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Channel: O Viajante Comilão
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Retrospectiva: As 10 melhores dicas do Viajante Comilão em 2013

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São Paulo – NB Steak: A reinvenção do rodízio e o nascimento de um clássico

Paleta de cordeiro O empresário gaúcho Arri Coser é referência quando o assunto é churrascaria rodízio – criador da rede “Fogo de Chão”, império de 23 restaurantes no Brasil e Estados Unidos vendido há dois anos para um fundo de investimentos por US$ 100 milhões. Após um período de descanso, ele resolveu voltar ao mercado. E quando Arri Coser está em ação, os concorrentes prestam atenção. Mas para um empreendedor que conquistou fama e fortuna...
Guarapari – Guaramare: O melhor restaurante de pescados e frutos do mar do Brasil

Misto de Peixe, Lagosta e Camarão O que posso escrever sobre o melhor restaurante de pescados e frutos do mar do Brasil e que ainda não tenha sido escrito por ninguém? Para começar, posso dizer que a decisão de pegar um avião em SP, descer em Vitória (ES), alugar um carro e dirigir 70 km até Meaípe só para comer no aclamado Guaramare foi mais que acertada: foi a melhor refeição que fiz até agora em 2013. Sem concorrentes à altura no país, conhecer...
São Paulo – 3ª Edição “O Mercado” Festival Gastronômico das Estações, 22/09/2013

A feira gastronômica "O Mercado", que já somou 14 edições e reuniu mais de 100 participantes em torno da gastronomia boa e acessível vai ganhou uma versão “festival” e a próxima é no dia 22 de Setembro, em São Paulo. Organizado pelos chefs Checho Gonzales (Cebicheria Gonzales), Henrique Fogaça (Sal Gastronomia) e pela produtora cultural Lira Yuri, a terceira edição do Festival Gastronômico das Estações contará com a participação de 60 cozinheiros/chefs...
Dicas da Suíça: Lucerna

Kapellbrücke ("Ponte da Capela") toda florida Lucerna é uma das cinco cidades mais lindas que já visitei – as outras são Praga, Edimburgo, Le Mont Saint Michel e Paris. Estive lá em 2008, fiz um “vale a pena ver de novo” em 2011 e conto os dias para visitá-la novamente. Lugar simplesmente inesquecível. Distante apenas 45 minutos de Zurique, Lucerna tem população estimada em 60 mil habitantes (pequena para os padrões brasileiros, mas é a oitava...
Guia do Viajante Comilão: 10 atrações imperdíveis em Madrid (Espanha)

Em sentido horário: Estádio Santiago Bernabéu, Parque del Retiro, Palacio Real e Parrillada da Marisqueria Moreno Madrid é uma das mais belas e agitadas cidades da Europa. Capital cultural, intelectual e política da Espanha, foi fundada pelos árabes como uma fortaleza, assim permanecendo até que Afonso VI a ocupou, em 1083. Felipe II fez dela a capital da corte em 1561, posto que antes era ocupado por Toledo, e desde então a cidade floresceu,...
São Paulo – Box do Vinho: Um cantinho de amigos(as) na Mooca

Strogonoff de camarão Poucos bairros de São Paulo carregam uma identidade gastronômica tão forte quanto a Mooca. Com forte presença de imigrantes italianos, a cultura da boa mesa é representada por um sem número de restaurantes familiares que oferecem boa comida de vovó e ambiente agradável para uma boa conversa. Afinal, na Mooca todo mundo se conhece! Numa mesa tipicamente italiana, a boa comida não vive sem um belo vinho ou um suco de uva. Recentemente,...
Santo André – The Burger Map

O The Burger Map nasceu da paixão dos irmãos Fábio e Marcos Fernandes por hambúrgueres. Inspirados na obra “Hamburger America”, do cineasta/escritor George Motz, os dois fizeram uma expedição aos Estados Unidos em busca do “hambúrguer perfeito”. Durante um mês de viagem, eles cruzaram cinco estados americanos e provaram cerca de 60 receitas regionais. O resultado dessa odisseia gastronômica aparece no cardápio da casa, um grande mapa...
O Viajante Comilão recomenda: Restaurantes em Buenos Aires

Decidimos passar 4 carnavais em Buenos Aires - 2010, 2011, 2012 e 2013. Se a primeira impressão foi a de que a capital portenha tinha uma oferta gastronômica com imbatível custo/benefício, com incontáveis lugares para comer muito bem e gastar pouco, as 3 viagens seguintes mudaram radicalmente nossa opinião. E, infelizmente, para pior. Existem restaurantes muito bons em Buenos Aires, reconhecidos dentro e fora do país pela ótima gastronomia, mas...
Buenos Aires – Zoo Lujan

Para muitos, “a melhor atração turística de Buenos Aires” não fica propriamente em Buenos Aires. O Zoológico de Lujan, localizado no quilômetro 58 da “Autopista del Oeste”, distante 75 km da capital portenha, é diferente de todos os outros que você já viu. O Zoo Lujan é um zoológico aberto. Os visitantes podem tocar nos animais, acariciar os tigres, entrar na jaula dos leões, pegar um filhote no colo, alimentar os elefantes e dar uma voltinha...
São Paulo – Mocotó Restaurante e Cachaçaria

Carne-de-sol assada com manteiga-de-garrafa, alho assado, pimenta biquinho e chips de mandioca Eu pensei 10.000 vezes antes de escrever uma resenha sobre o Mocotó. Não porque o restaurante não mereça – aliás, muito pelo contrário - , mas pelo fato da premiada casa do chef Rodrigo Oliveira já ser uma figurinha carimbada da gastronomia paulistana. E como o papel principal do blog é garimpar achados, a dúvida sempre me incomodou. Até hoje. Desisti....



O Viajante Comilão recomenda: Comer & Beber em Londres

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Engana-se quem pensa que os famosos pubs londrinos são as únicas opções de restaurantes na capital inglesa. Também está redondamente enganado quem acredita que não existem boas opções de comida na capital britânica.

Se você acha que Londres só tem “Fish and Chips” (combinação de peixe frito empanado batatas fritas e ervilhas, cozidas ou em forma de purê), “English Breakfast” (café da manhã com bacon, salsichas, ovos, tomates fritos, batatas, cogumelos, feijões cozidos e torradas), “Afternoon Tea” (o tradicional chá da tarde), cerveja e comida indiana (resultado da forte imigração no país), tenho certeza que sua opinião será diferente ao final deste post.


Fish and Chips, Poppies

Londres é uma das cidades mais cosmopolitas do mundo e oferece uma quantidade enorme de estabelecimentos para todos os bolsos que servem comida (de qualidade) de várias partes do mundo, inclusive de culinária tipicamente britânica, que tem sido fortemente resgatada e reinventada por chefs locais. Segunda cidade da Europa com maior número de restaurantes estrelados no Guia Michelin (66, atrás apenas dos 118 estabelecimentos de Paris), cabe a chefs como Gordon Ramsay, Jamie Oliver, Tom Aikens, Raymond Blanc, Fergus Henderson, Heston Blumenthal, Alain Roux, Alain Ducasse e Yotam Ottolenghi a transformação e posicionamento da gastronomia britrânica entre as melhores do mundo.


Afternoon Tea, The Tea Rooms

A gastronomia típica inglesa é baseada em pratos simples, ricos em sabores e que privilegiam os frutos do mar, o peixe e as frituras, a batata frita e a carne de porco com ervilhas. Uma vez em Londres, não deixe de provar delícias como o Wellington Beef (filé de carne envolto em massa), Welsh Rarebit (torrada com Cheddar ou Stilton, ovo frito e molho feito de mostarda e cerveja), Sunday Roast and Yorkshire Pudding (assado clássico de carne ou cordeiro, servido com o tradicional um pudim de Yorkshire), Shepherd's Pie (torta de carne com purê de batata e gratinada com queijo) e o Steak and Kidney Pie (torta de bife e rim, típica ‘comida de pub”). Mas Londres é muito mais do que isso.


English Breaskfast, Dishoom

O Reino Unido possui incríveis 8.500 restaurantes indianos, resultado da forte imigração no país. O bairro de Brick Lane é o maior e mais famoso reduto indiano de Londres, mas a comida à base de curry pode ser encontrada nos quatro cantos da cidade. Em tempo, a região norte do país concentra uma das maiores colônias indianas fora da India, e cidades como Leeds, Bradford e Manchester (com sua famosa “Curry Mile”) possuem casas no mesmo nível dos melhores restaurantes da India

Poucos sabem da paixão dos britânicos por queijos, que aliás não perdem em nada para os míticos franceses. Há mais de 700 queijos registrados produzidos no Reino Unido, com espaço privilegiado nos supermercados e feiras específicas para que os pequenos produtores vendam suas criações artesanais. Conhecido como o 'rei dos queijos ingleses', o Stilton é um queijo azul produzido na região central da Inglaterra. O Cheddar é considerado o queijo mais consumido do mundo, mas a versão original, um queijo forte e maturado que não tem nenhuma relação com aquele servido por redes de fast-food, é produzido no pequeno vilarejo de Cheddar, em Somerset. Combinar pedaços de queijos com baguetes e uma boa garrafa de vinho está entre as refeições mais gostosas para se fazer em Londres.


Tábua de queijos, Gordon's Wine Bar

Paraíso dos vegetarianos, o Reino Unido tem cerca de 4 milhões de pessoas que não comem carne. Você vai encontrar várias opções vegetarianas em supermercados e lojas, e nos restaurantes invariavelmente há sempre pelo menos um prato vegetariano. Comece pela Stilton and Walnut Pie (torta de nozes e queijo azul inglês), faça uma viagem pela rica gastronomia indiana ou visite o impérdível buffet mediterrâneo vegan do Ottolenghi.

Chinês de nascimento e prato típico da culinária japonesa, a combinação de macarrão feito de trigo ou arroz, preparado com caldo de carne ou peixe, temperado com molho de soja ou missô e servido em uma tijela fumegante, com carnes, vegetais e verduras é uma refeição simples, barata e muito procurada nos dias mais frios. Encontrada em uma infinidade de lugares, os “noodles” alcançaram status de prato típico no Reino Unido.


Lanches, Pret A Manger

Quem já esteve na Inglaterra sabe que os britânicos são fãs da chamada “comida de rua”; a correria do dia-a-dia faz com que lugares que pensem na praticidade – fácil de chegar, pegar, pagar e levar – sejam opções bastante procuradas. Redes de “Food Hall” como Mark & Spencer, Pret A Manger, Sainsbury’s, Boots, E.A.T., Upper Crust, Caffè Nero e Subway, e até a mundialmente conhecida Harrods, oferecem sanduíches em versões diferentes de pão (forma, baguete, pita), sopas, wraps, saladas e sushis, além de iogurtes, saladas de frutas, smoothies e boa seleção de cafés, chocolates e chás, com preços entre 7 e 10 libras por lanche/salada, bebida e sobremesa.

Cervejaé negócio muito sério no Reino Unido. Primeira bebida alcoolica produzida na Inglaterra, existem mais de 2 mil marcas de cerveja, vendidas em aproximadamente 52 mil pubs (“Public House”, um local de encontro que reúne britânicos desde a construção das primeiras tavernas romanas). As variedades inglesas incluem Bitter, Mild, Brown Ale, Old Ale e Stout, cuja maturação final se dá nos próprios pubs, com carbonatação natural, e servidas nos famosos copos de “pint” (copos com exatos 568ml). Sem falar da grande oferta de vinhos, whiskies e sidras. Você jamais vai passar sede no Reino Unido!


Mesa de doces, Ottolenghi

Os ingleses são muito conhecidos por seu apetite por doces (chamados de “Puddings”). Patisseries com grandes mesas de doces são comuns em Londres, onde lindos exemplares de tortas, bolos, pudins, cupcakes e muffins, quase sempre acompanhados por uma generosa porção de “custard” (uma mistura de leite, gema de ovo e açúcar) ou sorvete de baunilha. Prove o “carrot cake”, o “trifle”, o “apple crumble”, o “treacle pudding”, o “sticky toffee pudding” e o “treacle tart”, todos mega calóricos. Mas os britânicos não abrem mão de uma tigela cheia de morangos com creme.

Este post traz uma coleção de 21 reviews de restaurantes em Londres. Em comum, boas experiências gastronômicas e dicas valiosas de lugares para fazer uma boa refeição na terra da Rainha. Para ver o review completo, basta clicar na imagem abaixo.

Espero que nossas dicas sejam úteis!

Um abraço!








Barcelona – Camp Nou Experience

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Inaugurado em 1957 e com capacidade para 99.786 expectadores, todos confortavelmente sentados, o Camp Nou é o maior estádio da Europa e terceiro do mundo, classificado com “cinco estrelas” no padrão FIFA (classificação necessária para receber finais da Champions League e UEFA Europa League), palco da final da Olimpiada de 1992 (Espanha 3-2 Polônia) e de duas partidas decisivas da Champions League, nos anos de 1988-89 (Milan 4-0 Steaua București em 1988-89) e 1998-99 (Manchester United 2-1 Bayern Munique).

O estádio é a casa do FC Barcelona, clube fundado em 1899 por um grupo de jogadores suíços, ingleses e espanhóis liderados por Joan Gamper. O time jogou futebol amador até 1910, quando passou a integrar a UEFA e participar de competições internacionais. Em 1928, teve papel importante na criação da “La Liga”, o campeonato nacional de futebol, um dos mais importantes do mundo, tendo participado de todas as edições até hoje, assim como Real Madrid e Athletic Bilbao.


"Mais que um clube"

A história do Barcelona tem sido muitas vezes associada a política. Embora seja um clube criado por estrangeiros, tornou-se rapidamente representante dos valores catalães. No repressivo regime do general Francisco Franco, que governou a Espanha de 1939 a 1975, a Catalunha tornou-se cada vez mais hostil para o governo em Madrid. Quando o uso da língua catalã foi proibido, o estádio do FC Barcelona tornou-se um dos poucos lugares onde as pessoas podiam expressar sua insatisfação. A transição espanhola para a democracia em 1978 não diminuiu a imagem do orgulho catalão e de sua torcida com voz ativa por um estado independente – o Camp Nou também é a casa da Seleção da Catalunha, que jogou pela última vez em 2010.


UEFA Champions League: Quinto maior vencedor, com 4 conquistas (1992, 2006, 2009 e 2011)

Para entendermos a história do Camp Nou, precisamos voltar no tempo, mais precisamente ao ano de 1922, quando o estádio de Les Corts foi inaugurado. Com capacidade para 60 mil pessoas, tinha o objetivo de substituir o Camp del Carrer Indústria, primeiro estádio do clube inaugurado em 1909, que com seus 8 mil lugares da época já não dava conta de receber a apaixonada torcida.

A conquista de dois títulos nacionais consecutivos (1948 e 1949) e a contratação do astro húngaro Ladislao Kubala elevaram notavelmente o número de sócios e expectadores, o que tornou o campo de Les Cortes pequeno demais. Os torcedores passaram a pressionar o clube para a construção de um estádio maior, “que representasse o orgulho catalão”, o que tornou-se realidade com a chegada de Francesc Miró-Sans à presidência do Barça, em 1953.


Entrada do museu, primeiro escudo do clube, tocha da Olimpíada de 1992 e estátua de Ladislao Kubala


História do clube


Números que marcam a história do Camp Nou


Futebol de mesa. Linda, toda de madeira, com bonequinhos caracterizados

Em 28 de março de 1954, 60 mil pessoas foram à cerimônia de colocação da pedra fundamental do estádio. A obra dos arquitetos Francesc Mitjans Miró e Josep Soteras Mauri, com a colaboração de Lorenzo García Barbón, concluída em pouco mais de três anos, ergueu num estádio moderno, com dois anéis e capacidade para 93 mil expectadores.

No dia 24 de setembro de 1957, dia de Nossa Senhora das Mercês (padroeira de Barcelona), a cidade vestiu-se de azul-grená para a inauguração oficial do novo estádio, localizado no distrito de Les Corts, cerca de 5km a leste do centro de Barcelona, com o nome oficial de “Estadi del FC Barcelona”, embora popularmente sempre fosse chamado de “Camp Nou” ("Campo Novo" em catalão). Após uma consulta aos sócios na temporada 2000/2001, o nome “Camp Nou” tornou-se oficial.


Ala que lembra todos os jogadores estrangeiros que vestiram (ou vestem) a camisa azul-grená. O Brasil está representado no museu com a citação dos 22 jogadores que já passaram pelo clube.


Há uma parte recente da exposição, toda multimídia, em que o visitante também pode rever gols importantes do Barça, ouvir os gritos e os hinos da torcida “blaugrana” e ainda assistir, em telões, às últimas conquistas do time comandado por Messi.

O templo do futebol por onde desfilaram ídolos como Kubala, Cruyff, Maradona, Schuster, Romário, Laudrup, Koeman, Stoichkov, Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo, e que atualmente testemunha as atuações de Messi, Xavi Hernández, Puyol e Iniesta, já foi submetido a várias remodelagens. A primeira ocorreu antes da Copa do Mundo de 1982, com a construção de um terceiro anel que ampliou a capacidade para até 120 mil expectadores. Ao final da década de 1990, as arquibancadas foram adaptadas às normas da UEFA que proíbem torcedores em pé, o que reduziu a capacidade para os atuais 99.786 expectadores (99.354 para partidas organizadas pela UEFA).


Tour pelo estádio

Em tempo: a lista completa de estádios classificados pela FIFA como “cinco estrelas” pode ser consultada em http://www.worldstadiumdatabase.com/list-of-uefa-5-star-stadiums.htm.


