casas enxaimel e, mais tarde, por edifícios de arenito, característica da Cidade Antiga (Altsdadt) que permanece até hoje.

Existem várias teorias e lendas para justificar o nome da cidade. A mais famosa delas data de 1224, quando o Duque de Zähringen (fundador da cidade) retornou de sua primeira caçada pela região trazendo um urso (“Bär” em alemão). Além de batizar a cidade, o urso é o mascote de Berna e está representado no brasão do cantão.


Centro Histórico (Altsdadt) a partir da Münsten St Vinzenz. Crédito pela foto: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=429856

Graças a sua posição central no território suíço, Berna é uma excelente opção para quem quer visitar a metade do país ao norte dos Alpes: Zurique, Lucerna, Interlaken, Lausanne, Montreux e Genebra ficam entre 1h e 1h30 de distância, de trem. Nas redondezas, considere também um dia folclórico na região do Emmental (1h de trem), onde se pode ver uma demonstração de como se faz o queijo e também visitar uma ferraria onde se produzem os tradicionais sinos das vaquinhas suíças.

A única fábrica mundial de Toblerone fica em Brünnen, próximo a Berna. O produto é exportado para mais de 120 países e representa um terço das exportações suíças de chocolate – 35 mil toneladas por ano, o que significa um Toblerone por habitante da Terra. Cerca de 96% da produção de Toblerone são exportados. Infelizmente a fábrica não oferece tours.

Berna tem orgulho de sua história e do símbolo sempre presente da cidade: o urso. Os primeiros registros da existência de ursos marrons em Berna datam de 1513, quando os soldados Berneses vitoriosos trouxeram um deles para casa de volta da batalha da Novara. Em 1857 foi construído o Bärengraben (“Fosso dos Ursos”), um típico fosso de zoológico abaixo do nível da rua, pequeno e apertado.

Em 2009 os bichinhos ganharam um espaço decente – foi inaugurado o BärenPark (“Parque dos Ursos”), hoje a principal e mais conhecida atração turística da cidade (já recebeu mais de 2,5 milhões de visitantes), localizado no lado novo da cidade, às margens do Aare e a poucos passos da centenária ponte Nydeggbrücke. Tem 6000 m² de área, espaço mais que suficiente para que os três animais qua atualmente vivem lá (os pais Björk e Finn, e a filha Ursina) podem escalar, pescar, andar, brincar e até hibernar. Um túnel interliga o BärenPark e o Bärengraben, permitindo que os ursos tenham ainda mais espaço.


BärenPark

Berna foge do padrão “cidade-suíça-à-beira-do-lago” – a cidade é famosa por sua arquitetura medieval, com suas casinhas idênticas, fachadas de arenito e telhado marrom, ruelas estreitas, chafarizes e torres históricas. O centro histórico, também chamado de Altsdadt (“Cidade Antiga”, em alemão) é possui 114 atrações classificadas como “patrimônio de importância nacional”, além de ser reconhecida como Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO desde 1983.

Caminhar pela Cidade Antiga é um programa imperdível. Após um incêndio que a destruiu quase por completo em 1405, Berna foi reconstruída com arenito, a pedra da região, que lhe conferiu tons padronizados de verde. É sua marca registrada, que permanece até hoje. A maior parte da cidade medieval foi restaurada no século 18, mas manteve o seu caráter original. Fazendo um belo contraste com o cinza das construções, a cor vermelha está presente nas bandeiras, nos modernos bondinhos, nos detalhes das fachadas, nas flores que adornam fontes e janelas (gerânio vermelho, a única flor autorizada pela prefeitura).


Centro Histórico (Altsdadt)

Saindo do BärenPark, a ponte Nydeggbrücke cruza o rio Aare e liga a parte nova à Cidade Antiga de Berna. Inaugurada em 1840, tem 190 metros de comprimento e 25 metros de altura, dividida em 3 arcos, o maior (central) com 46 metros de vão. Oferece uma bela visão do centro histórico, contrastando a cor turquesa do Aare e os telhados marrons da cidade.


Ponte Nydeggbrücke

Além da Nydeggbrücke, existem outras quatro pontes em forma de arcos que conectam a Cidade Antiga com a Berna moderna: Untertorbrücke, inaugurada em 1490, é a ponte mais antiga da cidade; Kirchenfeldbrücke (ponte de ferro construída pela empresa britânica Berne Land Company, foi inaugurada em 1883, tem 227 metros de comprimento e 37 metros de altura, dividida em 2 arcos, cada um com 87 metros de vão, conecta o quarteirão do Cassino com a Cidade Velha) e Dalmazibrücke (inaugurada em 1872 como uma ponte de ferro, substituída em 1958 por uma ponte de concreto), ambas localizadas atrás do Bundeshaus; e Kornhausbrücke (localizada na parte norte da cidade, foi inaugurada em 1898, tem 382 metros de comprimento, dividida em 6 arcos, o maior com impressionantes 115 metros de vão).


Ponte Kirchenfeldbrücke

Completam a paisagem de cartão-postal, tida por muitos como uma "Praga de bolso", o rio Aare, o mais limpo da Europa, que circunda o centro histórico. Nos seus 295 km de extensão, o Aare nasce em Interlaken, atravessa o lago de Brienz e desagua no rio Reno. No Verão, muitos moradores entram na água e se deixam levar pela correnteza até algum outro ponto de saída, enquanto desfrutam as vistas do centro histórico, Bundeshaus (“Casa do Parlamento”), entre outros.


Ponte Untertorbrücke a partir do rio Aare (com a ponte Nydeggbrücke no destaque)


Ponte Untertorbrücke a partir da ponte Nydeggbrücke

Gerechtigkeitsgasse ("Rua da Justiça" em suíço-alemão), na continuação da ponte Nydeggbrücke, é decorada em toda sua extensão com dezenas de bandeiras dos cantões suíços e sacadas floridas, mas duas características marcantes da arquitetura do centro histórico chamarão sua atenção: a primeira são as Arcadas, calçadas comerciais cobertas, localizadas nos dois lados e separadas por passagens em forma de arcos do século 15. Repletas de estabelecimentos comerciais, desde pequenas lojas de antiguidades, os tradicionais souvenirs, modernos (e caros) relógios, roupas exclusivas e também galerias e cafés, onde o antigo e o moderno convivem em total harmonia. Berna possui 6 km de arcadas, que formam o mais extenso calçadão comercial coberto da Europa.


Rua Gerechtigkeitsgasse e suas arcadas, com a fonte Gerechtigkeitsbrunnen em destaque

A segunda são as fontes – Berna é conhecida como a “Cidade das Fontes”, pois possui mais de cem construções centenárias com água potável e geladinha (perfeito para encher sua garrafinha e continuar a caminhada), quase todas do século 16. Onze destas fontes são decoradas com estátuas em estilo renascentista que remetem a personagens históricos ou figuras lendárias, que dão um charme e um ar colonial à capital. Para quem se interessar em conhecer as fontes de Berna, o escritório de turismo local oferece uma visita guiada temática.


Rua Gerechtigkeitsgasse, com a fonte Zähringerbrunnen e o Zeitglockenturm  ao fundo

Ainda na Gerechtigkeitsgasse, pare por alguns instantes e aprecie a bela fonte Gerechtigkeitsbrunnen, construída em 1543 e decorada com uma figura que personifica a Justiça.

Nossa próxima parada é na rua Kramgasse, com suas arcadas, sacadas floridas, vai-e-vem constante de bondes e belas fontes – são três, chamadas Zähringerbrunnen (construída em 1535, tem um urso de armadura segurando o estandarte do Duque Berthold V de Zähringen, o fundador de Berna), Simsonbrunnen (construída em 1545, tem a figura de Sansão subjugando um leão) e Kreuzgassbrunnen (construída em 1779, foi a primeira  no formato de obelisco, sem nenhuma figura no topo).


Fontes (1): Simsonbrunnen, Kindlifresserbrunnen, Zähringerbrunnen

Ainda na Kramgasse, uma placa no número 49 dessa rua certamente chamará a atenção dos amantes de ciências: trata-se do casa de um ex-morador, um tal Albert Einstein, que viveu na cidade entre 1903 e 1905 (ano em que os documentos “Annus Mirabilis” foram publicados). Foi neste endereço que o cientista começou a desenvolver a Teoria da Relatividade. Transformada em museu, a Einstenhaus busca reproduzir o ambiente em que o cientista viveu, com direito a mobiliário daquela época, bem como fotos, textos e um filme que dá uma visão geral da vida de Albert Einstein.

Ao final da Kramgasse, a cereja do bolo: Zeitglockenturm (“Torre do Relógio”), torre medieval construída em 1405 no mesmo lugar onde ficava a Torre de Guarda, possui três belos relógios, dois analógicos (instalados nas faces leste e oeste) e um astronômico (indica a hora, o dia, o mês, as fases da lua e o signo do zodíaco pelo qual está passando o Sol). Um sino de 1,4 toneladas (daí o nome “Zytglogge”, que significa “Sino do Relógio” num dialeto suíço-alemão) bate a cada hora nos últimos 600 anos.


Zeitglockenturm

Mas a maior atração é o complexo carrilhão inaugurado em 1530 – pontualmente 3 minutos antes de cada hora cheia, começa o espetáculo: um galo canta, um bobo toca dois pequenos sinos, um rei ergue o cetro e movimenta uma ampulheta, e tem início o desfile de sete ursos, cada um representando um dia da semana. Quando o desfile termina, o galo canta pela segunda vez e no alto da torre o “jacquemart” (figura mecanizada que bate os sinos) inicia o lento bater dos quartos de hora até chegar na hora cheia. O velho rei conta as batidas movimentando o cetro, abrindo e fechando a boca. Um leão dourado sacode a juba vigorosamente a cada golpe do martelo. Por fim, o galo canta pela terceira vez e todos os personagens voltam a ficar imóveis até que chegue a hora seguinte.


Rua Marktgasse

O corredor de compras de Berna concentra-se ao longo das ruas Gerechtigkeitsgasse, Kramgasse, Marktgasse e Spitalgasse. A Marktgasse abriga três das mais procuradas fontes da cidade: Kindlifresserbrunnen (“Fonte do Comedor de Crianças”), construída em 1545, tem uma figura folclórica (para muitos trata-se de um ogro, mas pode ser uma representação do Deus Chronos ou um típico personagem do carnaval de Berna, o “Fastnacht”) comendo criancinhas, e um saco nas costas com algumas esperando para serem devoradas; a Schützernbrunnen (“Fonte do Atirador”, construída em 1543) e a Anna-Seiler-Brunnen (homenagem a Anna Seiler, fundadora do primeiro hospital da cidade).


Fontes (2); Schützernbrunnen, Pfeiferbrunnen, Läuferbrunnen

Na rua Spitalgasse, você encontrará a Käfigturm (“Torre da Prisão”), construída em 1256 durante a segunda expansão de Berna (1255-60) e que substituiu a Zytglogge como Torre de Guarda que determinava os limites da cidade. A torre original foi demolida em 1640 e reconstruída entre 1641-44, em outro local. O relógio que decora a torre foi instalado em 1691. Usada como prisão entre 1643-1897 (daí o nome), a torre atualmente recebe expode ser visitada, principalmente por quem quer saber mais sobre a política suíça – possui documentos, fotos e recebe mais de 400 eventos por ano.