Salas de troféus do futebol


Stoichkov

E provavelmente a próxima mudança está próxima. No início de 2014 o Conselho submeterá aos sócios dois projetos de modernização, o primeiro prevê uma reforma completa sobre o antigo Camp Nou, acrescentando uma cobertura e ampliando sua capacidade para 105 mil expectadores, ao custo de € 300 milhões, enquanto o segundo considera a construção de uma arena novinha em folha, por módicos € 600 milhões (quase R$ 2 bilhões).

Agora que você já conhece a história do estádio, vamos falar do tour, chamado de “Camp Nou Experience”. Durante a visita guiada ao Camp Nou, você poderá entrar nos vestiários dos jogadores, passar pelo túnel de acesso ao campo, chegar pertinho do gramado e ter uma visão 360 graus do estádio, caminhar pelas arquibancadas, conhecer a sala VIP, a sala de imprensa, o espaço reservado para as emissoras de televisão e as cabines de imprensa, localizadas no último andar do estádio, a exatos 48 metros de altura.


Vista das cabines de imprensa

O passeio termina no museu do clube, um dos mais visitados do gênero no mundo (1.2 milhão de visitantes por ano), onde está a sala de troféus, vasta memorabília com os painéis multimídia e objetos que contam a história do clube e de seus jogadores mais famosos.

O museu não é apenas dedicado ao futebol, esportes como futsal, handebol, basquete e hóquei também são lembrados, com fotos de jogadores, troféus conquistados e objetos que remetem às conquistas nacionais e internacionais.


Baloncesto

O tour dura aproximadamente 90 minutos, e pode ser acompanhado em 7 idiomas (francês, ingles, espanhol, holandês, italiano, português e alemão).

O tour custa €23 (€17 para menores entre 6 e 13 anos, grátis para menores de 6 anos). Para saber os horários de funcionamento, acesse o link http://www.fcbarcelona.com/camp-nou/camp-nou-experience/opening-times-and-prices. Evite fazê-lo em dias de jogos, quando apenas o museu está aberto.Veja o calendário e programe seu passeio com tranquilidade.

É possível adquirir o ticket do tour pela internet, direto no site oficial do clube (http://www.fcbarcelona.com/camp-nou/camp-nou-experience) ou pessoalmente nos acessos 7 e 9 do estádio, localizados na Carrer Arístides Maillol (estação Palau Real, linha 3). Para mais informações, ligue +34 93 496 36 00 (902 18 99 00 se estiver na Espanha).

São Paulo – Jucalemão

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Chucrute Garnie – Schlachtplatte (joelho de porco, costela, salsicha bock, viena, weibwurst e lingüiça branca com chucrute e batata cozida)

Já falamos aqui no blog sobre a contribuição do bairro paulistano do Brooklin (zona sul de SP) na construção e consolidação da gastronomia germânica de São Paulo. A comida tem papel importante na cultura alemã, é ferramenta de socialização para reunir as pessoas e matar a saudade do país, da língua, dos costumes.

Com três endereços na cidade, o Jucalemão é conhecido pelos pratos alemães servidos em porções generosas, com ingredientes e sabores um pouco adaptados ao gosto brasileiro. O ambiente simples tem uma atmosfera familiar, arquitetura típica com móveis de madeira rústica, quadros nas paredes com fotos e mensagens que remetem à Alemanha. Mas o ambiente não seria completo sem a tradicional toalha listrada nas mesas, um clássico do Juca.









Uma característica dos restaurantes alemães é a clientela fiel, formada por imigrantes e descendentes que frequentam o lugar há anos – caso do lendário Zur Alten Mühle, embaixador da gasttronomia alemã em SP, onde o idioma oficial nas mesas é o bom alemão. No Juca os descendentes misturam-se com gerações de clientes sem nenhuma origem germânica, que frequentam o restaurante desde a inauguração em busca de comida saborosa, farta a preço justo, o tripé responsável pelo sucesso da casa há 34 anos.

Outras duas características que chamam a atenção no Jucalemão são os garçons, basicamente os mesmos há anos, velhos conhecidos dos clientes mais antigos e que se tratam carinhosamente pelo primeiro nome, além do estacionamento 100% gratuito, algo raro em tempos de epidemia de valets com preços abusivos e que estacionam seu carro na rua. É só deixar uma caixinha e está tudo certo.

Se eu fizesse um ranking dos melhores couverts de São Paulo (nota mental: gostei da idéia, talvez faça isso um dia), o do Jucalemão estaria na lista com certeza. Farto e com preço honesto (R$ 5,80 por pessoa), o viciante molho tártaro é acompanhado por uma porção de azeitonas temperadas e uma cestinha de pães. Você vai comer muito, e provavelmente vai pedir mais – fique tranquilo, você não será o único!


Couvert: Molho tártaro e porção de azeitonas temperadas

Para beber, além dos bem tirados chope Brahma claro e escuro, a casa oferece os tradicionais rótulos germânicos à base de trigo, como Erdinger, Paulaner, Fransiskaner e Weihenstephaner. Apenas verifique com o garçom a disponibilidade no dia, às vezes alguma fica faltando (acho que eles poderiam arrumar um fornecedor melhor).


Cestinha de pães

Chegou a hora de falarmos da comida. Todas as opções com carne de porco são recomendadas (joelho de porco, costela, lombo, filé suíno, salsichas, etc) – aliás, quando o assunto é carne suína, o Jucalemão é referência. O mesmo se aplica ao molho á base de páprica que acompanha alguns pratos, generosamente servido (como tudo na casa) e mais suave do que o original para adequar-se ao paladar brasileiro.

O longo cardápio reúne mais de 80 pratos divididos em 6 grupos, “Especialidades”, “Filés”, “Aves”, “Peixes”, “Saladas” e “Petiscos”, este último com pratos em versões aperitivo. Entre as porções com sotaque alemão, estão a Bratwurst (lingüiça branca de vitela; R$ 20 a porção inteira e R$ 13 a meia porção), Kassler (costela de porco grelhada em cubos; R$ 27 e R$ 18), Eisbein (R$ 27) e Misto de Salsichas (R$ 27), além de canapés, croquetes e tábua de frios.


Pingüim Salada (salsichão tipo bock cozido com salada de batata)

Entre as especialidades com sotaque germânico, o roast beef (com molho tártaro e salada de batata; R$ 36 a porção inteira e R$ 23 a meia porção), as várias opções de salsichas (acompanhadas de chucrute, salada de batata e/ou batata cozida; entre R$ 29 e R$ 48 a inteira), o “Chucrute Garnie – Schlachtplatte” (joelho de porco, costela, salsicha bock, viena, weibwurst e lingüiça branca com chucrute e batata cozida; R$ 91) que serve facilmente 3-4 pessoas, o bom “Beef Tar Tar” (carne crua moída, temperada com cebola, alcaparra, salsinha, pepino, azeite e mostarda, acompanha manteiga e pão preto; R$ 52 a inteira e R$ 34 a meia porção) e o “Páprika Schnitzel” (filé de lombo grelhado com molho páprika e knödel, um bolinho de batata; R$ 48 a inteira e R$ 31 a meia porção).

Todos os pratos da casa servem 2-3 pessoas, e alguns têm opções de “meia porção”, para uma pessoa – na verdade, duas pessoas comem tranquilamente, principalmente com o couvert de entrada.


Filé com Fritas (grelhado), meia porção

Os demais pratos não falam uma palavrinha de alemão, estão no cardápio como opções para quem não come carne de porco. São trocentas versões à base de filet mignon ou filet de frango (com fritas, à cubana, strogonoff, parmeggiana, Chateaubriand, mostarda, catupiry, etc.), com preços entre R$ 22 (filet mignon grelhado, meia porção) e R$ 61 (várias opções de filet mignon, porção inteira). Entre os pescados, pratos com pescada, truta, sardinha e salmão, com preços entre R$ 23 (pescada à milanesa com purê de batata) e R$ 54,20 (salmão com alcaparra e champignon, porção inteira).

Dizem que a feijoada do Jucalemão é muito boa. Sim, um restaurante alemão que vende feijoada 100% brasileira. Servida às quartas e sábados apenas na unidade Brooklin I (veja os endereços no final do post), chega à mesa na tradicional cumbuca, em sistema à la carte.


Prato com molho à base de páprica

As sobremesas não estão entre os pontos forte da casa. Única sobremesa típica da carta, o Apfelstrudel pode ser acompanhado com ou sem sorvete de creme, tem massa crocante e com passas na medida certa, mas que poderia vir com um pouco menos de açúcar, como manda a tradição germânica.

Brooklin I: Rua Álvaro Rodrigues, 304 - Vila Cordeiro
Telefone: +55 (11) 5041 5616
Horário de funcionamento: Segunda a sábado das 11hs à meia-noite, domingo das 11hs às 23hs

Brooklin II: Rua Ministro José Gallotti, 134 - Vila Cordeiro
Telefone: +55 (11) 5561 6520
Horário de funcionamento: Segunda à quinta: das 11hs à meia-noite, sexta e sábado das 11hs à 1 da manhã, domingo das 11hs às 23h30

Aeroporto: Rua Nhu-guaçu, 303 - Nova Piraju
Telefone: +55 (11) 5531 4747
Horário de funcionamento: Todos os dias das 11hs à meia-noite

Internet: http://www.jucalemao.com.br

Manchester – Punjab Tandoori @ Curry Mile

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Tandoori Lamb Chops

Para quem não sabe, o Reino Unido possui incríveis 8.500 restaurantes indianos, resultado da forte imigração no país, mas engana-se quem pensa que os melhores estão na capital Londres – a região norte do país concentra uma das maiores colônias indianas fora da India, e cidades como Leeds, Bradford e Manchester possuem casas no mesmo nível dos melhores restaurantes da India.

“Curry Mile” é o nome popular do trecho de pouco mais de 1km da Wilmslow Road (rua que atravessa o centro de Rusholme, no sul de Manchester) com cerca de 70 restaurantes, mercados, docerias e lojas especializados na culinária do sul da Ásia (Índia, Paquistão, Sri Lanka e Bangladesh) e Oriente Médio. Famosa mundialmente pelo ambiente pitoresco, pelas luzes de neon à noite e pela qualidade do curry, é a maior concentração de estabelecimentos do gênero na Europa.


Curry Mile

Além da grande presença de imigrantes, Rusholme é também uma área onde que vivem um número significativo de estudantes, devido a proximidade com os campus Fallowfield, o principal da Universidade de Manchester, e All Saints, da Universidade Metropolitana de Manchester, o que faz a turística Curry Mile muito popular também entre a população estudantil de Manchester.

Mesmo com tamanha variedade de opções, escolher um restaurante indiano em Manchester não foi uma tarefa fácil. Para muitos turistas, a Curry Mile é sinônimo de “pega-turista”, preços elevados, comida ruim, mau atendimento e banheiros imundos. Quando você anda pela avenida, de fato a primeira impressão é que a maioria dos estabelecimentos não são muito diferentes dos “kebab houses” que estamos acostumados a ver em Londres, conhecidos pela comida barata e qualidade duvidosa.


Fachada

Depois de muita pesquisa, decidi ignorar um pouco as opiniões dos turistas e buscar o que os manchesterianos comem. E descobri o Punjab. Considerado um dos melhores indianos de Manchester (fez parte da lista dos 10 finalistas do “English Curry Awards 2013”), o Punjab não passa de uma portinha pequena, sequer tem site, a pagina do Facebook, atualizada uma vez por mês, é o único meio (fora o telefone) de comunicar-se com o restaurante, já que eles provavelmente ainda não descobriram o e-mail.

Mas eu te garanto que estes detalhes tecnológicos não terão a menor importância depois de falarmos da comida. Para muitos o principal representante da culinária tradicional indiana na cidade, as porções são bem servidas e incrivelmente saborosas, o curry deles é espetacular, usado com perfeição para realçar os sabores e ajudar na digestão da comida, e não para tornar o prato apimentado. Por fim, o molho masala da casa, feito com especiarias e iogurte, é o melhor que já comi.


Chicken Tikka Masala

O pequeno salão com não mais do que 30 lugares vive lotado, a fama da comida do lugar é conhecida na cidade toda. O ambiente é confortável, as mesas são largas e as cadeiras acolchoadas, apenas o bar nos fundos e os poucos quadros nas paredes remetem à India. Recebe bem famílias, grupos de amigos e casais (embora não seja o melhor lugar para o primeiro encontro). Para nossa sorte, no dia da visita estávamos sozinhos no salão (resultado de chegarmos para almoçar às 14h30), e tivemos atenção total dos garçons e da cozinha. Apenas o ar condicionado estava forte demais, problema rapidamente resolvido mediante nosso pedido.


Salão

O atendimento destaca-se pela prestatividade, cordialidade e atenção com os clientes, como se o restaurante fosse a casa deles, e nós os convidados. Nos ajudaram na escolha dos pratos, explicaram os níveis de picância dos pratos, perguntaram o que gostamos de comer, e ainda saíram para comprar Sprite ao verificarem que a bebida tinha acabado, uma simples demonstração de hospitalidade – em 99% dos restaurantes que conheço, o garçom simplesmente retornaria à mesa e diria “não temos a bebida”.

No final, foi só falarmos que éramos estrangeiros para o garçom nos pedir uma foto, recordação que será publicada no mural deles no Facebook.


Chutneys

A especialidade da casa é a culinária Punjabi, originária de uma região chamada Punjab, localizada entre o nordeste da India (onde está Nova Delhi) e o leste do Paquistão (onde fica a capital Islamabad e a Kashmira, região mais populosa e desenvolvida do país). Na gastronomia, predomina uma grande variedade de pratos (frango, cordeiro, peixe e porções vegetarianas) com generoso uso de manteiga, masala, leite e iogurte, marinados na cebola, alho e gengibre e especiarias para acentuar os sabores. Como resultado, pratos com sabores ricos e complexos, coloridos, carnes tenras e suculentas, que podem ser servidos com pouca pimenta ou extremamente fortes, mas sempre com a preocupação de não modificar o sabor original dos alimentos.

O couvert que abriu a refeição tinha Poppadoms (tipo de pão indiano, fino e crocante, lembra pão sírio torrado) e uma seleção de chutneys – cebola roxa, manga, tamarindo e menta. O pãozinho é saboroso, e ajudou a enganar a fome enquanto os pratos eram preparados – como lá tudo é feito na hora, a comida pode levar entre 45 minutos e 1 hora para chegar à mesa.


Poppadoms

Importante dizer que a maioria dos estabelecimentos na Curry Mile não vende bebida alcoolica, algo comum em restaurantes indianos por questões religiosas. Felizmente o Punjab é exceção, embora o chopp Kingfisher não foi um substituto à altura da sempre-pedida cerveja Cobra, que estava em falta no dia. A carta de vinhos é bem limitada, com apenas 1 rótulo com rolha (os demais usam o “screwcap”) e preços não muito interessantes.

O cardápio é gigantesco, são quase de 50 opções só de entradas (preços entre £2,50 e £9,50), além de incríveis 170 pratos principais (preços entre £6 e £12,50), divididos por especialidade (Dosa, Masala, Biryani, etc.) com alguns pratos da cozinha indiana de rua (Bhel Puri, Papri Chaat, Uttamapam) e grande destaque para as porções vegetarianas – são mais de 70 opções no cardápio.


Tandoori King Prawn Masala

Sempre tive a impressão de que restaurantes com uma infinidade de itens no cardápio não funcionam bem, já que manter a padronização deve ser uma tarefa quase impossível. Não sei dizer se o Punjab queimou minha língua, mas só posso dizer que fomos recebidos com uma refeição de alta qualidade, algo que se confirma quando lemos as opiniões de quem frequenta o lugar.

Começamos a refeição com o “Tandoori Lamb Chops” (costeletas de cordeiro marinadas no iogurte e especiarias, grelhadas no tandoor com carvão; £6), um prato com 5 pedaços bem servidos de carne extremamente tenros e suculentos, levemente tostados nas extremidades. O marinado não interfere no sabor da carne, mas deixa um aroma irresistível. Nunca comi um cordeiro tão gostoso!


Naan e Garlic Naan

Entre os pratos principais, pedimos dois à base de molho masala: o “Chicken Tikka Masala” (pedaços de peito de frango sem osso marinados no iogurte e grelhados no forno tandoori, acompanhados pelo molho á base de especiarias e iogurte com um toque de coentro ; £7,50) e o “Tandoori King Prawn Masala” (versão com camarões grandes; £10,50).

Servidos com nível de picância “mild” (suave), você sente o chilli, mas o nível de ardor é quase insignificante. Frango e camarão cozidos à perfeição e extremamente macios, servidos num molho inesquecível – mesmo após terminarmos a carne, comemos todo o masala até não sobrar uma gota nas travessas. Para acompanhar os pratos, o ótimo Naan (£1,60 pelo tradicional e £2,50 pela versão com alho), fino, macio em cima e crocante em baixo para ajudar a pegar a comida – importante lembrar que os indianos do norte comem com as mãoe e usam o naan no lugar dos talheres.


Chopp Kingfisher

Para encerrarmos a ótima refeição, o melhor Gulab Jamun que já comi (£3,70). Servido quentinho como mandam os indianos, com casquinha fina, interior macio, molhadinho e com gostinho marcante de leite, acompanhado por uma calda de laranja bem suave.

Nossa conta ficou em £35,80, sem incluir o serviço, um excelente custo/benefício se considerarmos o tanto que comemos e o serviço absolutamente perfeito, sem nenhum falha de execução, com pratos espetaculares


Gulab Jamun

Se você estiver em Manchester, saiba que existem 3 alternativas para chegar na Curry Mile:

1) Uma agradável caminhada de 1 hora a partir do centro de Manchester, seguindo pela Oxford Road até a Rusholme Road (as duas ruas formam um corredor). O passeio é bonito, vale a pena pelas áreas verdes e pela arquitetura dos campus Fallowfield, o principal da Universidade de Manchester, e All Saints, da Universidade Metropolitana de Manchester;

2) Taxi. Cerca de 5-10 minutos da Manchester Piccadilly. A viagem deve custar £15;

3) Ônibus: Finglands (marrom , branco e laranja), com passagem a £1,20; Magic Bus (azul e amarelo), com passagem a £1,30; e os ônibus de linha 41, 42, 43, 142, 143e 147, que saem da Piccadilly Gardens e seguem pela Oxford Road até Rusholme, passando pelas universidades.

Endereço: 177 Wilmslow Road, Rusholme, Manchester
Telefone: +44 (0)161 225 2960
Horário de funcionamento: Segunda à quinta das 12hs à meia-noite, sexta e sábado das 12hs à 1 da manhã, domingo das 12hs à meia-noite.

São Paulo – 15 couverts imperdíveis para dizer “sim, por favor”

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Couvert dos Rufino's (Crédito: Divulgação)

O “couvert” (coberto, em francês) surgiu no século XV na Europa. Nada mais era do que uma toalha usada para proteger as refeições recém-preparadas. Com o tempo, tornou-se uma taxa cobrada nos restaurantes com o objetivo de subsidiar os gastos e as perdas com seus utensílios de sala — copos, toalhas, talheres e louças. No Brasil, muitos lugares começaram a incrementar a história, multiplicando os itens oferecidos. O ritual passou a ser uma ótima forma de os clientes aquecerem o paladar antes dos pratos principais.

Não existe fórmula para definir o que compõe um bom couvert. Fora o pão, a manteiga e/ou o azeite, que têm de ser de qualidade, cada um pode oferecer sua sugestão de sabores e texturas para abrir o apetite – patês, antepastos, embutidos, o céu é o limite da criatividade de cada estabelecimento.


Brasil a Gosto (Crédito: Gastronomium)

Tirando o ambiente, o couvert é a primeira impressão que temos do restaurante, e portanto precisa ser feito com atenção, não pode ser apenas um punhado de pão murcho com manteiga congelada. Couvert que se preza merece precisa ter preço honesto, melhor ainda se for de graça, mas eu prefiro pagar por algo muito bom do que ter uma porção ruim na faixa.

Acredito que todos conheçam a “lei do couvert”, válida em SP desde o final de 2011 e que obriga o garçom a oferecê-lo antes de colocá-lo na mesa, a não ser que seja gratuito.  Para o bem de todos, a lei pegou – os restaurantes passaram a perguntar se o cliente quer, os clientes passaram a perguntar se é pago, e quanto custa,  se o valor cobrado é individual. Isso é fundamental para tornar a relação entre fornecedor e cliente 110% transparente.


Dalva e Dito (Crédito: Dilucious)

É preciso pesar os prós e contras na hora de tomar a decisão – seja pelo apetite ou pela economia – , mas não há como negar que muitas vezes vale mais a pena pular a entrada e aceitar o couvert, tamanhos são fartura e capricho dessa etapa em alguns restaurantes. Não vamos esquecer que é a única parte da refeição que você pode repetir à vontade por um preço único (quando é cobrado).

Este post mostra couverts para os quais vale muito a pena dizer “sim, por favor”:

1) Attimo: Pães artesanais feitos na casa (seis tipos), manteiga de azeite, tomate moqueado (assado e defumado), barriga de porco curada (ou mortadela italiana), pururuca e canja de galinha caipira (caldo leva massinhas feitas com miniarroz do Vale do Paraíba, peito de galinha, cenoura, salsão, vagem e cebola). Custa R$ 16 por pessoa (incluído no menu executivo), e a reposição não é cobrada.

2) 348 Corrientes: Baguetes levemente tostadas na grelha com um leve toque de manteiga, chimichurri e finalizadas com ervas. Crocantes por fora, macias por dentro e quentinhas. A cobertura é ligeiramente úmida e o sabor muito fresco. 100% gratuito (yes!!!) e reposto quantas vezes você quiser.


348 Corrientes

3) Jucalemão: O viciante molho tártaro é acompanhado por uma porção de azeitonas temperadas, potinhos de manteiga e uma cestinha de pães. Custa R$ 5,80 por pessoa, e a reposição não é cobrada.

4) A Figueira Rubaiyat e Baby Beef Rubaiyat: O banquete tem chouriço espanhol, pão de queijo, pão de polvilho, azeitonas preta e verde com azeite de orégano fresco e limão-siciliano, mussarella de búfala com tomate-cereja e manjericão, haddock defumado com vinagrete, tomate seco, abobrinhas grelhadas e dez tipos de pães caseiros, como nozes, integral, focaccia de alecrim e brioche. Custa R$ 26 (Figueira) e R$ 23 (Baby Beef), por pessoa, e a reposição não é cobrada.


Jucalemão

5) La Pasta e Formaggio: Pão italiano quentinho, azeite temperado, tomate seco, queijo parmesão em pedaços, caponata de berinjela e mussarela de búfala. 100% gratuito, e reposto quantas vezes você quiser.

6) Dalva e Dito: Pães caseiros de queijo, milho e campanha; pasta de feijão com bacon e azeite; compota de berinjela com jiló, maçã e alho; uma pequena porção de manteiga Aviação (delicadamente disposta dentro de uma latinha da marca); pimenta cambuci sem casca recheada de pernil com vinagrete de cebola; biscoitos de polvilho compridos; alho assado e quatro molhos de pimenta. Custa R$ 17 no almoço e R$ 26 no jantar, por pessoa, e a reposição não é cobrada.


Rubaiyat (Crédito: Divulgação)

7) Rufino’s: Anéis de lulas à vinagrete, mariscos à provençal, salmão defumado no azeite com ovo e alcaparras, grão de bico com vinagrete de pimentão, legumes grelhados, azeitonas e sardinha escabeche, tudo isso acompanhado por uma cesta com torradas e mini-pães. Custa R$ 17,50 por pessoa, e a reposição não é cobrada.

8) A Bela Sintra: Pães, patê de fígado de galinha e mais duas opções (azeitona, salmão, figo, grão-de-bico, tomate seco ou passas), manteiga, queijo fresco, bolinho de bacalhau, croquete de carne e risole de camarão. Custa R$ 26 por pessoa (R$ 15 no almoço executivo), e a reposição não é cobrada (bolinho e croquete até duas vezes).


A Bela Sintra (Crédito: Divulgação)

9) La Penisola: Azeitona, sardela, berinjela, pepino e pimentão em conserva, pão italiano, torrada de alho, bolinho de mandioca recheado com quatro queijos, carpaccio e casquinha de siri. Custa R$ 15 por pessoa, e a reposição não é cobrada. O couvert também pode ser servido como prato principal (R$ 40).

10) Vicolo Nostro: Cesta de pães quentinhos e pão de queijo acompanhados de azeite de oliva com aceto balsâmico, manteiga, sardela, patê de ricota e azeitonas pretas. Custa R$ 16 por pessoa (incluído no menu executivo), e a reposição não é cobrada.

11) Le Manjue Bistrô: Sopinha do dia (pode ser de cenoura con anis estrelado, batata doce com pera, mandioquinha com leite de coco, abóbora com tangerina, manjericão, gengibre e camarão, etc.), água na jarra, pães naan (típico da India) e matzá (pão sem fermento) caseiros, crudités, três antepastos da casa e manteiga de limão siciliano com sementes de mostarda Dijón. Custa R$ 14,30 por pessoa, e a reposição não é cobrada.


Le Manjue (Crédito: Divulgação)

12) Galeto’s: Seleção de pães (italiano bolinha, minis pães de queijo e crissinis), patê de frango, manteiga e vinagrete. Custa R$ 5,90 por pessoa, e a reposição não é cobrada.

13) Clos de Tapas: Dividida em duas partes, tem pães artesanais (leite, azeitona, betteraba), manteiga de castanha do pará e sementes de amburana e conserva de legumes caseira. O segundo round muda dependendo do dia, pode ser croqueta de jamón e gazpacho (sopa fria de tomate e especiarias), massas de pastel com queijo cremoso e pedacinhos de calabresa, ou biscoito de arroz acompanhado de duas cumbucas de feijão e farofa, chamado “PF”. Custa R$ 13,50 por pessoa, e a reposição não é cobrada.


Clos de Tapas (Créditos: Do Pão ao Caviar, Cuecas na Cozinha, Gastronomium e Gastrolândia)

14) Brasil a Gosto: Pães, chips de raízes (mandioca, mandioquinha e batata-doce), biscoito de polvilho, manteiga normal, manteiga artesanal com alho e castanha-do-pará e queijo cremoso com pesto de cheiro-verde. Custa R$ 16 (R$ 14 no almoço executivo), e a reposição não é cobrada.

15) MezzoGiorno: Saladinha (alface, cenoura e minimilho em conserva) e uma cesta de pães italianos feitos no forno com azeite, orégano e queijo parmesão derretido. 100% gratuito e reposto quantas vezes você quiser.


MezzoGiorno

Para saber mais – cardápios, endereços e horários de funcionamento:

Attimo: http://www.attimorestaurante.com.br/
348 Corrientes: http://www.restaurante348.com.br/
Jucalemão: http://www.jucalemao.com.br/
Rubaiyat: http://www.rubaiyat.com.br/
La Pasta e Formaggio: http://lapastaeformaggio.com.br/
Dalva e Dito: http://www.dalvaedito.com.br/
Rufino’s: http://www.rufinositaim.com.br/ e http://www.rufinosmorumbi.com.br/
A Bela Sintra: http://www.abelasintra.com.br/
Vicolo Nostro: http://vicolonostro.com.br/
Le Manjue Bistrô: http://www.lemanjuebistro.com.br/
Galeto’s: http://www.galetos.com.br/
Clos de Tapas: http://www.closdetapas.com.br/
Brasil a Gosto: http://www.brasilagosto.com.br/
MezzoGiorno:  http://www.mezzogiorno.com.br/

La Penisola (o único que não possui site):
Endereço: Rua Santo Antônio, 870 - Bela Vista
Telefone: +55 (11) 3256 2866
Horário de funcionamento: Segunda à quinta das 12hs às 15hs e 18hs à meia-noite (sexta até à 1 da manhã), sábado das 12hs às 16hs e 18hs à 1 da manhã, domingo das 12hs à meia-noite.

Turismo em Londres: Covent Garden Market

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O Covent Garden é um dos mercados mais atraentes da Europa. A imponente construção do século 19 em estilo neo-clássico com teto de vidro, localizada na famosa "piazza" de estilo italiano a poucos metros da Leicester Square e da Trafalgar Square, abrigou um célebre mercado de frutas e vegetais até 1974, quando as vendas passaram a ser realizadas no New Covent Garden Market, em Nine Elms. A partir de 1980 a área foi reaberta como um importante centro de lazer e convivência, com suas lojas coloridas, quiosques, cafés, restaurantes, bares, barracas de artesanato e os tradicionais artistas de rua – acrobatas, mágicos, músicos, atores de teatro e até cantores de ópera. São quase 30 milhões de visitantes por ano, entre turistas e londrinos, o que transforma o Covent Garden em uma das atrações mais visitadas da cidade.

O nome “Covent Garden” tem origem no século 13 durante o reinado de John I (1199-1216), quando a Convento de Saint Peter, pertencente a Abadia de Westminster, decidiu transformar os jardins do convento, uma área de 40 hectares até então usada como horta apenas para alimentar os monges, em um mercado para toda a comunidade, convertendo-se três séculos depois na principal fonte de frutas e vegetais frescos em Londres, título que permaneceu por quase 700 anos.


Covent Garden visto da Royal Opera House

Em 1540, após diversas disputas com a Igreja Católica Romana, o rei Henry VIII (1509-1547) dissolveu todas as propriedades monásticas do país. As terras de “Convent Garden” foram confiscadas e grande parte foi concedida a John Baron Russell, primeiro Conde de Bedford. Em 1914 as famílias Bedford e Beecham fecharam um acordo para a venda da propriedade, que só foi concretizado em 1918 por causa da Primeira Guerra Mundial.

Em 1632, Francis Russell, o quarto Conde de Bedford, decidiu construir naquela área um bairro residencial de luxo. O projeto coube a Iñigo Jones (1573-1652), o primeiro e mais importante arquiteto do renascimento inglês, que buscou inspiração em outras praças públicas, como a italiana Piazza Grande, em Livorno, e a francesa Place Royale (hoje Place des Voges), em Paris, assim como cidades romanas e fortalezas coloniais francesas, conhecidas como “bastides”.


St. Paul's Church

Assim nasceu a Covent Garden Piazza, a primeira praça pública aberta da Inglaterra. Nos lados norte (Great Piazza) e leste (Little Piazza), Jones projetou construções conhecidas como “portico houses”, com arcadas contínuas e passagens de nível para a circulação de pessoas. O arquiteto também projetou a St. Paul's Church (conhecida como a “Igreja dos Atores”) e a a rede de ruas perfeitamente retas que cercam, chegam e saem da praça até hoje.

O mercado, que foi originalmente ao ar livre, ocupava o centro da praça. O primeiro registro de um "novo mercado de Covent Garden"é de 1654, quando o Duque de Bedford permitiu a instalação de várias barracas temporárias contra o muro dos jardins de Bedford House, a principal e maior construção da praça e sua casa em Londres.


Covent Garden, 1720

O Grande Incêndio de Londres em 1666 destruiu muitos dos mercados menores e rivais do leste da cidade e, da noite para o dia, Covent Garden tornou-se o mercado de frutas, vegetais e flores mais importante do país, com itens provenientes de todo o mundo, chegando de barco pelo Rio Tamisa. Muitos comerciantes que viram seus negócios arruinados mudaram-se para os arredores do mercado, ocupando praticamente toda a praça.

Em 1670 o Rei Charles II autorizou o quinto Conde de Bedford a manter um mercado na Covent Garden Piazza todos os dias do ano, exceto domingos e dia de Natal, para a compra e venda de todos os tipos de frutas, vegetais, flores, raízes e ervas. Durante os três séculos seguintes, este foi o maior mercado do gênero em Londres.



Com o passar dos anos, o mercado original, formado por barracas de madeira e galpões, tornou-se desorganizado e desordenado. Em 1813, o sexto Conde de Bedford solicitou uma lei ao Parlamento para regulá-lo, e em 1826, foi concedida a autorização para a construção do edifício que abriga o mercado até hoje, em estilo neo-clássico, colorido, alegre, cheio de luz e espaço, finalizado em 1830 pelo arquiteto Charles Fowler. Os telhados de vidro sobre os corredores foram instalados mais tarde, o primeiro em 1875 e o último em 1889. O “Flower Market” (Mercado das Flores) foi inaugurado em 1870, e o “Jubilee Market” foi finalizado em 1904.

No final dos anos 1960, o tráfego na região chegou a tal nível tal que o uso da praça como um mercado, o que exigia a alocação e distribuição de mercadorias por caminhões de grande porte, tornou-se insustentável. Em 1974, o tradicional mercado de frutas e vegetais mudou-se para um novo (e maior) edifício chamado “New Covent Garden Market”, localizado em Nine Elms (Battersea), cerca de 5km da antiga casa, pronta para receber cerca de 250 comerciantes de frutas, vegetais e flores.



Após um longo processo de revitalização, o edifício centenário foi reaberto em 1980 como um centro comercial, de lazer e convivência, tornando-se um local agradável para passear durante todo o ano. Entre as mais de 80 lojas dispostas em 3 pisos, é possível encontrar marcas de luxo, renomadas e alternativas de roupas, cosméticos, calçados, livros, perfumes, maquiagem, relojoarias e galerias de arte, entre muitas outras. É um local animado com muita juventude, turistas, barracas de comida e muitas coisas para chamar sua atenção.


Performance Pitch visto do térreo


North Hall

A oferta de restaurantes, bares, patisseries, chocolaterias, sorveterias, cafeterias e casas de chá está distribuída nos 3 pisos. Entre os destaques, Le Pain Quotidien (patisserie brancesa), Punch and Judy Tavern (pub de 1787 com varanda para a West Piazza, onde os artistas de apresentam), Brasserie Blanc (restaurante requintado especializado na cozinha francesa, com uma vista espetacular da praça), Piazza Café, Twinings (mais famosa marca de chá inglês), Godiva (chocolates belgas), The Icecreamists (sorveteria polêmica por sabores como leite materno, Viagra e absinto), Crusting Pipe (wine bar) entre outros.








Covent Garden e sua tradicional decoração de Natal

Além das lojas, três mercados integram a atmosfera de Covent Garden, formados pelas tradicionais barracas de artesanato que vendem tudo o que você pode imaginar. A mais famosa é a “Apple Market” (West Piazza, localizado no lado direito para quem vem do metrô), com cerca de 40 barracas que vendem antiguidades (segundas) e peças de artesanato, jóias, roupas feitas à mão, quadros, artigos para casa (terça a domingo), sendo o lugar ideal para quem busca presentes ou as tradicionais “lembrancinhas”.