A fonte Pfeiferbrunnené outra atração da rua Spitalgasse. Construída em 1545, a figura no topo é inspirada no quadro “Bagpiper” (1514), de Albrecht Dürer. Mais adiante, temos a Heiliggeistkirche (“Igreja do Espírito Santo”), construída em 1729 no lugar da capela Spitalkirche (“Igreja do Hospital”), datada de 1228.


Ponte Kornhausbrücke

A Spitalgasse também recebeu a Christoffelturn (“Torre de St. Christopher”), torre construída entre 1344-46 para substituir a Käfigturm como portão que delimitava os limites da cidade, face ao crescimento da população, durante a terceira expansão de Berna, quando a cidade viveu um grande apogeu econômico. Christoffelturn exerceu seu papel até o século 19, quando foi demolida.

A Marktgasse termina na Bärenplatz, praça que na verdade mais parece uma grande alameda exclusiva para circulação de pedestres e bicicletas. Vire à esquerda em direção a Bundesplatz (“Praça do Parlamento”), inaugurada em 01/08/2004 (Dia Nacional Suiça) e local oficial da cidade para de recepções oficiais, comícios políticos, eventos culturais e diversos eventos esportivos. Como área de convivência, hospeda o tradicional mercado semanal, sem falar do novo painel com 26 fontes, cada uma representando um cantão suíço, que faz a alegria da criançada nos dias mais quentes.


Bärenplatz

Ainda na Bundesplatz, a fonte Bernabrunnen, construída em 1863, traz a figura de Bernadette, a figura feminina que personifica a cidade de Berna. A figura está vestida com uma capa e usa uma coroa mural, ela segura uma lança na mão direita e um escudo com o brasão de armas de Berna na mão esquerda.

Caso você tenha a sorte de estar em Berna na quarta segunda-feira de novembro, aproveite para visitar a Zibelimärit (“Feira da Cebola”), realizada na junção das praças Bärenplatz e Bundesplatz, realiza em celebração à colheita do tubérculo.


Bundeshaus e Bundesplatz, em sentido horário: cúpula com vitrais representando os 26 cantões da Suíça, visão do edifício a partir do rio Aare, painel d'água na Bundesplatz, frente do edifício

A Bundesplatz é a porta de entrada da Bundeshaus (“Casa do Parlamento”), imponente edifício construído em estilo renascentista entre 1852 e 1902, sede do Parlamento Suíço e do Governo Federal. As portas ficam abertas ao público quando está sendo realizada uma sessão. O hall central abobadado e ambas as câmaras apresentam numerosas representações simbólicas de história da Suíça.

Atrás do parlamento está o Marzili, uma área de parque aberto onde os habitantes da cidade curtem a praia urbana e pulam no rio e na piscina gratuita. Imperdível. Se estiver em Berna no verão, não se esqueça de colocar uma roupa de banho na mala!



Retornaremos em direção a ponte Nydeggbrücke pela rua Amthausgasse, onde fica o Schweizerische Nationalbank (“Banco Central da Suíça”) e em siga seguida pela rua Münstergasse, A fonte Mosesbrunnen, datada de 1791, fica na junção com a Münsterplatz, que tem a figura de Moisés segurando os Dez Mandamentos, apontando o segundo deles, que proíbe a idolatria.


Fontes (3); Mosesbrunnen, Gerechtigkeitsbrunnen, Anna-Seiler-Brunnen

Na Münsterplatz está localizada a Münsten St Vinzenz, a catedral da cidade em estilo gótico, maior e mais importante igreja medieval da Suíça. A construção começou em 1421 e continuou com diferentes construtores diferentes por gerações – a torre somente foi concluída em 1893. A obra mais importante está na porta principal, um painel em pedra esculpida que representa o Juízo Final. Subir os 254 degraus da torre e apreciar a vista panorâmica da cidade (e das montanhas cobertas de neve de Bernese Oberland) a exatos 101 metros de altura, a mais alta do país, é passeio obrigatório.

Saindo da Catedral, vire à esquerda na Kreuzgasse em direção a Rathausplatz, uma pequena e pacata praça onde fica o Rathaus (“Casa da Prefeitura”), com uma linda fachada em estilo gótico. Atualmente é a sede do governo cantonal, onde o Conselho Bernese Cantonal reúne cinco vezes por ano. Sessões dos órgãos que regem cantonais nunca são abertas ao público. No meio da praça, a fonte Vennerbrunnen, construída em 1542, tem a figura de um guardião com a bandeira do cantão de Berna. E praticamente ao lado, uma igreja católica em estilo neo-gótico, St Peter und St Paul-Kirche, datada de 1864.


Rathausplatz: St Peter und St Paul-Kirche (esq), Rathaus e Mosesbrunnen, na junção das ruas Münstergasse e Münsterplatz, e suas sacadas com gerânios vermelhos

Saindo da Rathausplatz, retorne pela rua Kreuzgasse em direção a Junkerngasse, seguiremos por ela até ponte Nydeggbrücke, mas não antes sem parar para fotografar mais uma fonte: a Junkerngassbrunnen, adornada por um leão segurando uma lança e um escudo, mas o que realmente chama a atenção é a pequena fonte bem ao lado, para que os cães bebam água.

Seguindo pela rua Nydeggasse, vire à esquerda na rua Mattenenge (última antes de cruzar o rio) até a última fonte do nosso tour: a Läuferbrunnen (“Fonte do Corredor”), construída em 1824, embora a figura que a adorna seja de 1545.



Cruzamos o rio Aare pela ponte Untertorbrücke, e após um emaranhado de ruas subiremos o morro em direção ao Rosengarten (“Jardim das Rosas”), último passeio do nosso tour. Parque localizado na parte alta da cidade, que ao lado da torre da Catedral e da ponte Nydeggbrücke oferece as melhores visões panorâmicas da Cidade Antiga. Criado em 1913, foi remodelado entre 1956-62, abrigando atualmente 220 diferentes tipos de rosas, 200 tipos de íris, além de camas de charneca, rododendros e azaléias. Apenas um dos muitos exemplos que justifica Berna ser conhecida como “a cidade mais florida da Europa”.

Outras atrações de interesse:

Paul Klee Zentrum (http://www.zpk.org): Situado na periferia da cidade, abriga a mais completa coleção de obras do artista, totalizando cerca de 4 mil trabalhos. Aberto de terça a domingo das 09h30 às 17h30.

Guia de Sobrevivência – Onde, Quando, Quanto:

Dada a quantidade de atrações, separe pelo menos 2 dias inteiros para Berna. Trens conectam a capital suíça com praticamente todas as cidades – para maiores informações sobre os horários e preços, acesse o site da SBB CFF FFS (http://www.sbb.ch), a companhia de trens da Suíça.

BärenPark (http://www.baerenpark-bern.ch)
Horário de funcionamento: Todos os dias, depende da disposição dos ursos. A loja de lembrancinhas funciona de 8h30 às 16h30.
Quanto custa: Grátis

Einsteinhaus (http://www.einstein-bern.ch)
Horário de funcionamento: Segunda a sábado das 10hs às 17hs
Quanto custa: CHF 6 para adultos, CHF 4.50 para estudantes, crianças, maiores de 65 anos e grupos (preço por pessoa)

Zeitglockenturm (http://www.zeitlockenturm.ch)
Horário de funcionamento: Todos os dias, a cada hora cheia. Tours em inglês diariamente às 14h30

Münsten St Vinzenz (http://www.bernermuenster.ch)
Horário de funcionamento: Segunda a sábado das 10hs às 17hs, domingo das 11h30 às 17hs
Quanto custa: Grátis para visitar a igreja, CHF 5 para subir a torre

Käfigturm (http://www.kaefigturm.ch/d/Seiten/default.aspx)
Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 8hs às 18hs, sábado das 10hs às 16hs
Quanto custa: Entrada gratis

São Paulo – 3ª Edição “O Mercado” Festival Gastronômico das Estações, 22/09/2013

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A feira gastronômica "O Mercado", que já somou 14 edições e reuniu mais de 100 participantes em torno da gastronomia boa e acessível vai ganhou uma versão “festival” e a próxima é no dia 22 de Setembro, em São Paulo.

Organizado pelos chefs Checho Gonzales (Cebicheria Gonzales), Henrique Fogaça (Sal Gastronomia) e pela produtora cultural Lira Yuri, a terceira edição do Festival Gastronômico das Estações contará com a participação de 60 cozinheiros/chefs e produtores.

Data: 22/09/2013
Localização: Modelódromo do Ibirapuera – Rua Curitiba, 290/292 - Paraíso.
Horário: das 12hs às 20hs.

Vejam o cardápio completo da feira (IMPORTANTE: as porções e pratos em verde com um "V" na frente são recomendados para vegetarianos):

É só imprimir e marcar as opções que mais gostar!

Atualização: Todas as fotos do evento estão disponíveis na página do Viajante Comilão no Facebook - www.facebook.com/OViajanteComilao



1) ABD Rachel (Produtos Biodinâmicos)

- Mexido mineiro orgânico - R$ 14,00
- Suco de uva natural biodinâmico - 300ml - R$ 7,00
- Guaraná orgânico WEWI - 250ml - R$ 5,00
- Sorvete biodinâmico Estância Demétria - 1 bola - R$ 5,00
- Pão de queijo orgânico Sítio 3 Barras (3 unid.) - R$ 5,00
- Broa de milho orgânica Sítio 3 Barras (3 unid.) - R$ 10,00

2) Adriano de Lima (Agro Bonfim)

- Yakissoba de carne - R$ 10,00
- Creme de espinafre no pão Italiano - R$ 15,00

3) Alexandra Corvo (Ciclo das Vinhas - Escola do Vinho)

Vinhos brancos:
- Taça de Vinho verde branco - Portugal - R$ 10,00

Vinhos tintos:
- Taça de Carmenère - Casa Rivas - Chile - R$ 10,00
- Taça de Sangiovese - Poggio del Sasso - Itália - R$ 10,00
- Taça de Shiraz - Nederburg Foundation - África do Sul - R$ 10,00
- Taça de Douro - Quinta do Cachão - Portugal - R$ 10,00

4) Alexandre Bazzo (Cervejaria Bamberg)

Cervejas: Bamberg Pilsen, Raimundos Helles, Camila Camila, Sepultura Weizen, O Calibre, Bamberg Rauchbier, Bamberg Altbier, Bamberg Schwarzbier, Bambergerator

- Copo de chope de 300ml - R$ 5,00
- Cerveja long neck - R$ 6,00
- Cerveja 600ml - R$ 12,00
- Refrigerante - R$ 4,00
- Água - R$ 3,00

5) Alexandre Leggieri & Herbert Bierwagen (Cannoleria)

- Cannolo tradicional de ricota, frutas, cereja e pistache - R$ 5,00
- Cannolo crema (creme confeiteiro) - R$ 5,00
- Cannolo dulce de leche com amêndoas - R$ 5,00
- Cannolo creme de avelã - R$ 5,00
- Cannolo Ítalo-Americano com creme de amendoim - R$ 5,00
- Crostoli Cheesecake Danubio (crostoli crocante, creme confeiteiro, cheesecake Danubio e morangos confitados) - R$ 5,00
- Taça: licor limoncello Il Sole - R$ 10,00
- Taça: vinho fortificado grego Mavrodaphne of Patras - R$ 10,00
- Taça: vinho Dulce Natural Santa Julia Chenin Blanc - R$ 10,00
- Taça: Marsala Florio - R$ 10,00

6) Alunos Gastromotiva 

- Buraco quente de pernil de porco com cebola caramelizada e pimentão confit - R$ 12,00

7) Anderson Bellomo (Bellomo Gelateria Brasiliana) 