O “East Colonnade Market” (East Piazza, localizado do lado esquerdo) oferece pedras preciosas, jóias, sabonetes, bolsas, doces, roupas infantis e obras de arte, entre outros itens. Já o pequeno “Jubille Market” (South Piazza, atrás do Covent Garden), tem uma gama eclética de barracas que mudam suas mercadorias todos os dias, de ferro forjado a cestos cheios de flores, roupas a utensílios domésticos, além de artes e ofícios.


Apresentação de rua

Hoje, Covent Garden é o único lugar em Londres com permissão para realizar espetáculos de rua, onde os atores e artistas precisam fazer um teste com a direção do mercado e representantes do sindicato dos atores para poderem atuar. As performances acontecem em vários lugares ao redor do mercado, como North Hall, West Piazza (o mais famoso, em frente à St. Paul's Church) ou South Hall. Há apresentações no Covent Garden todos os dias do ano, exceto no dia de Natal, realizados a cada hora e que duram geralmente entre 30 e 40 minutos.

No piso inferior (Lower Level) existe um espaço chamado “Performance Pitch”, cercado de lojas e restaurantes e com mesinhas na área central, unicamente dedicado a apresentações de música clássica. O público costuma tomar a grade no piso térreo e assistir os espetáculos de camarote.


Performance Pitch

Dica do Viajante (1): Quando você estiver dentro do mercado, observe o desenho de um abacaxi na parte superior das luminárias. Por volta de 1650 os primeiros abacaxis começaram a ser cultivados em Inglaterra. Sinônimo de riqueza e generosa hospitalidade, passou a ser usado por arquitetos, artistas e artesãos para adornar telhados, portas e janelas de grandes casas e edifícios públicos. O desenho também foi representado em paredes, toalhas de mesa, tapetes, carpetes e placas, gravado em vidro, metal e madeira entalhada. Graças a sua imensa popularidade, tornou-se o símbolo do mercado.



Dica do Viajante (2): Visitar os arredores do Covent Garden Market, que são tão interessantes quanto o mercado. O antigo “Flower Market” abriga o imperdível “London Transportation Museu” (Museu dos Transportes de Londres), com entrada na East Piazza. O distrito de Covent Garden possui 13 teatros, como o Royal Opera House, construída em 1732, uma das mais importantes casas de ópera da cidade. Finalize o passeio com uma refeição no Rules Restaurant, localizado em Maiden Lane, conhecido como o mais antigo restaurante em Londres.

Dica do Viajante (3): Toda quinta-feira a East Piazza recebe a "Real Food Market" um mercado itinerante para os amantes da gastronomia, onde os comerciantes de queijos, pães, embutidos, frutas, vegetais, peixes e frutos do mar, azeitonas, azeites e chocolates se reúnem para vender produtos fresquíssimos, geralmente acompanhados com alguma apresentação de música.



1. London Transportation Museum
2. Royal Opera House
3. Rules Restaurant
4. St. Paul's Church
5. Jubilee Market

Para mais informações sobre Covent Garden, visite:

Mapa dos Arredores: http://www.coventgardenlondonuk.com/assets/covent-garden-map.pdf
Lojas no Covent Garden Market: http://www.coventgardenlondonuk.com/assets/walking-guide.pdf

Apple Market: http://www.coventgardenlondonuk.com/markets/apple-market/page/1
East Colonnade Market: http://www.coventgardenlondonuk.com/markets/east-colonnade-market/-/east-colonnade-market
Jubilee Market: http://www.coventgardenlondonuk.com/markets/jubilee-market/-/jubilee-hall
Real Food Market: http://www.coventgardenlondonuk.com/events-entertainment-culture/articles/the-return-of-the-real-food-market

Endereço: The Piazza, Covent Garden, London, Greater London, England, WC2E 8AA

Horários de funcionamento:

Covent Garden: Segunda a sábado de 10hs às 19h30, domingo das 11hs às 18hs. Os bares, cafés e restaurantes estão abertos de 9h30 às 23hs.
Apple Market: Segunda das 9hs às 19hs, terça a domingo das 10h30 às 19hs
East Colonnade Market: Todos os dias das 10hs às 19hs
Jubilee Market: Segunda das 9h30 às 18hs, sábado e domingo das 9hs às 18hs

Internet: http://www.coventgardenlondonuk.com

Manchester – The Grill on New York Street

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Lagosta grelhada na manteiga de ervas, servida com fritas e maionese temperada

Steakhouse localizada no coração do centro empresarial de Manchester, escondida atrás da Piccadilly Gardens e a poucos passos da Portland Street, Northern Quarter e Chinatown, famosa pela qualidade das carnes, ótima lagosta e carta de vinhos. Pertence ao grupo Living Ventures, que administra sete restaurantes no Reino Unido (Manchester, Londres, Leeds, Glasgow e Cheshire), instalados em regiões valorizadas, com bom fluxo de executivos e turistas, além de intensa vida noturna.

Inaugurado em 2011, o The Grill on New York Street (TGONYS) é a segunda casa do grupo na cidade (a outra é o “The Grill on the Alley”), e rapidamente tornou-se um dos melhores e mais procurados restaurantes da cidade. Na entrada você é recebido com um armário do vinho impressionante, que faz alusão à grande variedade de vinhos da casa. O salão é espaçoso, elegante e moderno, no centro fica a área principal com suas mesinhas redondas, à esquerda existe um mezanino com cabines e móveis estofados para quem busca privacidade. Do lado de fora, mesinhas garantem um ambiente mais informal para os dias mais quentes.


Fachada (Crédito: Divulgação)

Completam a atmosfera o amplo e iluminado bar à direita, ideal para tomar um vinho, cerveja ou cocktail depois do trabalho ou enquanto aguarda sua mesa ficar pronta. Nos fundos, uma parede envidraçada permite uma visão parcial da adega e suas lindas garrafas de vinho, esperando para serem apreciadas. O ambiente intimista usa bastante madeira escura e vidro, tem luminárias baixas nas mesas do mezanino e um enorme mural com uma imagem de Manhattan.


Entrada (Crédito: Divulgação)

O atendimento é eficiente e cordial, rapidamente recebemos o menu e fomos atendidos, nunca sentimos que havíamos sido esquecidos ou que a comida estava saindo lentamente. O salão tem um alto giro de pessoas, principalmente na hora do almoço, mas em nenhum momento nos sentimos pressionados a comer rapidamente e irmos embora para liberarmos a mesa. Sem dúvidas o cliente é bem tratado aqui.


Mezanino, com o painel de Manhattan à esquerda e adega ao fundo (Crédito: Divulgação)

O carro-chefe da casa são as carnes, cortes altos e suculentos, envelhecidos por 28 dias para garantir o sabor e maciez, preparados apenas com sal e pimenta no chair-broiler, levemente tostados por fora e com um perfeito tom de rosa (dependendo da altura do corte, pode vir com um pouco de sangue) por dentro.

Dividida em duas partes, o menu chamado "Cuts" reúne cortes como o Ribeye (filé de costela, 225 e 310 gramas), Rump (alcatra, 310 gramas), Sirloin (contra-filé, 280 gramas), Fillet (bombom de alcatra, 200 gramas) e T-Bone (tibone, 450 gramas), com preços entre £14,75 e £29.


Salão principal (Crédito: Divulgação)

As carnes são servidas com um acompanhamento, escolha entre batata frita, baket potato, purê de batata ou salada de folhas da casa. Como extras, é possível pedir camarão (£5) ou vieiras (£5,50) de topping, ou ainda acompanhar a carne com um molho, como o ótimo blue cheese (£2,25).

Já o menu "Steaks" tem versões mais simples, como o contra-filé com fritas (£14,50) e filé de costela com chimichurri (£13,50).

Entre os cortes premium, “Wagyu Fillet” (dispensa apresentações, £55), Chateaubriand (filet mignon para 2 pessoas, £52,50) e as opções do menu “Best of British”, que reúne cortes Aberdeen Angus de Ribeye (283 gramas), Sirloin (283 gramas) e Fillet (227 gramas), com preços um pouco mais salgados, entre £30 e £35, com acompanhamento.


Fillet

A oferta de peixes e frutos do mar tem pratos tradicionais como mexilhões com fritas (£10,50), “Fish and Chips” (£13,50) e algumas opções de pescados, mas o destaque fica para a lagosta grelhada na manteiga de ervas ou com molho thermidor (à base de manteiga, farinha, leite, ovos e queijo gruyère), servida com fritas e maionese temperada (£45, ou £25 pela meia-porção). Carne tenra, que solta da casca com facilidade e derrete na boca. O negócio é espetacular, seria perfeito se tivesse uma porção de manteiga à parte.

Para quem faz questão de começar a refeição com uma entradinha, o cardápio oferece opções interessantes, como o “Crispy Calamari” (anéis de lula á dorê, £6), “Scottish Mussels in cider and chorizo” (cogumelos com chorizo e molho à base de sidra, £7) e o “Duck Spring Rolls” (wrap de pato com  molho oriental, £7).


Wagyu burger com bacon, cheddar, cogumelos e cebolas

Completam o cardápio saladas, pratos com frango e porco, fajitas (carne, frango, vegetais grelhados) e hambúrgueres, onde o cliente escolhe a carne – bovina (£11), frango (£11) e 100% wagyu (£19,50), e adiciona os toppings, pagos à parte: bacon e cheddar, cogumelos e cebolas, queijo Stilton (£1,50 cada). O preço do lanche inclui uma porção de fritas e um relish de tomate, levemente picante e mega saboroso.

Provamos a versão de wagyu, e sem polemizarmos sobre o sacrilégio de moer um autêntico bife de wagyu para fazer um hambúrguer, o resultado é um disco alto, levemente tostado por fora e rosado por dentro, extretamente úmido e suculento, fica sensacional com bacon e cheddar.


Salada da casa

Aos domingos é a vez do “Sunday Roast”, o autêntico rosbife cortado em fatias, acompanhado de batatas assadas, porção generosa de molho, purê de cenoura e nabo, repolho picado com manteiga e um pudim de Yorkshire. A quantidade de carne é generosa, cortada bem fininho, com o meio rosado como manda o manual do bom rosbife. Custa £12,95 por pessoa, mas com uma entrada um prato de rosbife pode ser facilmente dividido por duas pessoas.

A carta de bebidas tem quase 50 opções de cocktails e 70 rótulos de vinhos, servidos em garrafas de 750ml (preços entre £15 e £73), 12 opções em taças de 175ml (entre £4 e £7) e 250ml (entre £5,25 e £9,25), além dos bons champagnes franceses, com preços nas alturas. Para os amantes de vinhos com rolha, a casa dispõe de menos de 5 opções, com preços altos. Uma pena.


Briska Pear

A oferta de cervejas e sidras é pequena, mas tem opções bem interessantes, como a Briska Pear (£4), uma sidra à base de pêra, simplesmente deliciosa! O cardápio “Best of British” (o mesmo das carnes) também oferece uma lista de opções alcoolicas, que mudam todo mês, com destaque para a ótima seleção de Ale’s.

Entre as sobremesas, provamos o “Sticky Toffee Pudding” (£6), um bolo de caramelo aerado e ultra fofinho, servido quente com uma bola de sorvete de creme; e o “3 scoop ice cream coupe” (£3,75), uma taça com 3 bolas de sorvete (creme, chocolate e pistache) finalizado com lascas de amêndoas. O sorvete de pistache é tão bom, mas tão bom, que na segunda visita pedimos a mesma sobremesa, só com pistache.


Sticky Toffee Pudding


Sorvete de pistache

Nas duas visitas que fizemos, o único porém foi a temperatura pré-glacial do ar-condicionado.

Dica do Viajante: Cadastre-se no mailing list do restaurante (disponível no fim da página) para ter um desconto de 25% na sua conta.

Endereço: New York Street, Manchester
Telefone: +44 161 228 1444
Horário de funcionamento: Segunda à sábado das 11hs à meia-noite (a cozinha fecha às 23hs), domingo das 11hs às 23hs.
Internet: http://blackhouse.uk.com/grill-on-new-york-street


Manchester – Old Trafford Museum & Stadium Tour

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Old Trafford é um lugar cheio de história. Inaugurado em 1910 e atualmente com capacidade para 75.811 espectadores, todos confortavelmente sentados, a Casa do Manchester United integra o grupo de estádios “cinco estrelas” no padrão FIFA (classificação necessária para receber finais da Champions League e UEFA Europa League). É o segundo maior estádio da Inglaterra (atrás de Wembley), sediou jogos da Copa de 1966, Euro de 1996, Olimípiada de 2012 e a final da Champions League de 2002-2003 (Juventus 0(2)-0(3) Milan).

Na temporada 2012-13 o time teve a segunda maior média de público dos clubes europeus (75.529) atrás apenas de Borussia Dortmund (80.520) e à frente do Barcelona (73.660), Real Madrid (71,368) e Bayern Munique (71.000). Curiosamente o recorde de público do Old Trafford não foi registrado em uma partida do United: em 25/03/1939 o estádio recebeu 76.962 espectadores em uma das semifinais da FA Cup, entre Wolverhampton Wanderers e Grimsby Town.


Entrada principal em East Stand, com a estátua "The United Trinity" (Charlton, Best e Law) em destaque

Clube mais vitorioso do futebol inglês com 20 Premier League, 11 FA Cup (Copa da Inglaterra) e 3 UEFA Champions League (2007/08, 1998/99, 1967/68), a história dos “The Red Devills” começa em 1878, quando os funcionários da “Lancashire and Yorkshire Railway Company's Carriage and Wagon Works”, localizada em Newton Heath, nos arredores de Manchester, solicitaram permissão e patrocínio de seus empregadores para criar um time de futebol. Assim nasceu o Newton Heath L&YR (de "Lancashire e Yorkshire Railway"). A primeira partida oficial foi em Novembro de 1880, e o primeiro uniforme era verde e dourado, as cores da empresa.

No começo, eles jogaram contra outras equipes de trabalhadores ferroviários, dentro da própria empresa e de outras empresas, na temporada 1884-85 eles participaram pela primeira vez da “Manchester and District Challenge Cup”, competição que reúne times da cidade, e chegaram à final. No ano seguinte, veio o primeiro dos quatro títulos – os demais foram nas temporadas 1887-88, 1888-89 e 1889-90.


Estádio, em sentido horário: Sir Alex Ferguson  Stand, East Stand, Stretford End (West) e South Stand

Em 1888 o time ingressou na “Football Alliance”, liga de futebol alternativa à “The Football League”, a principal do país. Em 1892, a Football Alliance foi incorporada pela Football League, e seus dois campeões daquele ano – Nottingham Forest e Newton Heath – foram automaticamente inscritos na primeira divisão. No mesmo ano, o time deixou de ser patrocinado pela LY&R, o que resultou na retirada da sigla do nome, embora a maioria dos jogadores ainda eram funcionários da empresa.

Em sua temporada de estréia na First Division (“Premier League” a partir de 1993) o time foi o último colocado, mas o rebaixamento dependia de um jogo playoff contra o campeão da Segunda Divisão. Em 1892-93 o Newton venceu o Small Heath e safou-se da degola, mas em 1893-94 foi derrotado pelo Liverpool e tornou-se o primeiro time da história a ser rebaixado.


Relógio em East Stand que marca a hora exata do acidente em Munique

Entre 1878-93 o time mandou seus jogos em North Road, um campo de cascalho e lama pertinho da fábrica. Em 1893 o time queria começar a cobrar ingressos, os donos to terreno não concordaram, e tiveram que mudar-se. O novo destino foi em Bank Street (Clayton), ao lado de uma fábrica de produtos químicos, todavia, as densas nuvens de fumaça que saíam da fabrica tornavam o ato de jogar futebol algo bem difícil. Em 1902, nova mudança para outro terreno em Bank Street, que inicialmente tinha capacidade para apenas 1000 pessoas, mas que em quatro anos de muito investimento podia receber incríveis 50 mil pessoas. Em 24/04 do mesmo ano, o time passou a chamar-se Manchester United.

Em 1906-07 retornou à First Division, conquistando seu primeiro título na temporada 1907-08, e a primeira FA Cup, a segunda competição mais importante do país, na temporada 1908-09. No mesmo ano, o clube decidiu que Bank Street não era grande suficiente para um time que tinha acabado de vencer títulos tão importantes.


A tradicional parede de tijolos em Old Trafford

O projeto original do arquiteto escocês Archibald Leitch, que desenhou os estádios de Goodison Park (casa do Everton), Ibrox Stadium (Rangers), White Hart Lane (Tottenham) e Hampden Park (principal estádio de futebol da Escócia), previa um estádio para 100 mil pessoas, grandioso para os padrões da época. O lugar escolhido foi Trafford Park, reduto industrial no bairro de Old Trafford, na Grande Manchester. Entretanto, os custos subiram muito e o projeto foi revisado para 73 mil pessoas, com um setor de 13 mil assentos cobertos. A construção foi finalizada no final de 1909, e a partida inaugural foi disputada em 19/02/1910, derrota de 4-3 para o Liverpool.

Quando a Segunda Guerra Mundial estourou, Old Trafford foi usado pelo exército como depósito, mas o futebol continuou a ser jogado lá. O estádio sofreu dois sérios bombardeios, em 22/12/1940 e 11/03/1941, que destruíram a grande parte das instalações. As competições retornaram na temporada 1946-47, mas a reconstrução do estádio levou oito anos para ser realizada – entre 1946-49 o United mandou seus jogos em Maine Road, casa do rival Manchester City. Com pouco dinheiro, o clube passava por dificuldades, oscilando entre a primeira e segunda divisões. Fora de campo, coube a Sir Matt Busby, que assumiu o time em 1945 e o comandou por 24 anos, colocar o United entre os maiores clubes da Europa.


Salas de troféus

A temporada de 1957-58 tinha tudo para ser mágica para o United. Classificado pela segunda vez seguida para a European Cup (que em 1992 passou a ser chamada “UEFA Champions League”), com duas conquistas seguidas da First Division (1955-56 e 1956-57) e após chegar às semifinais da competição continental em 1956-57, os “Busby Babes”, time comandado por um jovem Bobby Charlton (que anos mais tarde seria fundamental na conquista da Copa do Mundo de 1966) acreditavam que o primeiro “Treble” (expressão em inglês para tríplice coroa, composta pelo Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra e European Cup) era não apenas um sonho possível, mas uma questão de tempo.

O confronto das quartas-de-final foi contra Estrela Vermelha (Iugoslávia). Após uma vitória de 2-1 em Old Trafford, o time viajou à Belgrado e arrancou um empate em 3-3, placar suficiente para colocar os ingleses novamente nas semifinais.

06/02/1958, a viagem de retorno à Manchester seria num voo fretado da British European Airways (BEA) classe “Elizabethan” (nome em homenagem à rainha da Inglaterra), um avião Airspeed AS.57 Ambassador 2 com 38 passageiros à bordo, entre jogadores, torcedores e jornalistas, além de 5 tripulantes. Como o avião não tinha automonia para um voo sem escalas, estava prevista uma parada em Munique para reabastecer.


Em sentido horário: réplica da tocha da Olimpíada de 2012, painel em comemoração pelos 100 anos de Old Trafford, títulos do clube e vestiário do time, um dos mais modernos da Europa

A decolagem foi abortada duas vezes por causa de um súbito aumento de pressão nos motores (“boost surging”), problema causado pela mistura de combustível. Os pilotos resolveram o problema, mas na terceira tentativa o acúmulo de neve no fim da pista desacelerou o avião (que já estava em V1, velocidade que impede que a decolagem seja abortada com segurança), que primeiro colidiu contra a cerca que delimitava o aeroporto, depois chocou-se contra uma casa e uma árvore, o que arrancou a asa esquerda e parte da cauda. A casa explodiu. Por fim, derrapou cerca de 100 metros e atingiu uma garagem de madeira onde um caminhão carregado com combustível e pneus estava estacionado. A garagem pegou fogo.

Os jogadores Mark Jones, David Pegg, Roger Byrne, Geoff Bent, Eddie Colman, Liam Whelan e Tommy Taylor morreram na hora, Duncan Edwards faleceu 3 semanas depois. O secretário do clube Walter Crickmar, os treinadores Tom Curry e Bert Whalley, outros quatro passageiros, dois tripulantes e oito oito jornalistas esportivos que viajavam com a equipe também morreram. Foi o dia mais trágico que o futebol Inglês já tinha visto, só comparável ao desastre aéreo de Superga, que em 1949 matou toda a equipe do Torino.


Painel na área externa de East Stand que homenageia os funcionários do United mortos no acidente

O túnel de acesso ao gramado em South Stand, única parte original da construção de 1910 que não foi atingida pelas bombas na década de 1940, recebeu em 2008 uma placa em memória pelos 50 anos do acidente aéreo em Munique, e foi rebatizado como “Munich Tunnel”. Na área externa em East Stand existe um painel dedicado aos 11 funcionários do United que morreram no acidente, e um grande relógio instalado entre East e South Stand marca o momento exato da colisão.

Coube a Busby e Charlton a difícil tarefa de reerguer o time após a tragédia. Com a chegada de George Best e Dennis Law, nascia a “The United Trinity”, o trio de ataque responsável pela chamada “década dourada” nos anos 1960, com a conquista de duas First Division, duas FA Cup e a primeira European Cup da história do futebol inglês, em 1967-68. Os três jogadores também receberam o prêmio de “European Footballer of the Year”, que na época era equivalente ao prêmio da Bola de Ouro da FIFA.


The United Trinity

Foi nesta mesma época que time passou a ser chamado de “The Red Devils”, uma referência ao “Salford Red Devils”, time de rugby da Universidade de Salford (Grande Manchester). O objetivo era encontrar um apelido para “amedrontar” os adversários, já que nome “Busby Babes” não impunha muito respeito. Na década de 1970, um diabo vermelho foi incluído no escudo do clube, criando um dos símbolos mais famosos do mundo do futebol.

Matt Busby faleceu em 1994, mas sua marca no comando do time foi eternizada em Old Trafford: a rua principal que dá acesso ao estádio tem seu nome (“Sir Matt Busby Way”), além de ter uma estátua na entrada principal em East Stand. No museu do United existe um setor em sua homenagem, com todas as bandeiras e flâmulas colocadas por fâs no dia da sua morte. Também em East Stand foi erguida em 2008 uma estátua com Charlton, Best e Law, a chamada “santíssima trindade” do United, que presta homenagem ao 40º aniversário do primeiro título europeu.


Museu

Em 1957 foram instalados os primeiros holofotes para realizar jogos noturnos, em 1965 a North Stand recebeu os primeiros camarotes construídos num estádio inglês, em 1973 foi instalada a cobertura definitiva, substituindo a que foi colocada em 1959. Com a ascensão do hooliganismo no início de 1970, o United foi o primeiro clube a erguer um muro perimetral para impedir a entrada das pessoas no campo.

O Relatório Taylor, criado após a desastre de Hillsborough, exigiu a instalação de assentos em todo o estádio, o que reduziu a capacidade para 44 mil em 1993. Novas expansões em 1996, 2000 e 2006 elevaram a capacidade para os atuais 75.811 espectadores. Existe um plano de erguer um terceiro anel em South Stand, o que elevaria a capacidade para 95 mil pessoas, porém a linha férrea que passa atrás do estádio pode inviabilizar o projeto.



Se Matt Busby colocou o time entre os maiores do mundo, Alex Ferguson foi o técnico mais vitorioso da história do clube. Foram 38 títulos em 26 anos como comandante, dos quais destacam-se 13 Premier League, 5 FA Cup, 2 UEFA Champions League, 1 Intercontinental Cup e 1 FIFA World Cup, além do primeiro “Treble” (Premier League, FA Cup e Champions League) da história do futebol inglês, na temporada 1998-99. Em 2011, como homenagem por 25 anos de serviços prestados, o setor North Stand passou a chamar-se “Sir Alex Ferguson”, e do lado de fora foi erguida uma bela estátua.

O tour guiado pelo estádio começa pela Sir Alex Ferguson Stand, passa por East Stand (onde concentram-se as torcidas organizadas) e termina em South Stand. Você terá a chance de sentar-se nas arquibancadas e conhecer algumas histórias do estádio, passar pelas tribunas, chegar pertinho do gramado e dos bancos de reservas, tirar fotos na famosa parede de tijolos com o escudo do clube, descer o túnel usado pelos jogadores para entrar no gramado, conhecer o vestiário principal e visitar a sala de imprensa (onde um boneco de cera em tamanho real de Alex Ferguson convida os visitantes para uma foto), passar pelo “Munich Tunnel” e visitar o memorial da tragédia de 1958 em East Stand.


Objetos de Bobby Charlton (acima) e tragédia de Munique (abaixo)

O Manchester United foi o primeiro time no mundo a ter um museu dedicado ao futebol, inaugurado em 1986. Ampliado e transferido para o North Stand em 1998, recebe cerca de 300 mil visitantes por ano. Além de ser um dos museus mais espetaculares que conheço, repleto de troféus, vasto conteúdo histórico e material interativo, é um dos poucos que dedica a maior parte do seu espaço para homenagear os jogadores, principais responsáveis pelo show no “Teatro dos Sonhos”, frase de Bobby Charlton para explicar o que significava assistir um jogo em Old Trafford na época mais vitoriosa de sua história.

Além do próprio Charlton, nomes como George Best, Denis Law, Gary Neville, Eric Cantona, David Beckham, Ryan Giggs, Paul Scholes, Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney,  Peter Schmeichel, Ole Gunnar Solksjaer, Van Nistelroy, Edwin van der Sar e Robin van Persie são algumas das estrelas com espaço cativo no museu, com acervo de fotos históricas e objetos pessoais que ajudam a eternizar a história para as futuras gerações. Uma seção dedicada aos técnicos relembra todos que comandaram o time, com destaques óbvios para Matt Busby e Alex Ferguson.


Objetos de torcedores (esquerda) e ala dos jogadores, como Peter Schmeichel (direita)

Os capítulos da história do United são contados por textos, fotos e conteúdo interativo, passando pela trajetória do time de operários que tornou-se um dos maiores do planeta, o nascimento do estádio que sempre esteve à frente do seu tempo e às transformações da pequena cidade portuária em uma das capitais do futebol. A sala de troféus lembra as conquistas, e a seção dedicada aos torcedores reúne objetos pessoais usados em jogos e que ajudam a explicar o inexplicável, a paixão de um torcedor por seu time. Um setor recém-inaugurado faz referência aos Jogos Olímpicos de 2012, com uma réplica da tocha usada nos jogos.

Na minha opinião a parte mais importante do museu é o memorial que relembra a tragédia de Munique em 1958 e homenageia todos os que perderam suas vidas naquele dia. É impossível não parar por um instante e observar em silêncio as fotos e vídeos, ler os recortes de jornais da época, com áudio-ambiente original do que foi comunicado pelas rádios à época do acidente e os relatos dos que sobreviveram.


David Beckham

O pacote estádio + museu custa £18 para adultos e £12 para menores entre 5-18 anos e maiores de 65 anos (+£3 pelo audio guide, opcional), o passeio completo dura cerca de 2 horas. O meeting point é na entrada da loja, localizada em East Stand. Para comprar o ticket online e obter mais informações, accese o site http://www.manutd.com/en/Visit-Old-Trafford/Museum-And-Stadium-Tour/Stadium-Tour.aspx.

O álbum completo de fotos do Old Trafford Museum & Stadium Tour está disponível na página do Viajante Comilão no Facebook.

Endereço: Sir Matt Busby Way, Old Trafford, Manchester
Telefone: +44 (0)161 868 8000
e-mail: toursenquiry@manutd.co.uk

Horários de funcionamento:
- Museu: Todos os dias das 9h30 às 17hs (última entrada às 16h30). Fechado nos dias de jogos  e nos finais de semana de jogos. Para jogos durante a semana, a última entrada é às 15hs.
- Tour: Todos os dias entre 10hs e 16h30. Fechado nos dias de jogos. Para jogos durante a semana, nos dia anterior o último horário é às 13hs.

Como chegar: Os trens da Metrolink (http://www.metrolink.co.uk/) saem de Manchester Piccadilly sentido Altrincham, desça em Old Trafford e caminhe cerca de 10 minutos. Para mais informações, acesse http://www.manutd.com/~/media/Files/PDF/MapsAndDirections/YouAreHereMapsAndDirections.ashx.

Para quem quiser saber mais sobre a história do Manchester United e de Old Trafford, acesse:

http://www.thebusbybabes.com/munich/munich.htm
http://aviation-safety.net/database/record.php?id=19580206-0&lang=en
http://www.unitedsredarmy.com/History.htm
http://manchesterhistory.net/manchester/outside/oldtrafford.html
http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/teams/m/man_utd/8507635.stm
http://www.youtube.com/watch?v=6yma2RDeHZE

São Paulo – Casa do Parmegiana

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Milão (filet mignon com quatro queijos: parmesão, Catupiry, mussarela e gorgonzola)

A famosa combinação de bife à milanesa, molho de tomates e queijo gratinado, popularmente conhecido como “bife à (moda) parmegiana”, não tem uma origem certa. Uns dizem que é um prato típico italiano surgido entre os séculos 18/19 e reinvidicado pelas regiões da Campânia e Sicília, no sul do país. Outros afirmam que o prato é 100% brazuca, nascido como resultado da influência italiana sobre a culinária paulista. Também existe a teoria de que o prato surgiu durante a Revolução Socialista Russa. A única certeza é que o prato não existe em Parma.

Existem incontáveis restaurantes em São Paulo que preparam o bife à parmegiana como manda a tradição, carne fininha e casquinha crocante, bastante molho de tomates e queijo mussarela e/ou parmesão por cima, servido borbulhando e com queijo escorrendo no garfo. Outros oferecem versões do prato com frango ou berinjela (os vegetarianos agradecem) e colocam qualquer coisa que seja comestível entre a carne e o queijo – palmito, escarola, funghi, alho poró... O céu é o limite.



A Casa do Parmegiana é um restaurante com endereços em Moema (onde ficava a Cervejaria Devassa) e Alphaville, especializado em pratos com filet mignon, frango e berinjela preparados à moda parmegiana, desde a receita original até combinações com toque de criatividade, com porções generosas e ótimo custo/benefício. Aqui é possível encontrar 22 versões do prato, divididas em filet mignon (14 opções), frango (6) e berinjela (2). Todos os pratos podem ser servidos para uma (preços entre R$ 24,90 e R$ 29,90) ou duas pessoas (entre R$ 48,90 e R$ 55,50), que na realidade satisfazem de duas a três pessoas com tranquilidade.

Os pratos são acompanhados de arroz branco e batatas selvagens (cortadas em quatro e assadas com salsinha e sal), o que na minha opinião é um desperdício de comida – só a carne é mais que suficiente, mas com certeza duas fontes de carboidratos são desnecessárias.





Dividido em 3 ambientes e com capacidade para 160 pessoas, achamos o salão um pouco carregado, com cores fortes nas paredes, espaço reduzido entre as mesas e bastante barulhento. No dia da visita, o som ambiente (de gosto duvidoso) estava em volume excessivo (acho que só os garçons estavam se divertindo) e as TVs estavam com som alto (ao invés de abaixar a música, aumentaram o som da TV). A casa oferece serviço de delivery para os bairros do Brooklin, Itaim, Ibirapuera, Moema, Vila Nova Conceição e Vila Olímpia.

O cardápio à base de filet mignon presta homenagem à Itália, destaques para o Calabria (berinjela e abobrinha, R$ 27,50 / Duplo R$ 53,90), Capri (brócolis e bacon, R$ 26,70 / Duplo R$ 52,80), Livorno (escarola e bacon, R$ 26,90 / Duplo R$ 52,80), Monza (funghi, R$ 29,90 / Duplo R$ 53,90) e Turim (presunto, ovos cozidos, cebola fatiada e azeitonas sem caroço, R$ 27,30 / Duplo R$ 53,90). Meu preferido é o Milão (quatro queijos: parmesão, Catupiry, mussarela e gorgonzola, R$ 28,30 / Duplo R$ 55,50), um bife bem fininho com casquinha crocante e uma generosa porção de queijos, com gosto acentuado de gorgonzola.


Valência (frango, milho e Catupiry)

Já os pratos à base de frango fazem referência à Espanha, como o Madrid (receita tradicional, R$ 25,80 / Duplo R$ 49,80), Sevilha (peito de perú com catupiry, R$ 26,50 / Duplo R$ 49,80) e Málaga (abobrinha, berinjela e pimentões, R$ 26,50 / Duplo R$ 49,80). As cidades portuguesas dão nome aos pratos de berinjelas, com fatias finas, empanadas e fritas, como o Coimbra (abobrinha e pimentões coloridos, R$ 24,90 / Duplo R$ 48,90) e Lisboa (carne moída, R$ 24,90 / Duplo R$ 48,90).

Conclusão: Meu Top 3 do bife à parmegiana em SP segue com Sallu (SP Market Place), Degas (Pompéia) e Bar do Alemão (Moema e Itaim), mas acho que a Casa do Parmegiana tem potencial para brilhar e conquistar seu espaço. Eles precisam repensar a questão do ambiente, não acho que a proposta atual ajude a atrair e fidelizar clientes. #ficadica

Endereço: Avenida Sabiá, 733 – Moema
Telefone: +55 (11) 5052-6060
Horário de funcionamento: Segunda à quinta das 11hs às 23hs, sexta e sábado das 11hs à 1 da manhã, domingo das 11hs às 22hs
Internet: http://www.casadoparmegiana.com.br/

São Paulo – Churrasco’s

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Prato de camarões do buffet de frutos do mar

Churrascaria com quase três décadas de serviços prestados no bairro paulistano do Brooklin (zona sul de SP), o principal atrativo do menu são as carnes oferecidas em sistema à la carte, mas destaca-se pelo excepcional buffet de frutos do mar às sextas e uma concorrida feijoada aos sábados.

Típica churrascaria de bairro, o ambiente é tradicional e bem conservado, com mesas largas e boa iluminação natural, frequentado por gerações de famílias e moradores da região. Chamam a atenção na decoração o jardim de inverno nos fundos do salão e os lindos vidros de pimenta coloridos. Os garçons trabalham na casa há muito tempo (alguns desde a inauguração) e são extremamente atenciosos, o serviço é rápido e eficiente – os gerentes (devidamente vestidos de terno e gravata) estarão lá para garantir que nada sairá do ritmo!


Salão principal


Decoração


Área do buffet

Não dispense o bom couvert (R$ 15,90 por pessoa), composto por cesta de pães (pão de queijo, pão francês e o ótimo pão polvilho), manteiga, molho de cebola, farofa com bacon, caponata de berinjela (excepcional!), legumes descascados e picados (cenoura, pepino e rabanete) e uma saladinha da casa.