Sabores: Pistacchio di Sicilia Croccante, Nocciolini di Chivasso (gelato de avelã recheado com nutella e biscoitinhos à base de merengue com avelã de Piemonte), Chocolate belga com pedaços, Iogurte com amarena (cerejas silvestres), Limoni ( Sorbet 0% gordura 0% lactose), Tiramisù ( tipica receita italiana), Baunilha francesa
- Uno - até 2 sabores (1 bola) - R$ 8,00
- Due - até 3 sabores (1 bola e meia) - R$ 11,00
- Ter - até 3 sabores (2 bolas) - R$ 15,00

Para levar:
- Pote 700ml - R$ 40,00
- Pode de 700ml de Pistacchio di Sicilia Croccante - R$ 50,00

8) André Vieland, Dalva Dalpino e Juci Eli (Casa Jaya - Nectare)

- Peixe vegano com molho tarê e batata sauté - R$ 12,00
- Moqueca de banana da terra e farofa de feijão fradinho - R$ 12,00
- Kibe de abóbora com castanhas e queijos vegetais - R$ 12,00
- Acarajé vegano com vatapá - R$ 7,00
- Vegburguer de alho poró - R$ 7,00
- Mini pizza de brócolis com tofupiry - R$ 5,00
- Mini pizza de margherita - R$ 5,00
- Esfiha de escarola com nozes - R$ 5,00
- Torta de limão - R$ 5,00
- Trufa vegana - R$ 4,00
- Suco de maracujá com gengibre - R$ 4,00
- Chá mate gelado com limão - R$ 4,00

9) Arturo Herrera (La Buena Onda "Carro de Comida")

- Burritos no estilo México californiano: tortillas de trigo recheadas com frijoles refritos, mix de queijos derretidos e carne condimentada à mexicana - R$ 15,00
- Crispy tacos crocantes: tortillas de milho recheadas com carne condimentada à mexicana, alface americana, pico de gallo e queijo (2 unid) - R$ 15,00
- Chicken quesadillas: tortillas de trigo com queijo derretido, alface americana, tomate temperado e frango grelhado - R$ 15,00
- Queso nachos: chips de milho crocantes recobertos com queijo cheddar, pico de gallo, guacamole, jalapeños, azeitonas temperadas e sour cream - R$ 15,00
- Taco gringo: tortilla de trigo com queijo derretido no meio recheado com chilli beans, alface e pico de gallo. - R$ 15,00

10) Brunella Mar e Alice Claro (M.A.B. Gastronomia)

- Hambúrguer de cordeiro com maionese de hortelã - R$ 15,00
- Hambúrguer de pato com compota de kinkan - R$ 15,00

11) Bruno Cabral (Mestre Queijeiro)

- Queijo minas artesanal Araxá - meia peça/um quarto de peça - R$  20,00 / 10,00
- Queijo minas artesanal Serra da Canastra - meia peça/um quarto de peça - R$  25,00 / 13,00
- Queijo minas artesanal Serra do Salitre - meia peça/um quarto de peça - R$  22,00 / 11,00
- Queijo d’Alagoa artesanal - cunhas 200gr - R$ 12,00
- Queijo nata da Ilha de Marajó - peça de 250gr - R$ 28,00
- Queijo colonial de SC - meia peça/um quarto de peça - R$  34,00 / 17,00
- Queijo Raclette Mineira - um quarto de peça/um oitavo de peça - R$  30,00 / 15,00
- Queijo Bergkäse Mineiro - meia peça/um quarto de peça - R$  50,00 / 25,00
- Queijo Piramide do Bosque - peça de 150gr - R$ 32,00
- Queijo Azul do Bosque- peça de 200gr - R$ 38,00

12) Carlos Bertolazzi (Per Paolo)

- Gnocchi Maiale: massa de batata com ragu de pernil, linguiça e bacon crocante - R$ 15,00
- Suco de uva Perini - R$ 10,00

13) Carlos Ohata (X-Cook e Benihana)

- Robatinha de frango e alho poró ao molho teriyaki com kinkan - R$ 5,00
- Camarão e lula na manteiga de alho ao molho de gengibre - R$ 15,00
- Sakê Azuma Kirin Dourado (dose) - R$ 10,00

14) Carole Crema (La Vie en Douce)

- Bolo de coco gelado - R$ 5,00
- Trio de brigadeiros: extra brutt, leite ninho e caramelo - R$ 10,00

15) Cecília Valle e Jimmy Taipe (La Sanguchería) 

- Chicharrón Buenazo: costelinha de porco, batata doce e cebola roxa - R$ 15,00
- Asado con su salsita rica: lagarto temperado coberto com cebolas caramelizadas - R$ 15,00
- Triple clásico: pão de miga com avocado, ovos, tomate e maionese. Servido frio - R$ 14,00
- Sabor inolvidable: azeitonas, ají amarillo, queijo minas e azeite de oliva. Servido no pão ciabatta - R$ 14,00

Dulces:
- Arroz con leche a mi manera: arroz doce saborizado com lasquinhas de laranja - R$ 5,00
- Alfajores de Cecilia: receita familiar de alfajores caseiros recheados com doce de leite - R$ 5,00

Bebidas:
- Ice tea da casa: ice tea de capim santo, limão, gengibre e um toque de lavanda - 500ml - R$ 6,00
- Nuestra chicha morada: suco de milho roxo, com suco de maçã e abacaxi, cravo e canela - 500ml - R$ 6,00

16) Guilherme Hoffmann (Cervejaria Nacional)

- Y-Iara Pilsen - Cerveja dourada puro malte com amargor irresistível. Teor alcoólico - 5% - R$ 5,00
- Mula IPA - Cerveja com alto amargor e aroma de lúpulo que lembram frutas cítricas e tropicais. Teor alcoólio - 7,5% - R$ 5,00
- Domina Weiss - Clássica cerveja de trigo, refrescante e com aroma de banana e cravo da fermentação. Teor alcoólio 5% - R$ 5,00
- Kurupira Ale - Cerveja Amber Ale com aroma de caramelo dos maltes e amargor médio. Teor alcoólio - 5% - R$ 7,00
- Sa'si Stout - Cerveja negra, cremosa com aroma de café e amargor de malte torrado. Teor alcoólico 4,8% - R$ 7,00
- Água - R$ 3,00
- Coca-cola - R$ 4,00
- Coca-cola zero - R$ 4,00
- Guaraná - R$ 4,00

17) Cervejário (Cervejas Artesanais)

- 2Cabeças Hi-5!: Black IPA (6,2%) - 300ml - R$ 5,00
- 2Cabeças Maracujipa: IPA com Maracujá (7,5%) - 300ml - R$ 5,00
- Bodebrown Blanche de Curitiba: Wit (5,5%) - 300ml - R$ 5,00
- Bodebrown/Stone Cacau IPA: IPA com Cacau (6,1%) - 300ml - R$ 5,00
- Bodebrown Wee Heavy: Strong Scotch Ale (8,0%) - 300ml - R$ 5,00
- Coruja Baca: Amber Lager com Pitanga (5,5%) - 300ml - R$ 5,00
- Coruja Coice: Doppelbock com Canela (11,5%) - R$ 5,00
- Coruja Labareda: Keller Bier com Pimenta (5,9%) - R$ 5,00

18) Checho Gonzales (Cebicheria Gonzales)

- "Chicharrones": costelinhas muito temperadas e crocantes, acompanhadas de milho andino - R$ 10,00
- Cebiche de camarões com peixe branco em suco de tomate com ervas frescas - R$ 13,00

19) Chincho Cabrón (De Cabrón Pimentas)

- Marinada para churrasco Clear BBQ Marinade MOP - 395ml - R$ 12,00
- Molho de chipotle picância humana - 50ml - R$ 12,00
- Molho de chipotle picância profissa - 50ml - R$ 12,00
- Molho de chipotle e goiaba - 50ml - R$ 13,00
- Molho de chipotle e maracujá chef Henrique Fogaça - 50ml - R$ 16,00
- Tempero gourmet chipotle - 500ml - R$ 14,00
- Tempero gourmet habanero e manga - 500ml - R$ 14,00
- Kit tijolinho com 4 molhos de chipotle - 50ml - R$ 55,00
- Kit caixa com 4 molhos de chipotle - 50ml - R$ 58,00
- Kit churrasco profissa: caixa, avental, marinada e molho profissa - R$ 65,00

20) Claudio Azzi (Veio da Terra) - FLV Orgânicos+industrializados

- Taça: vinho tinto orgânico Reserva Cabernet- Savignon ( Chileno ) - R$ 8,00
- Sal do Himalaia com moedor - R$ 45,00
- Sucos orgânicos: uva, laranja, goiaba, tangerina, maracujá, manga, maçã - R$ 5,00
- Sucos de néctar de fruta: maçã, pêssego, framboesa - R$ 6,00
- Guaraná orgânico - R$ 5,00
- Energético orgânico - lata - R$ 10,00
- Água francesa Evian - 1000ml/750ml/500ml - R$  8,00/7,00/5,00
- Chá orgânico - copo - R$ 3,00
- Chá orgânico - caixa - R$ 15,00
- Morango orgânico - 250gr - R$ 5,00
- Chocolate orgânico (50%, 75% e 85% cacau) - R$ 17,00
- Chocolate Ouro Negro - R$ 4,00

21) David (Santa Adelaide Orgânicos by Viko Tangoda) 

- Stir fry de legumes orgânicos com molho hoisin sobre noodles - R$ 13,00
- Fried rice de legumes orgânicos ao perfume de gengibre com camarões e um toque de shoyu - R$ 15,00
- Sanduichinhos de buns ao vapor com frango caipira desfiado, relish de pepino e molho hoisin - R$ 10,00
- Sanduicinhos de buns ao vapor com leitãozinho assado "horas e horas", relish de pepino e molho hoisin - R$ 10,00
- Hortaliças da fazenda Santa Adelaide Orgânicos - R$ 5,00
- Suco natural de limão com frutas vermelhas - R$ 7,00
- Vinho biodinâmico - R$ 8,00

22) Deepali Bavaskar (Samosa & Company)

- Samosa: pastel indiano de batata, ervilha e temperos - R$ 12,00
- Lanche de frango ao curry: pão ciabatta com alface, cebola, frango, pimentão e molhos - R$ 12,00

23) Diego Lozano (Escola de Confeitaria Diego Lozano) 

- "Macaronzão": macaron com recheio de amarena - R$ 10,00
- "Zeclair": eclair com recheio de avelã - R$ 10,00

24) Don Hugo (Empanadas Don Hugo)

Empanadas:
- Carne com azeitona; carne picante; carne com ovo, uva passa e azeitonas; frango com requeijão; espinafre com ricota; palmito com azeitona - R$ 6,00

Alfajores:
- Chocolate com dulce de leche argentino; merengue italiano com dulce de leche argentino; - R$ 5,00
- Dulce de leche argentino artesanal feito na Argentina - 500gr - R$ 11,00

25) Dona Carmem Virginia (Acaçá a Cozinha Encantada) 

- Acarajé com vatapá de bacalhau, camarões secos e molho lambão - R$ 12,00

26) Doña Flora Fernandes (Rincon La Llajta)

- Chorizo Cochabambino: sanduíche de chorizo (linguiça boliviana artesanal de porco), pão caseiro boliviano, com alface, salsa e aji (pimenta) - R$ 10,00
- Salteña de carne ou pollo (frango): suculento salgado típico boliviano, pode ser de carne ou pollo (frango), com uma massa crocante e saborosa. Seu recheio acompanha legumes, azeitona, ovo de codorna e uva passa - R$ 7,00
- Empanada: salgado de queijo fresco, acompanha cebola e salsa - R$ 7,00
- Refresco de Mokochinchi: refresco artesanal de pêssego com canela - R$ 5,00