Couvert


Cesta de pães (com o gigante pão polvilho em destaque)


Caponata de berinjelas

Entre as 12 opções de cortes Aberdeen Angus argentino assados na grelha a carvão, destacam-se os tradicionais Bife de Tira (R$ 78), Prime Rib (R$ 85), Bife de Chorizo (R$ 74), Bife Ancho (R$ 70), T-Bone (R$ 78), Filet Mignon (R$ 65) e Fraldinha (R$ 62), e cortes premium como Baby Cordeiro uruguaio (R$ 88), Picanha (feita no sal grosso, R$ 72), Lombo de Porco (R$ 48), Picanha Fatiada (R$ 164, único corte para duas pessoas) e Bombom de Picanha (R$ 74). De segunda à quinta o valor acima acompanha a mesa de saladas. Com exceção da picanha fatiada, todas as carnes servem uma pessoa sem exageros.


A ótima Fraldinha, que derrete na boca!

O amplo menu de acompanhamentos tem opções para todos os gostos; batata frita, arroz branco, arroz carreteiro, arroz à piemontese, arroz biro-biro, banana à milanesa, farofa, panaché de legumes, polenta frita, creme de milho, anéis de cebola, cebola na brasa, batata souflê e batata assada gratinada com queijo, com preços entre R$ 9 e R$ 20 por item.


Bife de Chorizo

Também possui um cardápio de pratos à base de peixes e frutos do mar, como a Lagosta à Thermidor (R$ 162), Camarão ao Catupiry (R$ 85), Camarão à Grega (empanado com catupiry e batata palha; R$ 85), Camarão à Newburg (molho à base de creme de leite, páprica e conhaque, R$ 85), Salmão Fresco à Belle Meunière (R$ 66), Filet de Badejo (R$ 76), Filet de Badejo à Belle Meunière (R$ 86) e Pintado na Brasa (R$ 89).

Às sextas é servido o buffet de frutos do mar (R$ 110,90 por pessoa), com seleção de pratos frios e quentes com camarão GGG, salmão, lagosta, bacalhau, lula, polvo, ostras e mariscos, além do buffet de saladas, incluso no preço. Não deixe de provar o Camarão à Paulista (frito com azeite e alho), Salmão com Molho de Ervas, Risoto de Bacalhau, Camarão ao Molho Champagne e Lagosta à Thermidor. Não há dúvidas que o buffet tem um preço elevado, mas é uma excelente opção para quem é fanático por frutos do mar, já que você comerá camarão e lagosta até não aguentar mais!



Buffet de saladas, queijos e frutos do mar


Camarão à Paulista, Salmão com Molho de Ervas, Risoto de Bacalhau, Camarão ao Molho Champagne


Lagosta à Thermidor e Camarão à Paulista

Às quartas e sábados a vez é do buffet de feijoada (R$ 76), para muitos uma das melhores da cidade, com grande seleção de carnes servidas em cumbucas para que o cliente escolha o que mais gosta. O valor também inclui o buffet de saladas.

Para fechar a refeição com gordice total, você pode escolher entre o Buffet de Doces e Frutas (R$ 18 por pessoa), Frutas da Época (R$ 15), Chocolamour (taça gigantesca com sorvete de chocolate, chantilly, farofa doce e calda de chocolate quente; R$ 18), Sorvete (R$ 15) e Creme de Papaya com Cassis (R$ 17).


Buffet de Doces e Frutas


Buffet de Doces e Frutas


Chocolamour

Durante a semana oferece um Menu Executivo com buffet de saladas, carne, acompanhamento e sobremesa (pudim de leite ou torta de chocolate) por R$ 47,90. Entre as opções, tem Paleta de Cordeiro com Batata Corada, Bombom de Picanha com Arroz do Churrasqueiro, Frango Grelhado com Creme de Milho e Salmão ao Molho de Manga com Arroz à Grega.

Endereço: Rua Roque Petrella, 165 – Vila Cordeiro
Telefone: +55(11) 5531-4064
Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 11h30 às 16hs (almoço) e 19hs à meia-noite (jantar), sábado das 11h30 à meia-noite, domingo das 11h30 às 18hs
Internet: http://www.churrascos.com.br

Dublin – Queen of Tarts

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Rustic Apple Crumble Tart

Um dos achados gastronômicos da bela capital irlandesa, este charmoso restaurante/café aberto em 1998 é muito procurado pela variedade e qualidade das opções de café da manhã, almoço e brunch nos finais de semana, mas são os bolos, tortas (doces e salgadas), merengues, brioches, quiches e cupcakes que fazem a fama do lugar. O Queen of Tarts é uma patisserie das boas, para muitos a melhor de Dublin.

Os dois endereços em Dublin, localizados na parte antiga da cidade, a poucos passos das turísticas Temple Bar, Dublin Castle, St. Patrick’s Cathedral e bem atrás da City Hall, lotam todas as manhãs com pessoas interessadas em tomar um belo café da manhã antes de começar o dia, servido de segunda à sexta das 8hs às 12hs, além do concorrido brunch, servidos aos sábados das 9hs às 13hs e domingos das 10hs às 14hs.


Cow's Lane


Cork Hill (Crédito: The Trendy Guide)

Tido como um dos melhores da cidade, o ótimo “Hearty Breakfast” é um autêntico café da manhã irlandês com bacon, linguiça, ovo frito, tortinha de batata com cebolinha, tomates assados e torradas (€9,75), acompanhado de um bule de chá, xícara de café/chocolate ou copo pequeno de suco. Serve também uma versão 100% vegetariana, com cogumelos, ovo frito, feijões, tortinha de batata com cebolinha, tomates assados e torradas (€9,75).

Ainda na linha de cafés da manhã mais robustos, não podia faltar o “Smoked Irish Salmon” (salmão defumado,  ovos mexidos e torradas; €6,75). Para quem busca algo mais tradicional, tem salada de frutas com iogurte (€4,50), granola com frutas e iogurte (€5,25) e o “Winter Warmer”, mingau morno de aveia com compota de maçã & Maple Syrup (€4,50). Para quem não abre mão de doces, o “Home Made Scones”, são pequenos bolinhos (lembram muffins) de passas, mirtilo, framboesa e maçã (ou chocolate), com manteiga e geléia de framboesa (€2,95).


Hearty Breakfast


Vegetarian Breakfast

Ambos endereços são minúsculos, mas sem perder a atmosfera charmosa e aconchegante, decorados em estilo retrô com anúncios vintage, pratos e xícaras decorados com florzinhas e bules antigos, nos faz viajar no tempo. A matriz na agitada Dame Street tem cerca de 10 mesinhas e vive lotada, já o endereço em Cow’s Lane (uma travessa da Dame Street, sem circulação de carros)  é maior e mais tranquila, tem salão, mezanino e mesinhas do lado de fora.

Uma das principais avenidas de Dublin e rota dos ônibus turísticos, o endereço em Dame Street é o mais procurado, mas como a casa de Cow’s Lane fica no quarteirão seguinte (cerca de 5 minutos de caminhada), é comum as garçonetes pedirem aos clientes para irem até o outro endereço. Foi o nosso caso.







Fomos rapidamente acomodados em nossa mesa, o atendimento foi rápido, atencioso e super gentil o tempo todo. Tivemos sorte de sermos atendidos por uma garçonete brasileira (confesso que não lembro seu nome), mesmo com casa cheia (e uma carinha bem cansada) conseguimos trocar algumas palavras, soubemos que ela estava em Dublin há 2 anos, trabalha durante o dia e estuda à noite – como cerca de outros 15 mil brasileiros, ela escoheu Dublin para estudar e ter uma vida melhor.


Minúsculo salão em Cow's Lane

O cardápio de almoço tem sopas (€5,75) e sanduíches (€7,50), mas são as tortas salgadas (€9,95) as campeãs de pedido. São 6 opções – cebola roxa, batata, queijo cheddar e alecrim; frango assado, brócolis, abobrinha, pimentão vermelho e coentro; espinafre, queijo brie e noz pecan; abóbora, cebola roxa, espinafre e queijo feta; berinjela e moussaka de lentilhas – , todas bem servidas e acompanhadas de um saladão de batata, cenoura, grão de bico e folhas verdes, além de uma fatia de pão italiano caseiro (que pode ser sem glúten). Uma baita refeição!

Para beber, cafés Lavazza, chás, chocolates e uma discreta seleção de vinhos – são apenas 4 rótulos da Itália e França, 2 brancos e 2 tintos, servidos em taça (entre €4,75 e €5,75) e garrafas de 750ml (entre €18 e €22,50).




Crédito: Desfazendo as malas


Crédito: The Collabor-eight

Chamado de “Happy Endings”, o cardápio de doçuras reúne 13 opções entre tortas, cheesecakes, bolos, brownies e afins. Cada item custa €4,95, e a parte mais difícil sera escolher entre a “Rustic Apple Crumble Tart” (crumble de maçã), “Decadent Chocolate Pecan Tart” (torta de chocolate e noz pecan), “Bailey's Chocolate Chip Cheesecake” (cheesecake de Bailey’s com chocolate), “Queen Of Chocolate Fudge Cake” (bolo intenso de chocolate) e o “Old Fashioned Victorian Sponge Cake” (bolo de morangos com chantilly). As porções são grandes e podem ser divididas sem problemas, mas duvido que você não vá comer tudo sozinho(a)!


Old Fashioned Victorian Sponge Cake

Endereços:
4 Cork Hill, Dame Street, Dublin 2.  Telefone: +353(01) 670 7499
3-4 Cow's Lane, Dublin 2. Telefone +353(01) 633 4681

Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 8hs às 19hs, sábado das 9hs às 19hs, domingo das 10hs às 19hs, fechado nos feriados.
Internet: http://www.queenoftarts.ie/

Guarapari – Le Cave (Praia do Morro)

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Frango com Catupiry

Após as experiências gastronômicas no Guaramare, Casa Marracini e Gaeta, decidimos encerrar nossa visita por Guarapari com uma pizzaria. Escolhemos a Le Cave, localizada na Praia do Morro, bairro nobre da parte nova conhecido pela praia de mesmo nome (não confundir com o restaurante homônimo na Praia do Canto, em Vitória). Distante apenas duas quadras da orla, só funciona à noite e é considerada pelos locais como a melhor pizza da cidade, o que explica a casa cheia e as já habituais filas de espera. Mas o que um paulistano tem a dizer sobre as redondas do Le Cave?

Dividido em área externa e interna, o ambiente é pequeno, as mesas são estreitas e há pouco espaço entre as mesas. Com casa cheia, o ambiente torna-se acentuadamente ruidoso. Colagens da artista plástica mineira Maria Mascarenhas, gravuras de Frida Kahlo e Che Guevara e peças de artesanato decoram o ambiente. O atendimento foi atencioso e prestativo durante toda a refeição, em cada mesa há um dispositivo com um botão para chamar o garçom, e que funciona muito bem – é o fim do braço levantado!


Salão interno

O cardápio traz cerca de 30 tipos de pizzas, além de carnes na chapa (aviso para as mulheres: fazem uma baita fumaça), massas e algumas moquecas. As redondas são servidas em dois tamanhos, individuais (2 pedaços) e médias (6 pedaços), com massa grossa (que mais lembra aquelas massa pré-assadas que você compra no mercado) e sem borda (para alguns, um crime), recheio saboroso (embora poderia vir em maior quantidade), molho de tomate entre escasso e inexistente (erro fatal), assadas em forno à gás (pessoalmente eu prefiro pizzas em forno à lenha, mas é posssível fazer pizzas bem saborosas em forno à gás).

O preço está na média dos cobrados em Guarapari, paga-se cerca de R$ 50 por uma pizza média, embora o valor seja um pouco salgado se compararmos com os cobrados pelas redondas de 8 pedaços em São Paulo.



Entre as coberturas, destaques para a Frango com Catupiry, saborora e bem temperada, e a Atum, que só peca pela quantidade reduzida de peixe. A inusitada Palmito ao Molho Bolonhesa (mussarela, palmito, molho bolonhesa, azeitona e orégano), a Italiana e sua tentativa de combinar sabores fortes (mussarela, provolone, salaminho, parmesão, azeitona e orégano) e a versão da Portuguesa com millho (???) são os pontos fora da curva para os amantes da pizza tradicional.

Talvez a pizza do Le Cave seja melhor que a dos concorrentes locais, mas com certeza nós paulistanos, acostumados com redondas no nível das melhores do país, sairemos de lá com uma pontinha de frustração. Além de ser bem diferente do que estamos acostumados, na minha opinião alguns pontos precisam ser revistos – sim, em time que está ganhando se mexe SIM!


Pizza Média (6 pedaços)

Minha impressão é que a pizza não é tratada com o respeito que merece, parece ser “mais um” dos pratos da casa, tratado como um disco de farinha, leite, etc com alguma cobertura. Falta personalidade. O fato da pizza ser assada em forno à gás não é um problema – é verdade que pizza e forno à lenha formam uma dupla quase perfeita, mas aqui em SP a Padaria Casablanca faz uma das melhores redondas da cidade, assada em um pequeno forno à gás. Não sei se a massa é comprada ou feita em casa, mas ela é seca e pouco saborosa, e não há desculpas para a falta de molho de tomate. Só estes dois pontos já colocariam a pizza deles em outro patamar.

Como escrevi no post “10 pizzas para comer antes de morrer”, a pizza é muito mais do que um prato de comida, é um patrimônio cultural. Acho que o Le Cave tem potencial para fazer um ótimo trabalho, mas precisa aprender a respeitar as redondas e tratá-las com carinho, como estrelas da festa.


Atum

Endereço: Avenida Praiana, 1140 – Praia do Morro
Telefone: +55 (27) 3361-4631
Horário de funcionamento: Terça a domingo das 17hs à meia-noite, fecha segunda.
Internet: http://www.lecave.com.br

Dicas da Suíça – 10 atrações imperdíveis em Zurique

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Após passarmos por Berna, Lucerna e Interlaken, finalizamos nossa viagem pela Suíça em Zurique, maior cidade (400 mil habitantes) e principal centro econômico do país, conhecida como uma das principais capitais financeiras do mundo e por ser uma das 3 cidades com melhor qualidade de vida do planeta. Recebe mais de 1 milhão de visitantes por ano, atraídos pelas paisagens de perder o fôlego, chocolates (divide com Bruxelas o posto de melhores e mais desejados do mundo), construções seculares que contam mais de 2000 anos de história, e excelente gastronomia típica.

A história de Zurique tem sua origem nos romanos, que em 57/58 DC fundaram uma estância aduaneira chamada Turicum, embora existam registros de assentamentos com 7 mil anos na saída do Lago Zurich. O nome “Zurich” é possivelmente derivado do celta “dur” (água), povo que habitou a região antes dos romanos. Zurique fez parte do império Alemanni entre 746-1218, quando tornou-se uma cidade imperial livre após a extinção da linha principal da família Zähringer. Em 1798 Napoleão Bonaparte invade a Suíça e cria a República Helvética, que durou até 1803. O processo de reconstrução do país durou até 1848, quando a Confederação Suíça foi assinada.


Zurique em 1581, com a muralha guardando a fronteira norte da cidade

Zurique foi uma cidade fortificada entre os séculos 13 e 19, a atual Bahnhofstrasse marca o curso do antigo fosso. A muralha permaneceu até 1870, quando foi demolida. Durante a era da industrialização nos séculos 18 e 19, Zurique deixou de ser uma cidade de comerciantes para tornar-se uma importante capital da indústria orientada por máquinas. A Zurique de hoje é o principal centro mundial para a operação bancária offshore, principalmente devido ao sigilo bancário suíço, e líder mundial na negociação de ouro. O setor financeiro responde por cerca de um quarto das atividades econômicas da cidade. A Swiss Stock Exchange (SIX), fundada em 1877, também está localizada em Zurique.


Zeughauskeller Wurstspiess, um dos clássicos do Zeughauskeller, uma instituição de Zurique

O Aeroporto Internacional de Zurique está localizado a menos de 10 km da cidade. Trens partem do Terminal B em direção a Zurique (saídas a cada 10 minutos), Basileia, Berna, Lucerna, Lugano e Genebra (saídas a cada 30-60 minutos).

Dica do Viajante: Ao chegar em Zurich HB, compre o ZürichCARD, cartão que oferece descontos em lojas, restaurantes e city tours, além de acesso livre a toda rede de transporte da cidade (trens, bondes, ônibus e barcos) e entrada gratuita na maioria dos museus da cidade. Disponível em versões de 24 e 72 horas, adultos pagam CHF 24 e CHF 48, respectivamente. Menores entre 6 e 16 anos pagam CHF 16 e CHF 32, gratuito para menores de 6 anos.


Limmatquai corta o Altstadt norte a sul ao longo da orla direita do rio Limmat, e divide com Niederdorf o centro da vida noturna da cidade, com dezenas de bares, restaurantes e casas noturnas. Destaque para a Rathaus, construída na década de 1690.

Montamos um roteiro de 2-3 dias que reúne 10 atrações imperdíveis na maior cidade da Suíça! Monte seu roteiro e boa viagem!

O álbum completo de fotos de Zurique está disponível na página do Viajante Comilão no Facebook.

1) Altstadt (“Old Town”)
Principal e mais antigo dos 12 distritos de Zurique, o centro histórico reúne casas medievais, edifícios centenários com sacadas, bandeiras e janelas coloridas, ruínas das fortificações e muralhas romanas, labirinto de ruelas e becos de paralelepípedos, estreitos e sinuosos. O passado bem preservado é acompanhado de modernos cafés, lojas e galerias, além de concentrar a vida noturna da cidade, com dezenas de bares, restaurantes e casas noturnas. A melhor maneira de conhecer a região é pegar um mapa e sair caminhando, sem pressa. Como Altstadt cresceu nas duas margens do Limmat, existem oito pontes e passarelas que interligam os dois lados da cidade e permitem uma visão privilegiada da arquitetura.


Uma das muitas ladeiras da Altstadt, vitrine de uma loja de doces, St. Peterhofstatt (onde fica a St. Peterkirche), e duas fotos da Augustinergasse, uma das mais belas ruas de Zurique, com suas sacadas, bandeiras e janelas coloridas, conecta a Bahnhofstrasse com St. Peterhofstatt

2) Zürich Hauptbahnhof (ou Zurich HB)
Inaugurada em 1847 como estação terminal entre as cidade de Zurique e Baden, a primeira linha ferroviária do país. É a maior estação de trens da Suíça, com 26 plataformas servidas por mais de 2900 trens e que recebem 400 mil passageiros todos os dias. Principal estação de bondes (S-Bahn) e metrôs (Trams) de Zurique, conecta a cidade à malha ferroviária nacional e destinos na Holanda, Alemanha, República Theca, Itália, Bélgica, Hungria, Espanha, Áustria, França, Croácia e Sérvia. O edifício em estilo neo-renascentista foi ampliado em 1871, tem entrada principal de arenito em formato de arcos com saída para a Bahnhofstrasse, incluído no “Swiss Inventory of Cultural Property of National Significance”.


Zurich HB vista da Bahnhofstrasse

Veja também: Mapa de Tranportes de Zurique – http://www.mappery.com/map-of/Zurich-Metro-Map

3) Igrejas Grossmünster, Fraumünster e St. Peterskirche
Grossmünster (Grande Igreja) é a principal igreja de Zurique, dedicada aos santos Felix e Regula, padroeiros da cidade. A construção em estilo românico começou em 1090, mas só foi concluída em 1220. Localizado em uma colina 15 metros acima da margem direita do Limmat, suas torres gêmeas neo-góticas datadas do século 18 estão entre os principais cartões-postais de Zurique, é possível subir os 187 degraus e ter uma vista panorâmica da cidade. A cripta dos séculos 11-13 é a maior da Suíça, e os vitrais feitos em 1933 por Augusto Giacometti representam os Três Reis Magos trazendo presentes para a Virgem e o Menino, com os anjos acima.


Acima: St. Peterkirche (esq) e Grossmünster (dir)
Abaixo: Fraumünster (esq) e visão do Limmat com as igrejas Fraumünster e St. Peterkirche em destaque

Construída em 1250 sobre as ruínas de uma antiga abadia datada de 853, a Fraumünster (Igreja da Mulher) é uma igreja protestante em estilos gótico e românico, localizada na saída da Münsterbrücke e famosa por sua torre de relógio azul delgada, alta e pontuda. Tem um coro de 18 metros de altura e o maior órgão do cantão de Zurique (5793 tubos), mas a principal atração são os belos vitrais, cinco deles projetados pelo artista Marc Chagall e instalados em 1970, cada um com 10 metros de altura e que retratam diferentes histórias cristãs. Existe outro grande vitral de Augusto Giacometti datado de 1940, que representa Deus e Cristo, oito profetas, quatro Evangelistas e dez anjos.

A igreja mais antiga de Zurique é a St. Peterskirche (Igreja de São Pedro), erguida entre os séculos 8 e 9. Localizada ao lado da colina Lindenhof, sua torre serviu como ponto de vigia de incêndio desde a Idade Média até 1911. O interior mescla estilos barroco e românico, com alguns murais medievais, incluindo a imagem parcial de um santo, o rico adorno acanto com verso da Bíblia sobre o púlpito, os lustres de cristal modelado no estilo de 1710 e o órgão com 53 paradas. Atualmente abriga o maior relógio da Europa, com 8,7 metros de diâmetro, além de cinco sinos datados de 1880, o maior com mais de seis toneladas.


Visão da Altstadt (com a St. Peterkirche em destaque) do alto da Grossmünster

Para saber mais sobre as três igrejas e seus horários de funcionamento, acesse:
http://www.sacred-destinations.com/switzerland/zurich-grossmunster
http://www.sacred-destinations.com/switzerland/zurich-fraumunster
http://www.sacred-destinations.com/switzerland/zurich-peterskirche

4) Lindenhof
Parque elevado 25 metros acima do rio Limmat com belos panoramas de Zurique, vasta área verde (inclusive árvores frutíferas), mesas de pedra, áreas de boliche e xadrez. Um dos lugares mais antigos e importantes de Zurique, no século 4 abrigou um forte romano usado como proteção e defesa das invasões dos Alemannis pelo Norte, e em 1798 foi o local onde os cidadãos prestaram juramento à Constituição da República Helvética, precursora da criação do Estado suíço.em 1848. Até hoje é possível encontrar ruínas pré-históricas, romanas e medievais. O espaço faz parte do “Património Suíço de Importância Nacional”. A fonte Hedwig (1688) relembra do cerco de Zurique em 1292 pelo duque Albrecht I. de Habsburgo.



5) Chocolates e Macarons
Zurique divide com Bruxelas o título de capital mundial do chocolate. Comece seu tour pela Confiserie Sprüngli, mais antiga chocolateria do país (1836), um paraíso das tortas, pralinés, trufas e os famosos macarons suíços, vendidos por peso. Visite a loja na Paradeplatz, peça um chocolate quente e uma caixinha de “Luxemburgerli”, instituição suíça em versões de limão, caramelo, chocolate, avelã, baunilha, framboesa e champanhe, entre outros. A pequena Kilchberg (cerca de 20 minutos de trem a partir de Zurich HB) é a casa da Lindt, é possível fazer visitas guiadas à fábrica, conhecer o museu de chocolate e estourar o cartão na loja, um parque de diversões para os chocólatras.



Para mais informações sobre os endereços da Sprüngli e horários de funcionamento, acesse http://www.spruengli.ch/unternehmen/addresses-opening-times.php

6) A cidade das 1200 fontes
Para quem não sabe, Zurique é a cidade com o maior número de fontes públicas de água potável do mundo – são exatas 1224, todas bem cuidadas, algumas são pequenas obras de arte. 70% da água de Zurique vem do lago e os outros 30% das nascentes de montanhas, combinação que produz uma água saborosa e geladinha. Se você ficar com sede em Zurique, não precisa correr até o supermercado, basta encher sua garrafinha, as fontes funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana. Para quem quiser saber mais, o projeto “Zurich 1200 Fountains” pretende fotografar  e documentar todas as fontes de Zurique. Até agora foram registradas 132 delas, que podem ser consultadas aqui.


Algumas das fontes de Zurique (Crédito das fotos 3 e 4 no sentido horário: Zurich 1200 Fountains)

7) Bahnhofstrasse
Principal rua do centro de Zurique e uma das avenidas comerciais mais caras e exclusivas do mundo, reúne em 1,4 km de extensão marcas de roupas, chocolates, relógios e jóias. Construída em 1864 onde ficava o fosso fortificado da cidade, o transporte era feito por carruagens e bondes puxados por cavalos até a chegada dos bondes elétricos, que circulam até hoje. Plenamente arborizada, carros só circulam em alguns trechos. Começa na Bahnhofplatz (Zurich HB) e termina em Bürkliplatz, no Lago Zurich. Passa por Augustinergasse, rua que leva à Old Town, e Paradeplatz, uma das praças mais famosas da Suíça onde estão as sedes do UBS e Credit Suisse, maiores bancos suíços, e da Confiserie Sprüngli.



8) Rio Limmat e Lago Zurich
Rio transparente e de água potável que corta Zurique, perfeito para natação (as temperaturas passam de 20°C durante o verão), frequentado por praticantes de canoagem e lar de patos e gansos que nadam tranquilamente. Também é a principal fonte de água de Zurique. Passeios de barco partem da Landesmuseum e oferecem uma bela vista dos edifícios históricos, pontes, monumentos e parques, como o Zürichhorn, com gramados para piquenique, parque infantil de areia para crianças, áreas para prática de esportes e vestiários para quem quer dar um mergulho (duração de 1 hora). Também é possível fazer um cruzeiro pelo Lago Zurich (1h30 de viagem, ida e volta) e ir até Rapperswil (4 horas), com direito a jantar romântico.


Quatro maneiras de aproveitar as águas transparentes do Limmat: natação, canoagem, pedalinho e passeio de barco

Para saber mais dos passeios, valores e horários de funcionamento, acesse http://www.zsg.ch/de_home.html (apenas em alemão, a versão em inglês estará disponível a partir de Abril/2014).

9) Museus – Kunsthaus, Rietberg, Landesmuseum, Uhrenmuseum Beyer, Spielzeugmuseum
Zurique tem mais de 50 museus, 14 dedicados exclusivamente à arte, e mais de 100 galerias de arte. O Kunsthaus reúne coleção de arte medieval, pinturas holandesas e flamengas, o Rietberg é um dos principais centros de arte não-européia do mundo, com grande acervo de arte africana, asiática, indiana, chinesa e japonesa. O Landesmuseum contém a mais completa coleção de objetos relativos à história cultural da Suíça, o Uhrenmuseum Beyer tem a maior coleção particular de relógios, ampulhetas, cronômetros e outros instrumentos de marcação do tempo, o Spielzeugmuseum reúne brinquedos dos séculos 18-20, com ferrovias e motores a vapor, bonecas, casinhas de bonecas, jogos antigos, brinquedos de madeira, etc.


Em sentido horário: Spielzeugmuseum (Toy Museum), Uhrenmuseum Beyer (Clock and Watch Museum), Landesmuseum (Swiss National Museum), Rietberg

Para conhecer todos os museus da cidade, acesse http://www.zuerich.com/en/Visitor/Experience/Culture/museum-zuerich.html

10) Chinagarten Zurich  (Chinese Garden)
Presente em gratidão pela ajuda de Zurique na expansão das instalações de água potável em Kunming, o parque inaugurado em 1994 é um dos mais belos jardins chineses fora da China, combinando natureza, arte, filosofia e poesia. O jardim é uma expressão dos “Três Amigos de Inverno”, um dos temas da cultura chinesa: três plantas que, juntas, ajudam a enfrentam a época de frio – pinheiro, bambu e ameixa. O elemento central é um lago com uma pequena ilha, adornado pelo belo Wassepalais (“Palácio da Água”). Pavilhões circulares fazem referência ao meio, o “quinto ponto cardeal” da cultura chinesa, painéis esculpidos, esculturas, galerias abertas, pontes, lagos e até uma montanha artificial completam o ambiente.


Crédito pelas fotos: Wikimedia

Para saber mais, acesse https://www.stadt-zuerich.ch/content/dam/stzh/ted/Deutsch/gsz/Natur-%20und%20Erlebnisraeume/Publikationen%20und%20Broschueren/Chinagarten/130325_Flyer_Chinagarten_Layout_Handout_RZ.pdf

São Paulo – Cuordicrema

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Maracujá e Flor di Latte

Sorveteria artesanal que integra o time de estabelecimentos paulistanos inspiradas nos famosos (e cremosíssimos) gelatos italianos. Entre os diferenciais do Cuordicrema, o sorvete de fruta parece que você está mordendo a própria fruta (um concorrente à altura para a unânime Stuppendo), as casquinhas preenchidas com chocolate belga derretido são o máximo da gordice, e o “pozzetto”, um freezer que mantém a temperatura constante em -14ºC e evita o contato com a luz e do ar, mantendo textura, cremosidade e sabor.

Em um mercado com tantas sorveterias e seus sabores irresistíveis, com certeza a casa do empresário Fábio Lampugnani chega para brigar casquinha a casquinha pelo posto de “verdadeiro gelato italiano” com marcas já consagradas como Bacio di Latte, Casa Elli, Vipiteno e Stuppendo.




Pozzetto


Mesinhas e espaço das crianças

Os gelatos são produzidos diariamente em um laboratório instalado na própria loja, usando maquinário importado da Itália para conseguir reproduzir o “verdadeiro gelato italiano”, visível através das paredes de vidro para que todos possam acompanhar o processo de produção. Não se usa creme de leite na produção dos gelatos, o leite é pasteurizado lá mesmo e há opções sem gordura e sem lactose.

O cardápio conta com 89 sabores, mas apenas 18 são produzidos diariamente, de acordo com a disponibilidade e sazonalidade dos ingredientes. Quatro sabores são fixos: Cuordicrema (leite, baunilha, mel, canela, compota de maçã e raspas de laranja e limão), pistache e avelã (ambos elaborados com pastas importadas da Itália, das regiões de Bronte e Piemonte, respectivamente) e uma variedade de chocolate belga (ao leite ou com avelã).


Laboratório


Varanda

O salão não é grande, são duas mesas para 2 pessoas, uma mesa para 4 pessoas e uma coletiva de 16 lugares, além de um pequeno espaço para os(as) pequenos(as) e uma uma varanda bem agradável com vista para a laboratório. A primeira coisa que chama a atenção quando entramos são os cilindros de aço (“pozzetto”, em italiano), que cobrem os sorvetes. Como já expliquei, isso ajuda a manter a qualidade do produto, mas por outro lado impede que sejam “apreciados” com os olhos antes de escolhermos. Não seja tímido, peça para experimentar antes de definir o pedido.

Os sorvetes podem ser servidos no copinho (as versões P, M e G custam 9, 11 e 13 reais), mas o carro-chefe da casa é o “cono”: duas fontes de calda quente de chocolate belga Callebaut, ao leite (32% de cacau) e amargo (72%), preenchem as casquinhas antes de receberem os sorvetes (R$ 11 pelo “piccolo” e R$ 13 pelo médio). A parte que fica mais próxima ao sorvete endurece, mas a que fica no fundo fica esperando a mordida final para se revelar ainda morna e cremosa.


Fontes de calda para as casquinhas

A casa também oferece potes de 500 gramas (R$ 38, até 3 sabores) e 1 kg (R$ 65, até 4 sabores) para viagem, além de serviço de delivery nas regiões do Itaim Bibi, Jardins, Moema, Morumbi, Vila Nova Conceição e Vila Olimpia. O horário de funcionamento do delivery é um pouco diferente da loja, todos os dias das 13hs às 17hs e 18hs às 22hs, e a taxa de entrega é de R$ 10.

Entre os sabores de frutas que experimentamos, destaques para os de maracujá, pêra (cultivada na Emilia Romagna), graviola e figo, todos com cremosidade incrível (embora o Bacio di Latte ainda esteja um degrau acima), sabores intensos e muito refrescantes, é como se você estivesse mordendo a fruta gelada. Na minha opinião briga forte com os gelados do Stuppendo, que para muitos faz os melhores sorvetes de frutas de SP: Também provamos o de limão, mas achamos bastante forte e azedo demais, não gostamos. Completam o cardápio sabores inusitados como fruta do conde, caqui, acerola, tangerina, kiwi, cenoura com beterraba e caipirinha de maracujá.

Merecem destaque os sabores de Banana com Nutella, Paçoca, Bellini (Prosecco e pêssego fresco), Nocciola (avelã, feito com fruto importado do Piemonte), Flor di Latte (feito com leite Jersey da Fazenda Limoeiro-SP), Doce de Leite Jersey (sabor autêntico de doce de leite mineiro) e Zabaione (creme com vinho Marsala). Os sabores à base de chocolate usam cacau de São Tomé, Tanzânia e Gana (blend chamado “Satongo”) ou Equador, em versões ao leite e meio amargo e que podem ser puros ou acompanhados por avelãs, pedaços de chocolate, pimenta rosa, sal rosa do Himalaia, compota de maracujá e hortelã fresca.

Está prevista para a segunda semana de Fev/2014 a inauguração de uma loja-conceito na Alameda Lorena, no bairro dos Jardins.

Endereço: Rua Manuel Guedes, 349 – Itaim
Telefone: +55 (11) 3071-3047
Horário de funcionamento: Segunda à quinta das 12hs às 23hs, sexta e sábado das 12hs à meia-noite, domingo das 12hs às 23hs
Internet: http://www.cuordicrema.com


Sallu Restaurante: O melhor parmegiana de São Paulo

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Filet mignon extremamente macio, daqueles que você corta sem precisar de faca, empanado bem fininho e sequinho, servido em uma cumbuca mergulhado em molho de tomates e finalizado com queijo gratinado, servido borbulhando. Esta é a receita da felicidade, o parmegiana de mignon do Sallu Restaurante, localizado no Shopping SP Market (SP), na opinião deste blog o melhor da cidade e que ao lado do Degas (Pompéia) e Bar do Alemão (Moema e Itaim) formam o trio de ferro paulistano.

O prato custa R$ 39,50 e vem acompanhado de arroz soltinho e fritas sequinhas, a porção é grande e serve uma pessoa com bastante fome. A casa também prepara uma versão com contra filet no lugar do mignon, com preço um pouco mais em conta (R$ 30). Mas nem pense duas vezes, a versão de mignon é infinitamente melhor, vale cada centavo!



Além do parmegiana, o cardápio oferece opções típicas de um restaurante de shopping, entre carnes, massas, peixes e beirutes, com preços entre R$ 25 e R$ 30, embora eu pessoalmente prefira os pratos (e o pãozinho de alho) do Mister Massas, que fica na praça de alimentação.