27) Elzinha Nunes (Dona Lucinha)

- Sanduíche de pernil da roça - R$ 10,00
- Doce de leite - R$ 5,00
- Goiabada com queijo - R$ 5,00

28) Fernando Lisboa, Marcos Mello e Renato Fernandes (BEERD – Apaixonados por Cervejas)

- Chopp Madalena Pilsen: refrescante e com um leve toque herbal, harmoniza com comidas leves como salada, frango e peixe - 300ml - R$ 5,00
- Chopp Madalena Weiss: cremoso e com aroma de banana e cravo, harmoniza com pratos condimentados e picantes - 300ml - R$ 5,00
- Chopp Madalena Stout: com um sabor levemente tostado que remete a café e chocolate meio amargo, harmoniza com carnes assadas, queijos com sabor forte esobremesas à base de chocolate e frutas vermelhas - 300ml - R$ 5,00
- Founders Pale Ale (EUA): refrescante e com um sabor cítrico, harmoniza com hambúrguer, pizza calabresa e culinária mexicana - 300ml - R$ 9,00
- Meantime Yakima Red (Inglaterra): encorpada e com um sabor frutado, harmoniza com vitela, porco assado e charcutaria - 300ml - R$ 9,00
- Água - R$ 3,00
- Refrigerante - R$ 4,00

29) Flávia Mariotto (Mercearia do Conde)

- Filetitos de mignon à tailandesa com arroz jasmim e cebolinha - R$ 15,00
- Salada tunisiana com couscous marroquino, peito de frango desfiado, amêndoas, especiarias e folhas verdes - R$ 12,00

30) Flavia Spielkamp (Aya Cuisine)

- Tapioca de Nutella com banana - R$ 12,00
- Tapioca de gorgonzola com abobrinha - R$ 12,00
- Ceviche de shimeji com vinagrete de romã - R$ 15,00
- Sopa de beterraba refrescante - R$ 8,00
- Sangria - R$ 6,00
- Tostadas de berinjela com gruyére - R$ 15,00

31) Flávio Miyamura (Miya)

- Tempurá de lula com maionese de wasabi - R$ 15,00
- Pipoca caramelizada - R$ 8,00

32) Gabriella Scarioli (Supimpa - Comida para Celebrar) 

- "Lasanha Alucinógena": mini lasanha de cogumelos, shiitake, shimeji e paris, com molho de alho poró - R$ 15,00
- "Boladonas": mini almôndegas com tempero oriental acompanhadas de molho agridoce e torradas - R$ 15,00
- "Trio Supimpa": confit de tomates, conserva de berinjelas e torradas - R$ 10,00
- "Crostoi": crostini com patê de fígado de frango e maçãs carameladas - R$ 5,00

Para levar:
- Molho agridoce Supimpa - R$ 15,00
- Torradas Supimpa - R$ 10,00
- Molho de pimenta Supimpa - R$ 10,00
- Losangos de nozes - R$ 15,00

33) Henrique Benedetti (Obá Restaurante)

- Tacos de carnitas: dois taquitos de suaves tortillas de milho, recheadas de suculenta carne de porco, salsita e guacamole - R$ 12,00
- Margarita frozen de tequila Cuervo Especial, uma deliciosa raspadinha - R$ 15,00
- Água de limón con chia: água de limão preparada com esta sementinha muito saudável - R$ 5,00

34) Henrique Fogaça (Cão Véio)

- Fila Brasileiro: mignon recheado com gruyère e gorgonzola, empanado na farinha Panko. Acompanha molho de tomante picante - R$ 15,00
- Fox Terrier: sanduíche de coração de galinha, queijo brie derretido, rúcula, tomate e cebola - R$ 15,00

Henrique Fogaça (Sal Gastronomia)
- Ragu de cordeiro com purê de batata e gruyère, queimado no maçarico - R$ 15,00
- Torta quebrada de frutas vermelhas com creme inglês - R$ 10,00

35) Janaina Rueda (Bar da Dona Onça)

- Cuscuz de frango caipira com milho verde e tapenade de azeitonas pretas - R$ 10,00

36) João Vergueiro Leme e Fred Frank (APC Brasil) 

- Clam chowder com pão de alho - R$ 15,00
- Sandwich de pastrami com cole slow - R$ 15,00

37) José & Thiago (ITAICI EVENTOS)

- Porção de Porco no Rolete: 150 gramas de carne, farofa, vinagrete e torresmo - R$ 15,00

38) Juliano Valese (Torero Valese)

- Tapa de tomate com jamón - R$ 10,00
- Tapa de salmão defumado, cream cheese e tapenade de alcaparrones - R$ 10,00
- Tapa de camarão al ajillo com guacamole - R$ 10,00
- Tapa de polvo ao pomodori com crisp de alho poro - R$ 10,00
- Tapa de camembert de cabra, cebola caramelada em balsâmico e uva fresca - R$ 10,00
- Pincho de tortilla de batata - R$ 10,00
- Taça: Freixenet cordon negro e rosada - R$ 10,00

39) Katia Barbosa e Edu Passarelli (Aconchego Carioca) 

- Baião de dois - R$ 15,00

40) Lourdes Hernandez Fuentes (Salón Calavera) 

- Tostada de pollo en pebre (frango caipira guisado em laranja azeda e "recado vermelho" com alcaparras, azeitonas e ameixa seca) - R$ 10,00

Quesadillas:
- De fraldinha de porco queimada aos sete chiles, em tortilla de trigo com guacamole - R$ 10,00
- De peixe "a la talla" (peixe que já passou por azeite e que vai no forno com uma pasta de chile guajillo e alho) e arroz à mexicana com guacamole em tortilla de trigo - R$ 15,00

Bebidas:
- Água de jamaica com mel de agave - R$ 5,00
- Margarita clássica (tequila e limão) com 100% agave e cointreau - R$ 15,00
- Margarita de tamarindo (tequila e tamarindo) com 100% agave e cointreau - R$ 15,00
- Margarita de mezcal (mezcal e limão) com 100% agave e cointreau - R$ 15,00

41) Manoel Crisanto (Chakra)

- Terrine de foie fracionada - 200gr - R$ 13,00
- Terrine de foie au poivre vert fracionada - 200gr - R$ 14,00
- Terrine de vitela fracionada - 200gr - R$ 16,00
- Pão de alho - R$ 9,00

42) Marco de La Roche (Drink.Lab)

- Bombeirinho chic: Leblon Cachaça, suco de laranja e limão e xarope de framboesa - R$ 13,00
- Maria Mole da barraca: conhaque, vermute branco e temperos da barraca - R$ 13,00
- Batida de paçoca: vodka, paçoca, leite condensado e creme de leite - R$ 13,00
- Galaderraba: cachaça com infusão de mate, vermouth tinto, abacaxi e limão - R$ 13,00
- Caipirinha 1584: Leblon Cachaça, limão Tahiti, açúcar demerara e alho assado - R$ 13,00
- Água fresca do dia - R$ 5,00
- Suco Natural: melancia, morango e cenoura; uva verda, agua de coco e capim santo - R$ 6,00
- Água - R$ 3,00

43) Marcos Carnero (Miolo Padaria Orgânica)

- Pão de 12 grãos - 450gr - R$ 15,00
- Pão preto - 450gr - R$ 15,00
- Tabatiére de cebola - 450gr - R$ 15,00
- Pão de cacau - 450gr - R$ 15,00
- Pão jamaicano de banana com nozes - 450gr - R$ 15,00
- Pão 100% integral - 450gr - R$ 15,00
- Cookie de cacau com castanha do Pará - 80gr - R$ 10,00

44) Mario Portella (Charcutaria)

- Barriga de porco defumada a frio a pururuca com molho de cachaca e jabuticaba - R$ 12,00
- Tulipas de frango, farofa de ora pro nobis com porco de lata e molho de hibisco - R$ 13,00

Para levar:
- Chutney de tomate lena labaki - R$ 12,00

45) Martins Café

- Expresso - R$ 4,00
- Capuccino - R$ 4,00
- Café coado - R$ 4,00
- Café gelado - R$ 4,00
- Jack The Coffee (Drink Alcoolico) - R$ 10,00
- One Wild Coffee (Drink Alcóolico) - R$ 10,00

46) Neka Mena Barreto (Neka Gastronomias) 

- Bobó de peixe e camarão - R$ 15,00
- Salada de palmito fresco com grãos de quinoa germinados - R$ 15,00
- Vinagrete de polvo - R$ 15,00
- Pudim de tapioca - R$ 10,00
- Terrine de banana - R$ 10,00
- Suco de abacaxi com capim santo - R$ 5,00
- Granola - R$ 15,00

47) Nestor Marques Filho (Cachaça & Afins)

- Caipirinha Cachaça & Afins - R$ 8,00
- Cachaça sauer - R$ 10,00
- Cachaça com frutas - R$ 10,00
- Cachaça mel e limão - R$ 10,00
- Cachaça ao perfume de café - R$ 10,00
- Hemingway com cachaça - R$ 10,00
- Dose: Tonel Umburana - R$ 5,00
- Dose: Tonel Bálsamo - R$ 5,00
- Dose: Tonel Carvalho - R$ 5,00
- Dose: Envelhecidas Nobres - R$ 7,00
- Dose: Exóticas/Sabores/Mel e Limão - R$ 5,00
- Linguiça Di Callani defumada descansada no azeite - R$ 5,00
- Torresminho caipira - R$ 5,00
- Gelatina de cachaça (sabores) - R$ 5,00

Para levar:
- Kit caipirinha Chico Mineiro - R$ 55,00
- Kit cachaça Cambraia - R$ 75,00
- Frutas dessecadas com 12 tipos - 500gr - R$ 25,00

48) Paola Carosella (Arturito)

- Choripán de Cancha - R$ 15,00

49) Patricia Polato (Linguiçaria Real Bragança) 

- Clássico lanche de calabresa bragantina: com a linguiça de Bragança artesanal prensada, flambada na cachaça de alambique, coberta com queijos derretidos e o delicioso creme de alho - R$ 15,00
- Salaminho de chocolate ao vinho do Porto - R$ 6,00
- "Uai quié isso?": drink gelado de cachaça caipira, mel e limão - R$ 8,00

Para levar:
- Calabresa bragantina artesanal fresca - pacote - R$ 15,00
- Linguiça artesanal curada: sabores laranja ao conhaque, nozes e alcaparras, noz moscada e whisky, ameixa atrevida, figo com cachaça - peça - R$ 20,00

50) Paulina Alzamora (Sabor Latino)

- “Pastel de choclo”: torta típica chilena, tipo “escondidinho” feita com creme de milho, manjericão, patinho moído, agradavelmente picante, uvas passas, azeitonas e ovo cozido, com cobertura gratinada levemente doce, acompanha "ensalada a la chilena" (tomates e cebola cortados em fatias, salpicada de coentro, temperada com azeite, sal e um “toque” de pimenta) - R$ 13,00
- "Papas com Mote": cozidão típico chileno, tipo "purê rústico", feito com batatas, abóbora, cenouras cozidas, “mote” (grão de trigo macio sarraceno cozido), levemente picante, acompanhado de linguiça caseira picante - R$ 13,00
- “Mote com huesillos”: refresco típico chileno feito com pêssego doce, seco reidratado, servido com “mote” (grão de trigo macio sarraceno cozido) - R$ 7,00
- “Torta de três leches": bolo de baunilha, muito molhado com calda à base cremes e leites, coberta com marshmellow flambado - R$ 8,00
- Taça: vinho chileno - R$ 8,00

Para levar:
- Conserva de pimentas orgânicas típicas do Chile - R$ 13,00

51) Paulo Cesar e Ivonete Nakashima (Lar Vegetariano Vegan Restaurante e Pizzaria) 

- Torta de vegarela pizza: vegarela, tomate e cebola em cubinhos, orégano e sal marinho - R$ 5,00
- Esfiha de calabresa: proteína vegetariana sabor calabresa com vegarela - R$ 5,00
- Bauru protéico: massa enrolada com proteína vegetariana temperado, tomate, cebola e vegarela - R$ 5,00
- Esfiha catupisalsa: catupisoy processado com salsinha - R$ 5,00
- Quiche de alho poró: anéis de alho poró refogado com vegarela - R$ 5,00
- Esfiha mista: proteína vegetariana temperado com vegarela - R$ 5,00

Para levar:
- Bolere: porção de bolo trufado com cobertura endurecida de chocolate meio amargo - R$ 5,00
- Mupy: leite de soja saborizado (2 unid.) - R$ 5,00

52) Pedro Bichir e Daniel Martins (Linguiçaria Paulistana) 

- Pãoliça de tomate com gremolata (linguiça artesanal de pernil com tomate fundida no pão ciabatta e gremolata italiana) - R$ 10,00

Para levar:
- Copa-bacon caseiro (copa-lombo defumada) - R$ 15,00
- Linguicinha picante curada - R$ 12,00
- Linguiça curada de páprica defumada com erva-doce - R$ 15,00
- Glace Blend Gastrobase - R$ 20,00
- Chimichurri especial - R$ 12,00
- Linguiças artesanais (espinafre com bacon, tomate, picante e chimichurri) - R$ 25,00

53) Rafael Martins (King Döner)

- Döner kebab de frango: pão pita exclusivo, fatias de frango assado, tomate, cebola, alface, queijo feta (cabra), molho de tomate italiano e molho de iogurte - R$ 12,00
- Döner kebab de carne: pão pita exclusivo, fatias de carne bovina assada, tomate, cebola, alface, queijo feta (cabra), molho de tomate italiano e molho de iogurte - R$ 12,00
- Döner kebab misto (frango e carne): pão pita exclusivo, fatias de carne bovina e frango assados, tomate, cebola, alface, queijo feta (cabra), molho de tomate italiano e molho de iogurte - R$ 12,00
- Refrigerante - R$ 4,00
- Suco - R$ 4,00
- Chá Gelado - R$ 4,00
- Água - R$ 3,00

54) Retratos do Gosto

- Mini arroz com suã e farofa de banana - R$ 15,00

Para levar:
- Arroz integral - 500gr - R$ 10,00
- Mini arroz polido - 500gr - R$ 10,00
- Granola dourada - 40g - R$ 5,00
- Granola morena - 40gr - R$ 5,00
- Granola salgada - 40gr - R$ 5,00
- Farinha de milho (biju crocante) - 250gr - R$ 10,00
- Fubá - 500gr - R$ 10,00
- Fubá branco - 500gr - R$ 10,00
- Canjica branca - 500gr - R$ 10,00
- Tempero de vinagre de cana de açúcar - R$ 12,00
- Tempero de vinagre e mel - R$ 12,00

55) Rogério Shimura (Shimura Pães Artesanais) 

- Rosca de calabresa - fatia (200gr) - R$ 8,00
- Kit de pães: pão de campanha, baguette poolish, broa de milho e ciabatta de azeitona - 150gr cada - R$ 15,00

Para levar:
- Rosca de calabresa - 1kg - R$ 45,00

56) Roberto Smeraldi (Instituto Atá)

- Marinada do mar ao mel de tiúba unifloral mirim, flocos de biju de milho caipira - R$ 15,00
- Boi de primeira: kobe beef, mel de jataí silvestre, purée de guandu com crocante de mandioca - R$ 15,00
- Bochecha de queixada braseada ao chocolate e mel de uruçu, miniarroz gelatinoso - R$ 15,00
- Crocante de granola morena, iogurte, mel de tubuna - R$ 10,00
- Cachaça, baunilha do cerrado e mel de jataí - R$ 12,00

57) Rolando Vanucci (Rolando Massinha)

Massas:
- Nhoque recheado de 4 queijos - R$ 10,00
- Fiori recheado de mussarela e manjericão - R$ 10,00
- Raviolli massa de espinafre recheado de 4 queijos - R$ 10,00
- Molhos: Bolonhesa com calabresa curtida ao vinho e ao sugo

58) Simone Berti & Marcio Berti (Chefs Especiais) 

- Wrap de filet mignon - R$ 12,00
- Wrap vegetariano - R$ 12,00

59) Vângela Velozo (Embaixada Paraense)

- Maniçoba: famosa “feijoada” paraense, com toucinho, chouriço Paraná, carne seca, linguiça, paio e maniva. Acompanha arroz branco - R$ 15,00
- Arroz de caranguejo: arroz cremoso com carne de caranguejo temperado com chicória do Pará, alho, cebola, cheiro verde e azeite frutado - R$ 15,00
- Samba de cacete: delicioso bolinho feito com massa especial com jambu e queijo gouda. Frito na hora - R$ 8,00
- Creme de cupuaçu: deliciosa sobremesa. Creme gelado feito com a fruta típica cupuaçu batida - R$ 8,00

60) Veri Noda

- Guioza no vapor de carne ou cogumelos, niguiri com furikake e molho ponzu - R$ 14,00
- Bolinho crocante de gengibre com lichia, confitura de rosas e pomelo - R$ 12,00

São Paulo – Domo Sushi Bar

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Sushis e sashimis servidos no Menu Executivo (R$ 39,90)

O Domo Sushi Bar é um restaurante japonês localizado no Largo Nossa Senhora do Bom Parto, no coração do bairro do Tatuapé (SP). “Domo” é uma palavra japonesa que reforça o sentido de uma frase. Um simples obrigado, torna-se "muito obrigado" quando acompanhado pela palavra “Domo” na escrita japonesa. Por isso esse nome foi escolhido para associar a gastronomia com um ambiente totalmente voltado ao bem-estar, que é o diferencial da casa.







Especializado na culinária japonesa com alguns toques de criativiade, as porções podem ser pedidas à la carte, mas o carro-chefe da casa é o bem servido rodízio (R$ 59), composto pelas tradicionais entradas (sunumono, harumaki, gyoza, sopa do dia ou missoshiro, shimeji ou shiitake no alumínio), yakissoba, tempura, sushi, temaki, sashimi e pratos quentes, tudo à vontade. A qualidade dos peixes merece elogios: frescos e bem cortados, tornam-se pequenas e saborosas obras de arte nas mãos do sushiman. Não deixe de provar os nigiris de salmão, tanto o tradicional quanto o parcialmente grelhado no maçarico, pequenos e com uma fatia generosa de peixe cobrindo o arroz.

No almoço de segunda à sexta também é servida uma versão mais simples do rodízio, chamada “Menu Executivo” (R$ 39,90), com limitação na quantidade de fatias de sashimi (9 fatias por pessoa) e porções de shimeji (uma por pessoa), além de restrições nas opções de temaki (apenas salmão, skin e califórnia) e pratos quentes (duas opções, que mudam semanalmente). Os demais itens podem ser pedidos quantas vezes você quiser.


Temaki de salmão

Na nossa opinião, o menu executivo oferece ótimo custo/benefício, porém sentimos falta do temaki de atum, algo presente em 99% dos rodízios da cidade, e achamos o salmão grelhado com uma textura estranha, como se tivesse sido frito ou grelhado em uma chapa com óleo, pessoalmente não gostamos do sabor.

O Domo é uma boa escolha para quem procura um ambiente mais tranquilo e aconchegante, com luz baixa, espaços amplos, pé direito duplo, mezanino com bangalôs, paisagismo com árvores e cascata no meio do salão, música ambiente com volume que não interfere nas conversas, decoração com quadros e objetos que remetem à cultura japonesa. Nas noites frias, os aquecedores no teto dão o toque final.







O preço está na média dos rodízios de São Paulo, e é uma ótima alternativa para quem mora na Zona Leste e não quer atravessar a cidade para comer nos restaurantes japoneses do Itaim, Moema e afins. O serviço mostrou-se rápido e atencioso das bebidas à conta, sem surpresas. A casa conta com valet (R$ 18), mas com sorte você encontrará uma vaga nas imediações da praça.

Se o rodízio não decepciona os amantes de comida japonesa, é no menu à la carte que os toques de criatividade do sushiman estão mais presentes, como o “Ni” (temaki de atum, maionese, massagô com cebolinha levemente picante), o “Mahi Ahi” (atum semi grelhado ao tare do chef e lula recheada com shimeji), a robata de frutos do mar, a lula recheada com shimeji, os mushimonos (pratos no vapor) e  maioria dos combinados de sushi.


Gyoza, hot roll de salmão com cream cheese (acima) e salmão grelhado (abaixo)

A sobremesa está inclusa no rodízio e no menu executivo, cumprindo bem seu papel de fechar a refeição, mas sem tirar o brilho dela. Provamos a banana flambada e o rolinho de banana com açúcar e canela, ambos acompanhados por sorvete de creme. São opções bem feitas e saborosas, mas sem nada de extraordinário.


Banana flambada


Rolinho de banana com açúcar e canela

Endereço: Largo Nossa Senhora do Bom Parto, 37
Telefone: (11) 2094-4486
Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 12hs às 15hs (almoço) e das 19hs à 1 da manhã (jantar), sábado e domingo das 12hs à 1 da manhã.
Internet: http://www.domosushibar.com.br

São Paulo – Santa Receita

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Hamburguer ao molho de cogumelos, batata, arroz e salada

Pequeno restaurante com ares de bistrô localizado na Vila Olímpia (SP), famoso por ter sido eleito em 2012 como o terceiro melhor PF do Brasil.

Instalado num sobrado estreito e um pouco recuado da rua, não raro passa despercebido pelas pessoas que caminham frenéticas pelas ruas do bairro. Conta com algumas mesinhas do lado de fora, que acompanhadas pelos arbustos na parede e pelos guarda-sóis dão um dar um pouco mais informal ao lugar e fazem você esquecer que está a apenas duas quadras da Avenida dos Bandeirantes, uma das mais caóticas da cidade.

No andar térreo, o vai-e-vém das pessoas torna a refeição mais barulhenta, sem falar que a temperatura ambiente é um pouco mais elevada (provavelmente por causa da cozinha, que fica nos fundos). O único cômodo no piso superior usado como salão tem ambiente mais clean e é mais tranquilo.

A casa possui um pequeno menu fixo com algumas opções de carnes, massas e saladas, mas sem dúvida o carro-chefe são os chamados “PF” (também conhecido como “prato feito”, comercial”, etc.), basicamente composto por arroz e feijão (ou macarrão), algum tipo de carne (bife, frango, calabresa, peixe), salada e fritas.

O cardápio muda diariamente e oferece sempre duas opções, com preços entre R$ 21 e R$ 27. Entre algumas dos pratos, (1) escalope de mignon com nhoque de abóbora ao molho de roquefort e salada, (2) escondidinho de costela na cerveja, arroz, legumes e salada e (3) St Peter com lasagna de berinjela, arroz integral e salada, (4) kafta com torta folhada de ricota, tomate e castanha, arroz integral verde e salada e (5) salmão ao molho de curry, arroz, salada, chutney de manga e purê de batata com couve.



Para saber quais serão as opções do dia, acesse a página deles no Facebook - http://www.facebook.com/RestauranteSantaReceita.

O atendimento dos garçons oscila um pouco, principalmente quando a casa está lotada: como são poucos funcionários, eles provavelmente vão demorar um pouco para anotar seu pedido, mas uma vez que chega à cozinha os pratos saem com rapidez.

Do cardápio rotativo, experimentamos 3 pratos. Seguem nossas avaliações:

1) Hamburguer ao molho de cogumelos, batata, arroz e salada: Sem dúvida o molho é o ponto alto do prato, com pouco creme de leite, o que não interfere no sabor marcante do cogumelo paris. A carne é de boa qualidade, o hambúrguer chega malpassado (caso você não goste, peça para deixarem um pouco mais), embora a textura da carne crua não tenha me agradado muito – moída demais, parece uma pasta de carne. Arroz soltinho, batatas macias e com um leve toque de queijo e orégano por cima.

2) Picadinho de mignon, farofa de castanha, arroz, feijão, salada: A farofa e o feijão, ambos muito bem temperados, são os atores principais do prato. A carne veio picada em pedaços pequenos e bem servida de um saboroso molho, porém alguns pedaços de gordura frustraram um pouco nossa empolgação.



3) Mignon ao molho de mostarda dijon, batata frita, arroz e salada: Não gostei da carne, que além de vir muito malpassada e sangrando (em tempo: eu gosto de carne malpassada, mas acho que a combinação com a Dijon exige algo mais ao ponto, sem falar que o garçom deveria ter perguntado o ponto da carne) era fibrosa demais e também tinha uns belos nacos de gordura. Batata murcha e meio sem gosto, deveria vir crocante e poderia receber um alecrim por cima, nada muito sofisticado.



Endereço: Rua Júlio Diniz, 71 - Vila Olímpia
Telefone: +55 (11) 2507 4802
Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 9hs às 18hs, fechado aos sábados e domingos.

São Paulo – Armazém do Alemão

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Trio da alegria: bolinho de carne, pão e molho tártaro

Restaurante típico localizado no bairro do Brooklin (SP), um dos principais redutos alemães da cidade. O cardápio é especializado na gastronomia típica tradicional, de pratos generosos e bem calóricos, como o ótimo Schlachtplatte – kassler, eisbein, lingüiça branca, salsichão e salsicha viena, servido com chucrute e batata cozida (R$ 94, para 2 pessoas).

As panelas são comandadas pelo chef Christian Krieger, que além de ser filho do proprietário do Windhuk, provavelmente o mais tradicional restaurante alemão de São Paulo, trabalhou ao lado do pai por 8 anos antes de abrir seu próprio restaurante, em 1998.

Além da cozinha alemã, no horário do almoço é servido um concorrido buffet de saladas, frios e antepastos, além de opções como o Filé à Parmegiana e grelhados (filet mignon, salmão) que podem ser combinados com o buffet - preços entre R$ 28 (frango) e R$ 35,50 (mignon), dependendo do prato.

Comece sua refeição pelo buffet, pule as saladas e os frios e vá direto no balde de bolinhos de carne, a estrela da festa. Macio, temperadinho, quentinho, reposto com frequência, eu não conheço nenhum bolinho de carne mais gostoso. Perdi as contas de quantas vezes estive no Alemão só para comer os bolinhos, que acompanhados pelo ótimo pão da casa e o molho tártaro, que ficam estrategicamente bem ao lado, formam o trio perfeito. Se o horário permitir, peça uma Erdinger para acompanhar.


Buffet de saladas e frios: boa variedade, mas as bolinhas de carne são as estrelas

Do cardápio de grelhados, que podem servir até duas pessoas (dependendo da quantidade de bolinhos que você comer), o salmão feito na chapa (R$ 33,20) com um leve toque de pimenta-de-reino e sal é o meu preferido: posta bem servida e grelhada à perfeição, vem com um gomo de limão para dar aquele “up” no sabor. Também gosto muito do filet mignon (R$ 35,50), corte bem servido, extremamente macio e suculento, muito fibroso (do jeito que eu gosto), me faz lembrar as carnes que minha mãe e minha avó faziam quando eu era criança.


Salmão


Filet mignon

Entre os pratos típicos, merecem destaque as ótimas salsichas alemãs e as opções com molho à base de páprica, de sabor intenso e marcante, bastante similar com o encontrado nos restaurantes da Alemanha. O clássico Paprica Schnitzel (filé à milanesa ao molho de páprica, R$ 55, serve 2 pessoas) é bem feito e saboroso, mas recomendo que você peça o molho separado, que pode ser forte demais para alguns paladares, principalmente para quem não está acostumado com muita pimenta.


Paprica Schnitzel

Outro prato que merece destaque no cardápio é a feijoada. A versão tradicional é servida às quartas (na cumbuca e à la carte) e sábados (em sistema de buffet). Às sextas entra em cartaz a feijoada branca, uma versão brasileira do popular Cassoulet francês.

Faltou falar da happy-hour às quintas e sextas, que vai até às 22hs, regada com boa cerveja alemã, bolinhos de carne e pratos da cozinha alemã.

Guarde um espacinho para as sobremesas, também servidas em sistema de buffet e inclusas no preço do buffet de saladas. Descubra qual o melhor doce da casa - se é o pudim de leite, suave e aerado, feito com leite condensado, ou se o strudel de maçã, com massa folhada crocante e gosto intenso da fruta e das passas.



São tantas boa opções de comidas, que esquecemos de falar do ambiente e atendimento. O salão amplo e bem iluminado, decorado com tijolos à mostra e objetos que remetem à cultura alemã, não dá conta do grande movimento, invariavelmente lotado e com fila de espera, principalmente às sextas no almoço.


Salão do térreo


Salão do térreo


Salão do térreo

No andar superior existe uma área menor e mais tranquila, porém como o buffet fica na parte de baixo, existe o inconveniente de descer e subir toda hora para repor as bolinhas de carne no prato. A temperarura ambiente também parece ser mais alta do que no térreo (talvez pela grande janela que permite a entrada constante da luz do Sol), e para resolver o problema eles instalaram um belo ventilador de parede, que quando passa pelas mesas joga todos os guardanapos pelo chão e esfria os pratos. Pensando bem, acho que isso é a única coisa que me incomoda quando vou almoçar lá.

O atendimento é cordial, atencioso e ágil, mesmo com lotação máxima. Não espere pela conta, as pessoas pagam direto no caixa para ganhar tempo, apenas pergunte ao garçom qual o número da sua mesa, isso facilitará a vida do caixa.

Endereço: Rua Bacaetava, 343 – Brooklin
Telefone: +55 (11) 5543-1835
Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 11h30 às 15hs, sábado das 12hs às 16hs, quinta e sexta das 17h30 às 22hs (happy hour). Fechado aos domingos.


Guarapari – Casa Marracini

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Chamar de “achado” um lugar que em menos de 3 anos de vida tem mais de 1200 seguidores no Facebook e é recomendado por impressionantes 94% dos reviews no TripAdvisor, parece redundante. Classificar como “tesouro gastronômico” um restaurante que, mesmo fora do eixo praias + Meaípe, na terra do aclamado Guaramare e das estreladas moquecas capixabas do Gaeta e Cantinho do Curuca, é tratado quase como unanimidade e classificado por quem já comeu lá um dos melhores restaurantes de Guarapari, parece puro clichê.

A verdade é que é difícil traduzir em palavras a experiência gastronômica oferecida pela Casa Marracini, restaurante que une com sabedoria a boa culinária italiana e a generosa oferta de frutos do mar da região para oferecer pratos preparados com esmero e que beiram à perfeição, o inesquecível.

Se a comida rende juras eternas de amor, o atendimento acolhedor, cordial e atencioso dos proprietários Soraia e Adriani Marracini, ela chefiando a cozinha e ele supervisionando o salão, faz com que os clientes sintam-se em “casa” e parte da família. Para fechar, temos que falar do excepcional custo/benefício – entrada, prato principal, sobremesa, vinho e serviço para 2 pessoas entre R$ 220-250, algo impossível nos outros 3 restaurantes que mencionei acima.


Casa Marracini

Tudo isso junto, qualifica a Casa Marracini na opinião deste blog como o segundo melhor restaurante de Guarapari, atrás apenas do imbatível Guaramare, e de longe o melhor custo/benefício da cidade.

Sou um verdadeiro gourmandise. Para conhecer um determinado restaurante que realmente valha a pena, não tenho problemas em pegar 6 horas de estrada ou um voo de 2-3 horas. Fiz isso durante anos no antigo Locanda Della Mimosa, em Petrópolis, nos áureos tempos em que chef Danio Braga comandava as panelas, e minha visita a Guarapari tinha um único propósito: almoçar no Guaramare, o melhor restauramte de frutos do mar do Brasil. A Casa Marracini não estava nos planos originais, mas certamente será um ótimo motivo para visitarmos Guarapari novamente.

Com a responsabilidade de ser nossa primeira refeição na cidade, telefonamos ainda em SP e fizemos a reserva, com tempo de sobra para eventuais atrasos no voo, retirarmos o carro na locadora, chegarmos em Guararapi (cerca de 1 hora de Vitória) e deixarmos as malas no hotel. Imprevistos para chegar em Guarapari (graças aos erros do Google Maps e a falta de placas indicativas nas ruas da cidade) atrasaram nossa chegada no restaurante em 1 hora.


Salão principal

Correrias à parte, chegamos esbaforidos no restaurante, com a certeza de que nossa reserva já era. Nos identificamos e fomos cordialmente recebidos pelo Adriani, que nos conduziu à nossa mesa – sim, nossa reserva ainda estava lá, bem nos fundos do salão, provavelmente na área mais silenciosa e privativa da casa, para ficarmos bem à vontade e aproveitarmos a refeição sem pressa.

Instalada em uma charmosa casa no Parque da Areia Preta, distante 5-10 minutos do Centro Comercial, a Casa Marracini recebe os(as) clientes em dois aconchegantes salões climatizados, com luz baixa para tornar o ambiente intimista, acolhedor, romântico. Quadros da artista plástica Regina Andrade nas paredes, delicadas luminárias em formato de abajur e toalhas xadrez nas mesas completam a decoração. Quando chegamos, uma boa música ambiente em volume baixo invadia o salão.


Salão principal

Enquanto olhávamos as opções no cardápio, uma mais gostosa que a outra, recebemos de cortesia uma deliciosa porção de caponata de berinjelas, de textura macia e sabor suave, acompanhada de torradas frescas.

Como o cansaço era maior que a fome, pulamos as entradas e fomos direto nos pratos principais. Na próxima visita com certeza provaremos o queijo brie com geléia de damasco artesanal feita no restaurante (R$ 27), tido por 10 em 10 pessoas como um dos melhores pratos da casa. A geléia é servida quentinha sobre o queijo, que chega à mesa levemente derretido.


Caponata de berinjelas (infelizmente a foto não ficou boa)

O cardápio de massas segue o modelo clássico das cantinas, o cliente escolhe um dos quatro tipos de massas (spaghetti, tagliatelle, penne ou nhoque) e a combina com uma das 21 opções de molhos. As massas recheadas com figo e brie com damasco fazem um baita sucesso e são campeãs de pedidos. Entre os molhos, o siciliano, levemente apimentado com molho de tomates, calabresa moída e manjericão, é bastante elogiado.

Apreciadores da cozinha portuguesa veneram o “Bacalhau do Amigo”, uma posta de lombo do peixe dourado no azeite e servido com cebola, batatas, azeitonas pretas e arroz de brócolis (R$ 69). Para os carnívoros, a opção é o “Filet Mignon com Arroz Cremoso ao Funghi Secchi” (R$ 45). Com certeza provarei um destes pratos (quem sabe ambos) na minha próxima visita.


Arroz Negro com Frutos do Mar

Para os amantes de frutos do mar, o espetacular “Arroz Negro com Frutos do Mar” (R$ 66) revela-se um exemplar de alta gastronomia, com sabores intensos e marcantes: arroz molhadinho de um lado, frutos do mar (camarão médio e VG, lula, lagostim e polvo) frescos do outro, molho de gorgonzola e catupiry por cima, gratinado no forno. O arroz tem personalidade, os frutos do mar possuem textura perfeita, a combinação de sabores torna o prato soberbo, superlativo.

O “Camarão ao Catupiry” (R$ 49,80) é servido numa cumbuca e chega à mesa fumegante! O crustáceo tem cozimento perfeito, macio e suculento na boca, o molho abundante recebe porção generosa de catupiry, o gratinado no forno deixa aquela casquinha crocante por cima e dá o toque final. A porção é gigante, acompanhada por uma entrada pode ser dividida e serve facilmente 2 pessoas. Para acompanhar, arroz branco soltinho, e nada mais. E acredite, não precisa de mais nada.




Camarão ao Catupiry

A proprietária (e também chef) Soraia Marracini é de uma simpatia ímpar, faz questão, sempre que possível, de ir à mesa de cada cliente saber se está tudo bem, o que o(a) cliente achou da comida, se ficou faltando alguma coisa.

Na minha opinião, o único porém da casa está na carta de vinhos, que embora tenha uma boa seleção de tintos (com destaque para os rótulos chilenos e argentinos) e preços justos, sentimos falta de bons rótulos brancos e rosés, ideais para harmonizar com os pratos à base de frutos do mar. Acabamos pedindo um Trio Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Syrah (R$ 75), bem estruturado e aveludado na boca, bastante frutado no nariz com aromas de frutas vermelhas, mas que não casou com os pratos – as notas fortes do vinho “brigavam” com os sabores intensos dos frutos do mar com os queijos.



Para fechar uma noite inesquecível, uma fatia da “Torta de Trufas” (R$ 9), com massa de bolacha moída, três camadas de chocolate (meio amargo, branco e ao leite), cobertura de chantilly e pedacinhos de castanha-do-pará. Se um dia eu montar um post “melhores sobremesas que já comi na vida”, esta torta certamente estará na lista. Não estivesse de barriga cheia, comeria mais uns 20 pedaços e levaria outros 20 para o hotel. Para a próxima visita, provaremos a linda torta de limão, com uma densa camada de recheio e uma fina cobertura de chantilly, do jeitinho que eu gosto.




Torta de Trufas

Valor da conta: 2 águas, 1 suco, 1 vinho 750ml, 2 pratos principais, 1 sobremesa, serviço (a casa sugere 10%, mas fizemos questão de pagar 15%): R$ 250.

Endereço: Rua Fernando de Abreu, 121 - Parque Areia Preta, Guarapari/ES
Telefone: +55 (27) 3261-1616
Horário de funcionamento: Terça a sábado das 12hs às 16hs e das 19hs às 23hs, domingo das 12hs às 17hs. Fecha segunda.
Internet: www.facebook.com/CasaMarracini

São Paulo – Brooklinfest 2013

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O maravilhoso Einsbein (MaiFest 2013)

O bairro paulistano do Brooklin está em festa neste final de semana! Nos dias 19 e 20 de Outubro de 2013, o quadrilátero compreendido pelas Ruas Joaquim Nabuco, Barão do Triunfo, Princesa Isabel e Bernardino de Campos, na Zona Sul de São Paulo, receberá a barracas e atrações da Brooklinfest 2013, festa tradicional e que já faz parte do calendário da cidade.




Docinhos alemães (MaiFest 2013)

Com organização da AEMB – Associação dos Empreendedores e Moradores do Brooklin, o evento dá continuidade às comemorações do Ano da Alemanha no Brasil (já iniciadas com a MaiFest 2013, realizada no mesmo local nos dias 25 e 26 de maio de 2013), que visa ampliar e aprofundar a relação entre os dois países.


Vai uma salsicha alemã aí? (MaiFest 2013)

Segundo os organizadores, a expectativa é que mais de 200 mil pessoas tenham acesso a mais de 200 atrações entre apresentações musicais, danças, teatro, circo, artesanato e rica gastronomia de diversas partes do Brasil e do mundo, além de exposições e exibição de filmes ao ar livre.




O lanchinho de pernil (MaiFest 2013)


Kassler (MaiFest 2013)

Durante os dois dias de festa não faltarão opções de entretenimento. Ao circular por entre as barracas de artesanato será possível apreciar as apresentações itinerantes. Nos palcos, performances de danças folclóricas alemãs e de diversos grupos de corais encantarão o público. As apresentações musicais passarão por diversos gêneros, desde o clássico ao soul, passando pela MPB, rock e o pop. As exibições de cinema ao ar livre trarão filmes com histórias tradicionalmente alemãs. Além de tudo isso, diversas atividades estarão sendo especialmente desenvolvidas para o público infantil, com oficinas de esporte, contação de histórias, atividades e oficinas para divertir a garotada.




Shows de música alemã (MaiFest 2013)


Para os amantes de música clássica, shows com lotação máxima (MaiFest 2013)

Como a Alemanha é o destaque do evento, pratos tradicionais feitos com carne de porco, batatas, repolhos e salsichas não faltarão nos espaços gastronômicos que estarão localizados em pontos estratégicos das ruas onde acontece o evento. Dentre os pratos típicos estão: o chucrute (repolho fermentado), o einsbein (joelho de porco servido com batata e chucrute), kassler (bisteca do porco defumada), kartoffelpuffer (panqueca de batata frita com vários recheios doces e salgados), e também as salsichas feitas artesanalmente como o weisswurst (salsicha branca), bratwurust (salsicha de carne de porco e vitela) e salsicha cervela.


Temperos e conservas (MaiFest 2013)




E Minas invadiu a Alemanha! (MaiFest 2013)

Além da culinária alemã, para quem não dispensa o sabor da comida tipicamente brasileira e de outras regiões do mundo haverá muitas opções como churrascos, pastéis, fogazzas, massas, acarajés, yakissoba, entre outros. Para acompanhar todas as delícias gastronômicas, é claro que não faltará o chopp, a bebida mais cobiçada entre alemães e brasileiros.












Os clássicos sempre presentes (MaiFest 2013)

Na sobremesa, um dos destaques da cozinha alemã é o famoso apfelstrudel (torta de maça com massa folhada, passas e canela) e os doces típicos do país. Porém, ainda é possível experimentar outros quitutes como churros, brigadeiros, pães de mel, trufas, cocadas e doces caseiros tradicionais de diversas regiões do Brasil.


Pão-de-mel decorado para festas e casamentos (MaiFest 2013)

Quando: 19 e 20 de Outubro de 2013, das 10 às 22hs
Local: Quadrilátero compreendido pelas Ruas Joaquim Nabuco, Barão do Triunfo, Princesa Isabel e Bernardino de Campos, no bairro do Brooklin (Zona Sul de SP).

As fotos listadas neste post são do MaiFest 2013, realizado nos dias 25 e 26 de maio. O álbum completo de fotos do MaiFest 2013 está disponível na página do Viajante Comilão no Facebook.

São Paulo – Costelaria Moema (antiga “Costela Nobre”)

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Fraldinha e Matambre de Fora

Rodízio especializado em costela bovina, simples assim. Depois de assar por 40 horas temperada apenas com sal grosso, a peça inteira é dividida em 8 cortes (Spaguetinho, Fraldinha, Matambre de Fora, Filé da Costela, Entreossos, Barriguinha, Matambre de Dentro e Mousse), que chegam à mesa um a um, acompanhados por um farto grupo de 14 acompanhamentos (saladas, couve refogada, vinagrete, polenta frita, maionese de legumes, farofa, banana à milanesa, beterraba, feijão tropeiro, feijão em caldo, arroz, linguiça).

É verdade que a casa já viveu dias melhores, para alguns (não me incluo nesse grupo) o preço é um pouco salgado (R$ 55,90 de segunda à sexta, R$ 65,90 nos fins de semana e feriados) e comparável com a maioria das churrascarias rodízio da cidade (que oferecem muito mais do que costela), mas o fato é que desde 1997 esta casa simples do bairro de Moema (Zona Sul) serve a melhor costela bovina de São Paulo, que desfia no garfo e derrete da boca (muitas vezes, a faca nem é necessária) graças a qualidade da peça e ao looooongo tempo de cozimento.



A costela é o corte com maior variedade de sabores, texturas e aromas. Exige um tempo de cozimento mais longo, para amaciar suas fibras, tem sempre um sabor muito especial. A Costelaria Moema tem 8 fornos, cada forno comporta 9 peças, totalizando quase 1000 quilos de carnes que ficam nesses fornos por 40 horas, o que faz com que a carne fique extremamente macia e leve. No processo de preparo a costela passa por uma transformação, chega a perder quase 60% do seu peso in natura (gordura, sangue e água). Esse processo garante a maciez porque o fogo e a fumaça não entram em contato com a costela. Quando servida em seus diferentes cortes, nos permite diferenciar e apreciar diferentes sabores e graus de maciez.


Barriguinha

Antigamento chamada de “Costela Nobre”, passou por mudanças no último ano: além de trocar o nome para “Costelaria Moema”, agregou o “& Pizzaria” no nome, já que agora também oferece rodízio de pizzas de quarta à sábado no jantar. Pessoalmente, acho que existe algo de errado quando um restaurante especializado num nicho precisa abrir o leque de opções para manter o fluxo de clientes – sintoma comum também em Galeterias, que começam vendendo apenas franguinho mas que terminam agregando carne, massa, peixe. O blog não pretende experimentar as pizzas da Costelaria Moema, por melhores que sejam.



Vamos falar sobre o ambiente: simples, amplo, mesas largas, familiar, decoração peculiar (e duvidosa) com quadros de cavalos nas paredes, sem falar de uma vistosa cabeça de boi . A ventilação é boa, mas falta um ar condicionado para os dias mais quentes. Os garçons são os mesmos desde a última vez que estive lá, e isso faz um tempão.

Na carta de bebidas, o destaque fica para as cervejas estupidamente geladas – Original, Bohemia, Serramalte. Os sucos não são tão saborosos, entre as versões de polpa e o suco de laranja azedo, fique com um refrigerante.


Filé da Costela

O valet de R$ 15 também concentra muitas reclamações por causa do preço alto – não acho, existem baladas e restaurantes “da moda” com estacionamentos bem mais caros, mas cada um tem sua opinião. Como sugestão, vá comer num dia em que seu carro estiver bem sujo – como ele ficará estacionado no posto/lava-rápido da esquina, por R$ 30 eles lavam, aspiram e aplicam cera, e você não precisa pagar o estacionamento. Acho um baita negócio.


Spaguetinho e Matambre de Dentro

Por fim, a Costelaria Moema também oferece um cartão fidelidade, onde o cliente ganha um rodízio cortesia no jantar de quarta a sábado a cada 5 consumidos. Mesmo usando uma estratégia antiga, é uma maneira eficiente de atrair e manter clientes, além de reduzir o preço médio da costela (neste caso, R$ 46,58 de segunda à sexta, e R$ 54,91 nos fins de semana e feriados).

Endereço: Avenida dos Imarés, 750 – Moema
Telefone: (11) 5543-1323
Horário de funcionamento: Segunda e terça das 11h30 às 16hs, quarta e sábado das 11h30 às 23hs, domingo e feriados das 11h30 às 18hs.
Internet: http://www.costelariamoema.com.br/

Guarapari – Guaramare: O melhor restaurante de pescados e frutos do mar do Brasil

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Misto de Peixe, Lagosta e Camarão

O que posso escrever sobre o melhor restaurante de pescados e frutos do mar do Brasil e que ainda não tenha sido escrito por ninguém? Para começar, posso dizer que a decisão de pegar um avião em SP, descer em Vitória (ES), alugar um carro e dirigir 70 km até Meaípe só para comer no aclamado Guaramare foi mais que acertada: foi a melhor refeição que fiz até agora em 2013.

Sem concorrentes à altura no país, conhecer o Guaramare significa viajar no mundo encantado de Vicente Bojovski, um macedônio que escolheu o Brasil para viver e nos ensinar um pouco da nobre arte de comer bem. Todo amante de pescados e frutos do mar deveria viver essa experiência pelo menos uma vez na vida.



Vicente chegou ao Rio de Janeiro em 1982, mudou-se para Guarapari em 1986, no mesmo ano em que abriu o primeiro Guaramare, em Guarapari. Os negócios prosperaram e o local ficou pequeno. A solução veio em 1995, com a mudança do  restaurante (e da casa dele) para um terreno bem maior em plena Rodovia do Sol, que corta grande parte do Espírito Santo e que no trecho urbano de Nova Guarapari recebe o nome de Avenida Meaípe. Desde 1999 o restaurante recebe duas estrelas do Guia Quatro Rodas e foi eleito por TREZE anos seguidos o melhor restaurante de pescados do Brasil.



A frente do restaurante, pequena e discreta com um barco na porta e o nome “Guaramare” bem pequeno do lado esquerdo esconde o interior imponente, que merece ser admirado sem pressa. Dividido em vários ambientes e pensado nos mínimos detalhes, com paredes de tijolos à mostra, painéis coloridos pintados pelo próprio Vicente e decorado com artefatos marinhos, telhado sustentado por grandes toras de madeira, mesas redondas e gigantes, pequenas aberturas para que a luz natural valorize ainda mais a bela arquitetura, mas sem perder a atmosfera intimista. Nos fundos, o belo atelier do chef pode ser visitado, caso tenha interesse (e dinheiro) todas as telas em exibição estão à venda.









Completam a paisagem de cartão-postal a Lagoa de Nova Guarapari, onde os clientes podem apreciar a vista e tomar uma taça de vinho enquanto aguardam ansiosamente o preparo dos pratos, algo que pode levar até 1 hora, já que tudo é feito na hora, sem pressa. Ainda nos fundos, um canal entre o restaurante e a casa do Vicente, interligados por duas graciosas pontes de pedra, traz água da lagoa até o limite de um dos salões, onde há criação de peixes.







Os clientes são recebidos pelo próprio Vicente, que faz questão de orientar os pedidos e sugerir vinhos. O cardápio existe, mas é pouco utilizado – os clientes escolhem o que vão comer diretamente de uma enorme bandeja de cobre, onde ficam dispostos peixes rosados, camarões e grandes lagostas. Quase tudo é comprado de pescadores da região – apenas durante o verão, quando a demanda cresce, é preciso trazer algo de fora do estado.



O cardápio é enxuto: da grelha especialmente desenvolvida por Vicente saem suas criações, pescados fresquíssimos como Cioba, Pargo e Dentão dividem as grelhas com os camarões VG e lagostas gigantes, com quase 30 cm de comprimento. Os peixes recebem um leve toque de sal e vão ao braseiro com a cabeça e as escamas, retiradas somente na hora de servir para que não fiquem ressecados. Com a casca, os camarões são inicialmente levados à grelha para depois passarem rapidamente pela frigideira, a lagosta recebe tratamento VIP com azeite e alecrim fresco antes do contato com as brasas. Quem quiser, pode acompanhar de perto o preparo dos pratos diretamente na enorme churrasqueira.



Os funcionários são solícitos e super atenciosos, mas somente os irmãos Vicente e Risima (ela é responsável por preparar pessoalmente as sobremesas) podem servir os pescados para os clientes, levados à mesa em uma enorme paellera e recebendo somente nos pratos o toque final: uma generosa porção do famoso molho à base de manteiga, azeite e alcaparras. Completam o competente time a esposa de Vicente, a capixaba Nádia, que interage com os clientes, coordena o salão, os funcionários, a cozinha e faz com que a engrenagem funcione perfeitamente.



Os pratos principais custam cerca de R$ 150, no preço está incluída uma salada (alface, tomate, pepino, rabanete, berinjela grelhada, abobrinha à milanesa, cebola crua, repolho picado, queijo Minas) que ajuda a segurar a fome enquanto a estrela da festa não chega; uma fatia de "pão de alho" com azeite e uma pitada de salsinha, de sabor forte; o prato principal com acompanhamento (arroz à grega ou tagliarini); a sobremesa (pavê de pêssego da Ricima ou banana assada com sorvete de creme com um toque de cassis, as únicas sobremesas da casa), o café e um licorzinho para encerrar a refeição.







Pedimos a “Lagosta Grelhada” (R$ 150), uma lagosta gigante inteira cortada no meio, assada no braseiro apenas com azeite e alecrim fresco e servida com casca, e o “Misto de Peixe, Lagosta e Camarão” (R$ 150), o campeão de pedidos da casa, composto por um peixe inteiro (no dia da nossa visita era Pargo), uma lagosta grande e dois camarões VG. Embora os pratos sejam bem servidos para uma pessoa, ambos podem ser divididos sem problemas se você optar por abrir a refeição com uma entrada.



Dica (1): no momento em que os pratos estiverem sendo servidos, os(as) funcionários(as) perguntarão se você quer que retire a carne da casca. Diga SIM, e se não perguntarem, peça – sua refeição será menos trabalhosa e muito mais prazeirosa.

A fama do molho à base de manteiga, azeite e alcaparras é 110% merecida, o negócio é simplesmente sensacional. Esqueça o (ótimo, diga-se) potinho com azeite e alho que chega à mesa junto com a salada e peça uma porção generosa do famoso molhinho, que pode ser repetido à vontade, fica espetacular nos frutos do mar e simplesmente perfeito no peixe. Aliás, de longe o Pargo foi o melhor que já comemos EVER. Dica (2): O molho quentinho também fica espetacular no macarrão!


Lagosta com molhinho, também conhecido como "receita da felicidade"

Para acompanhar os pratos inesquecíveis, pedimos o ótimo vinho chileno Escudo Rojo 2009 (R$ 130), um 100% Chardonnay do Valle del Maipo que estagia por nove meses em barricas de carvalho de um ano de idade. Bela coloração amarelo claro, aromas clássicos de frutas tropicais, maduro e mineral na boca. O vinho chegará à mesa num baldinho de gelo para manter a temperatura, porém em algum momento você terá que deixá-lo fora por um tempo para que não fique gelado e fechado demais.



A carta de vinhos é competente e com boa variedade de rótulos (embora talvez um pouco inflacionada), mas a ótima notícia é que você pode levar seu vinho predileto sem pagar rolha. Outra vantagem é que no valor final da conta eles não cobram serviço. Talvez você tenha achado os preços dos pratos caros demais, mas se você colocar tudo na ponta do lápis, verá que a conta não é tão cara assim.

Endereço: Av. Meaípe, 716 (Rodovia do Sol, Km 65), Enseada Azul, Nova Guarapari (ES)
Telefone: +55 (27) 3272-1300
Horário de funcionamento: Sexta e sábado das 20hs à 1 da manhã, domingo das 13hs às 18hs, fechado de segunda à quinta. No verão (Janeiro a Março), abre todos os dias das 20hs à 1 da manhã. Fecha no mês de junho.
Internet: http://www.guaramare.com.br/

Empanadas Don Hugo: As melhores empanadas de São Paulo

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Empanada de doce de leite

Um lugar super escondido na Rua Verbo Divino, próximo da Avenida Santo Amaro, mas que faz a melhor empanada de São Paulo, do Brasil, da América Latina (sim, é melhor do que as melhores empanadas argentinas), do Mundo, do Universo.

Diz a lenda que o argentino Hugo Volskis largou a contabilidade para se dedicar às empanadas. Se isso é mesmo verdade, tenho certeza que a Associação de Contadores não achou ruim. Hugo chegou ao Brasil em 1995 e abriu sua primeira loja de empanadas em 2000, na cidade de Maricá (RJ). Dez anos depois mudou-se São Paulo e trouxe a casa para a terra da garoa.



O lugar é uma casinha minúscula com poucas mesas (3 internas e 2 externas, totalizam 15 lugares), a primeira impressão de quem passa não é de um restaurante, e sim um tele-entrega – de fato, o forte da casa são os pedidos por telefone, seja o delivery ou as pessoas indo retirar suas encomendas. Como a região é bem movimentada durante a semana, encontrar vaga na rua é quase uma odisséia. Mas não desista, te garanto que a comida valerá a pena.



São mais de 120 sabores entre empanadas salgadas e doces – entre os acertos, (1) carne com azeitonas, (2) carne com azeitonas e requeijão, (3) mussarela, tomate, manjericão sem alho, (4) espinafre com requeijão, (5) carne seca, (6) frango, (7) frango com requeijão, bacon e champignon, (8) lombo com mussarela e gongonzola, (9) palmito com azeitonas e (10) salaminho com provolone e azeitonas, de longe minha preferida. Se a empanada de quatro queijos tivesse gorgonzola, provavelmente seria minha número 1.


Caixa de empanadas


As empanadas são identificadas para evitar confusões

As empanadas são feitas pelo próprio Hugo e sua família, a massa é finíssima e são generosamente recheadas, quase o dobro de recheio das encontradas nas principais casas portenhas. Os preços giram entre R$ 6,50 e R$ 9,50 por empanada, duas unidades são suficientes para matar a fome da maioria das pessoas.


Salaminho com provolone e azeitonas


Carne com azeitonas

Eu sei que você estará cheio(a) depois de tanta comida boa, mas faça um esforço para provar as empanadas doces – as versões de doce de leite e brigadeiro são inacreditáveis, absurdamente recheadas, servidas com açúcar polvilhado por cima. Cuidado: assim que saem do forno, o recheio é beeeeem quente! Dica: deixe esfriar um pouco para que o recheio fique cremoso e seja mais fácil de cortar (e comer) sem o risco de queimar-se ou lambuzar tudo.


Brigadeiro (acima) e doce de leite (abaixo)

Como tudo é feito e assado na hora, o tempo de preparo é um pouco alto (20-30 minutos). Recomendo que ligue antes para pedir e depois passe para buscar.

Endereço: Rua Verbo Divino, 97
Telefone: (11) 2879.8858 | (11) 4306.6852
Horário de funcionamento: Segunda das 15hs às 19hs, terça e quarta das 15hs às 21hs, quinta a sábado das 12hs as 21hs. Fecha domingo.
Internet: http://www.empanadasdonhugo.com

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