No final do dia entra em ação a happy hour, com boa seleção de cervejas geladas (Heineken, Stella Artois, Erdinger, Eisenbahn, Serramalte, Norteña e Original) e petiscos. As TVs sempre ligadas passam o noticiário na hora do almoço e garantem o salão lotado em dias de futebol.



O restaurante antes ficava em uma área tranquila em frente à Ri Happy e Pernambucanas (mesmo espaço que hoje é ocupado pelo Vila São Paulo), mas recentemente mudou-se para a praça de alimentação, embora ainda mantenha um salão próprio com algumas mesas. O atendimento é eficiente e atencioso, o garçom perguntou se a refeição estava de acordo e se queriamos mais alguma coisa. Como a comida é preparada na hora, os pratos demoram cerca de 15-30 minutos para ficarem prontos.


Gnocchi à bolonhesa (R$ 22,70), uma das opções do cardápio

O cardápio tem algumas sobremesas, mas é praticamente impossível resistir aos sorvetes da Gelateria Parmalat, que fica bem ao lado do Sallu. Prove a versão de doce de leite com coco, entre os sabores imperdíveis da casa.


Doce de Leite com Coco e Leite Parmalat

Endereço: Avenida Das Nações Unidas, 22540 – Vila Almeida
Horário de funcionamento: Segunda, terça, quarta, quinta e domingo, das 10hs às 22hs, sexta e sábado das 10hs às 23hs
Telefone: +55 (11) 5524-1349

Turismo em Londres: Up at the O2

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O2 Arena

Além de ser uma das arenas multiuso mais espetaculares do mundo, a O2 Arena tem uma das atrações turísticas mais incríveis de Londres: o “Up at the O2”, inaugurado em 2012 para os Jogos Olímpicos, é uma passarela de 380 metros de extensão, suspensa por cabos quase 2 metros acima do teto da arena. No seu ponto mais alto existe uma plataforma de observação com 12 metros de diâmetro que permite uma vista panorâmica do sudoeste de Londres, incluindo o rio Tâmisa, Emirates Air Line, Canary Wharf, Parque Olímpico e The Shard.

Londres possui outras atrações que permitem admirar a beleza da capital britânica do alto, como London Eye, Emirates Air Line e Shard, mas o legal da “Up at The O2” é a sensação de conquista após a escalada ao topo da arena, com direito a cordas, grampos e todo o equipamento de proteção.


O2 Arena com a passarela em destaque

Para quem não conhece, a O2 Arena (oficialmente chamada “Millenium Dome”) é um complexo de entreterimento localizado na Greenwich Peninsula (leste de Londres) que tem como carro-chefe uma arena com capacidade para 20 mil pessoas, usada para eventos musicais e esportivos. A arena tem exatos 365 metros de diâmetro, do lado de fora destacam-se 12 mastros amarelos cada um representando um mês do ano. O ponto mais alto no centro da arena tem exatos 52 metros de altura, o mesmo número de semanas em um ano.

Integram o complexo O2 o “indigO2”, casa de shows para 3 mil pessoas, o “The O2 Bubble”, que abriga o “British Music Experience”, museu dedicado à música britânica, o “Cineworld”, um cinema de última geração com 11 salas (a maior com capacidade para 770 pessoas),  e a “Entertaiment Avenue”, área em torno da arena que reúne 25 restaurantes e bares.


Em sentido horário: plataforma no topo, visões da passarela e base onde começa o passeio

A escalada dura aproximadamente 2 horas. A primeira hora será em terra, na “Base Camp”, onde será realizado um treinamento de segurança, como proceder durante a subida e descida, além de instruções sobre a vestimenta e equipamentos que deverão ser usados ao longo da escalada – macacão, sapato, cinto, grampo – , todos fornecidos por eles. Os grupos são formados por até 15 pessoas, sempre acompanhados por um guia para ajudar e orientar.

Em seguida, recebemos os equipamentos, nos trocamos no vestiário e guardamos nossas coisas em um armário. O macacão é peça única, fácil de colocar – pernas primeiro, braços depois, zíper longo e velcro, e seu guia irá demonstrar como colocar e apertar o cinto de segurança – você entra e puxa-o como uma mochila, em seguida, aperte todas as correias. Em caso de dificuldades, o guia ajudará a colocar e apertar o equipamento.


Fotos da subida e descida

Há um bolso em cada manga suficiente para um telefone móvel (que só pode ser usado no topo), não há outros bolsos no macacão, não é permitido subir com nada que não caiba nos bolsos, tampouco nada pendurado no pescoço (o que inclui câmeras tradicionais), então você tem que deixar todos seus pertences no armário. Também não é permitido tirar fotos ao longo do percurso, mas no topo as fotos estão liberadas!

A subida começa em uma plataforma na base na tenda, após subirmos 3 lances de escadas (ou elevador), cerca de 7 metros do solo. Aqui você vai aprender a prender, movimentar, travar e retirar o grampo no trilho de segurança, obrigatório durante a subida e descida para você esteja sempre seguro. Além do trilho, existe um corrimão para ajudar principalmente nos pontos de maior inclinação.


Prédios em Canary Wharf

Um profissional na base irá fotografar todos os visitantes, e no final do passeio você poderá comprar sua foto na lojinha – embora custe £12, é uma bela lembrança em tamanho 15x18, e na capa virá escrito “I’ve Conquered The O2”, seu certificado de escalador(a)!

Subida e descida duram aproximadamente 30 minutos e são relativamente tranquilas, mas você pode fazer o percurso no seu próprio ritmo. Nos pontos mais íngremes a passarela tem uma inclinação de 28° na subida e 30° na descida, mas você precisará de um tempo para acostumar-se com a lona, parece que você está caminhando em uma cama elástica. O guia sobe com o grupo e ajuda aqueles com dificuldades em manusear o complicado e pesado grampo – você precisa destravá-lo para subir e movê-lo manualmente por catracas de segurança posicionadas a cada 5 metros.


Algumas das placas no topo da passarela

Uma vez na plataforma, você pode desconectar-se do cabo e andar livremente, terá cerca de 30 minutos para admirar a vista e tirar fotos. No entorno existem placas que contam a história de Greenwich, passam pela história de Londres e do rio Tâmisa, e indicam os principais pontos turísticos que podem ser vistos lá de cima.

Você pode escolher fazer o passeio durante o dia, o que permite uma bela visão 360 graus (caso a neblina não atrapalhe), ao entardecer com a companhia do Sol se pondo sobre Londres, ou à noite (apenas nos meses de inverno, já que anoitece às 17hs), com uma visão de Londres toda iluminada.


Profissional que tira a foto antes da subida (esq) e SIM, I've Conquered The O2!

Tickets podem ser adquiridos antecipadamente no site www.UpatTheO2.co.uk, ou no dia do passeio diretamente nas bilheterias da O2 Arena. O passeio não é barato: tickets custam £26 (dias de semana até às 17hs) e £33 (dias de semana após às 17hs, finais de semana e feriados), mas valem cada centavo.

Horário de funcionamento: todos os dias a partir das 10hs, última subida às 18hs (entre Outubro e Maio) e às 20h15 (entre Junho e Setembro).

Atenção para as restrições: mínimo de 10 anos e 1,2 metro de altura, máximo de 130kg, 125cm de cintura e 75cm de coxa (restrições para o cinto de segurança). Menores de 18 anos precisam ser acompanhados de um adulto.




São Paulo – Café Journal

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Peixe branco assado em crosta de castanhas, uma das opções do buffet no almoço: Espetacular!

Restaurante em Moema (zona sul de SP) conhecido pelo ambiente intimista e decorado nos mínimos detalhes, pela boa gastronomia e por ter uma das mais completas carta de vinhos da cidade. Inaugurado em 1997, o Café Journal tornou-se um dos mais importantes espaços da gastronomia paulistana.

A atmosfera faz com que você sinta-se num casarão de fazenda em pleno bairo de Moema. São três ambientes, o salão principal (mais intimista) e o bar (mais descontraído) têm decoração rústica, com tijolos aparentes nas paredes, materiais de demolição, antiguidades e obras de arte, como a reprodução do quadro "A Leiteira", do pintor holandês Johannes Vermeer, datado de 1658. O terceiro ambiente é ocupado por um jardim de inverno, com um belo projeto paisagístico. A luz baixa e a música ambiente favorecem os casais que buscam um bom lugar para conversar, beber e ficar à vontade.


Salão principal (Crédito: Divulgação)


Salão do bar


Detalhes da decoração


Adega


Salão principal no buffet do almoço


Salão principal

É impossível não notar a imponente adega toda de vidro, onde repousam cerca de 10 mil garrafas, totalizando 600 rótulos de 15 países, com preços um pouco proibitivos. Conta com três máquinas Enomatic onde você pode apreciar cerca de 20 opções de vinhos e espumantes em três tamanhos de taça.

No almoço de segunda à sexta (12hs às 15hs) e finais de semana (12hs às 17hs) entra em ação o farto buffet, com várias opções de saladas, mesa de frios, queijos e antepastos, massas, sushis e sashimis, carnes, peixes, guarnições e sobremesas. Às quartas e sábados a feijoada toma conta das panelas, e nos domingos aparecem pratos como Paella, Bacalhau a Portuguesa e Leitão a Pururuca. Custa R$ 69,80 nos dias de semana e R$ 84 nos sábados e domingos.


Enomatic


Buffet de saladas


Mesa de frios e antepastos


Buffet de saladas, patês, sushis e sashimis

A comida é boa, o ambiente é idela para um almoço de negócios, mas acho que o buffet deixa um pouco a desejar em relação ao Ráscal, que tem preço similar e ainda ocupa o primeiro lugar na minha lista.

Na concorrida happy hour entram em ação petiscos como o mix de bruschettas (mozzarela de búfala com tomate seco, cogumelos, brie com Parma e tomate fresco com rúcula), o croquete de presunto Parma com gruyère e o queijo brie quente com geléia, com preços em torno de R$ 30 cada. Para beber, os vinhos são acompanhados por alguns rótulos de cervejas especiais e um famoso Clube do Whisky.


Algumas opções do buffet de saladas


Pratos quentes: ravioli, peixe branco e presunto Parma


Sobremesas: ganache de chocolate e pudim de doce de leite

O cardápio do jantar tem pratos contemporâneos com sotaques italiano e francês. Entre os destaques, steak tartare de filé-mignon cortado na faca na companhia de batata rústica e mix de folhas, risoto de camarão salpicado de raspas de limão-siciliano, salmão assado em crosta de castanhas com purê de mandioquinha e molho de camarão, paleta de cordeiro com couscous de berinjela, e nhoque com costela assada desfiada, molho do assado e molho pomodoro. Os preços giram em torno de R$ 50-60, com exceção da paleta, cuja porção serve duas pessoas (R$ 100).

Para fechar a refeição, figos turcos com amêndoas e cobertos com chocolate acompanhado de mascarpone (R$ 23).


Suco de abacaxi na jarrinha e taça de vinho branco

Endereço: Alameda dos Anapurus, 1121 – Moema
Telefone: +55 (11) 5055 9454
Horário de funcionamento: Segunda a sábado das 12hs à meia-noite, domingo das 12hs às 22hs
Internet: http://www.cafejournal.com.br

Dica do Viajante: Faça a reserva via Grubster e ganhe 30% de desconto no valor da conta
http://www.grubster.com.br/restaurantes/cafe-journal

Dublin – Hard Rock Café

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BBQ Ribs

Mais um Hard Rock Café (HRC) no roteiro (até agora foram 14, se não perdi a conta), o endereço de Dublin fica no coração da mítica Temple Bar, área mais agitada da cidade e onde há a maior concentração de pubs e restaurantes da capital irlandesa. Infelizmente, o que tinha tudo para ser uma boa experiência gastronômica – normalmente o HRC é aquela opção segura quando você está sem opções e não quer correr riscos, mostrou-se uma grande decepção.

Como todos os Hard Rock Cafés (HRC) espalhados pelo mundo, o restaurante tem temática totalmente relacionada ao rock and roll, com a tradicional memorabília espalhada pelas paredes: guitarras, pratos e baquetas de baterias, discos de ouros, fotos de artistas, letras de música e fotos autografadas. Curiosamente este endereço é uma franquia administrada pelo TGI Friday’s da Irlanda (um pouco irônico, não?) e Frankie’s, uma steakhouse em Temple Bar Square.


Fachada

Como Irlanda é sinônimo de U2 e Hard Rock Café é sinônimo de rock, os principais objetos da memorabília da casa lembram a banda de Bono & Cia, como um dos Trabants “Trabbie” usados na turnê “ZooTV” dos álbuns “Achtung Baby” e “Zooropa” (o outro está no HRC Berlim) que está pendurado no teto, os óculos escuros Bvlgari que Bono usou no videoclipe “Beautiful Day”, além de algumas letras de músicas escritas a mão. Além disso, há raridades de outros artistas, como Elvis Presley, Paul McCartney, Madonna, Paul Stanley, Jimi Hendrix, Ringo Starr e Elton John.

Visitamos a casa na hora do almoço, e nossa primeira impressão foi o movimento do salão: não estava apenas vazio, mas éramos os únicos clientes no salão principal. O salão da área inferior, onde fica o bar, estava fechado. Ou seja, éramos os únicos clientes no restaurante. Na hora do almoço. Como assim, um HRC vazio? Estou perdendo alguma coisa? Era dia de greve ao HRC e não fui informado? Onde estão os outros turistas? Para um lugar com fama de filas quilométricas e esperas de algumas horas, isso foi muito estranho.




Um dos Trabants “Trabbie” usados na turnê “ZooTV” do U2 (álbuns “Achtung Baby” e “Zooropa”)

À noite o perfil muda, as ruas da Temple Bar são tomadas de turistas e boêmios, e casa invariavelmente fica lotada. A atmosfera procura envolver o cliente com a típica “HRC Experience”, mas tenho sérias reclamações sobre a altura da música ambiente. Não me interpretem mal, eu gosto da música, mas no HRC estava alta demais. Quando você vai a um restaurante para jantar com alguém, normalmente você quer conversar durante a refeição, mas lá você dificilmente conseguirá ouvir o que a outra pessoa disse. Sem falar que você sairá de lá com dor de cabeça.

Voltamos ao almoço. Mesmo com mais garçons do que clientes, as meninas não estavam lá muito interessadas em trabalhar, ficavam escondidas nos fundos ou nos cantos, batendo papo. A hostess rapidamente nos conduziu à mesa, mas houve uma certa demora para o primeiro atendimento, onde os talheres são colocados, o menu é fornecido e perguntam o que você quer beber. Depois de alguns minutos com a mão levantada, alguém resolveu nos atender. Mesmo com a casa vazia, tudo que pedimos demorou para chegar, mas um erro mostrou-se uma constante em todos os pratos: tudo veio passado demais. Acho que o chapeiro precisa prestar mais atenção!


Salão do bar (Crédito: Divulgação)


Salão principal


Salão principal

Para começar, pedimos o “Jumbo Combo” (€23,95), uma seleção das cinco melhores entradas da casa: "Santa Fe Spring Rolls" (especie de rolinho primavera com espinafre, feijões, milho, pimenta jalapeño, e queijo, acompanhado por guacamole picante), "Hickory-Smoked Chicken Wings" (para quem ama asinhas de frango), "Onion Rings" (anéis de cebola), "Potato Skins" (coberta com queijos e bacon) e "Tupelo Chicken Tenders" (peito de frango à milanesa), acompanhado de cinco diferentes molhos. Embora seja uma entrada para compartilhar, vale por uma refeição completa.

Já comi outros Jumbo Combo, e este não estava bom. Peito de frango passado demais e em menor quantidade (2 pedaços, por exemplo no HRC Madrid são 4), os anéis de cebola eram pequenos e não estavam tão sequinhos assim.


Jumbo Combo

Entre os pratos principais, a BBQ Ribs (€23,95) é um dos carros-chefe da casa. Porção grande, vem acompanhada de fritas e potinhos de cole slaw e feijões com molho de tomates. Infelizmente a carne veio ressecada, claramente passou do ponto. As fritas e o coleslaw não agregaram nada, e não provamos os feijões, fica para a próxima.

Sempre que estou em alguma cidade que tem Hard Rock Café, reservo uma refeição para comer o Legendary Burger (200g de carne bovina ou frango, bacon, queijo cheddar, onion rings, picles, alface/tomate), meu “Índice Big Mac” – pelo preço vendido em cada cidade, consigo ter uma melhor noção do custo de vida local. Por exemplo, o preço do lanche na Argentina (AR$ 45, ou R$ 23) é bem diferente do vendido em Oslo (cerca de € 30, ou R$ 80).


Legendary Burger

O Legendary servido em Dublin é um pouco mais caro se analisarmos o custo de vida – a versão com hambúrguer de carne bovina custa €17,95 (frango €18,95), o equivalente a £15,51. Só para compararmos, o mesmo lanche no HRC Londres custa £14,45. Será mesmo que o custo de vida em Dublin é mais alto do que em Londres?

E o lanche não estava bom. A carne veio bem passada demais, seca e com pouca suculência, um erro fatal para quem gosta de hambúrguer. O pão também pecou pela falta de maciez. Os demais itens do lanche e as fritas estavam apenas okay.


Corona: I miss you!

Para beber, o cardápio tem sucos, refrigerantes, trocentas opções de drinks, boas opções de cervejas e alguns rótulos de vinhos, mas dificilmente você escapará de uma pint de Guinness (afinal, você está na Irlanda!) e da sempre querida Corona (€5,95), cerveja super leve e servida com um limãozinho, é a parceira ideal para a maioria dos pratos.

Endereço: 12 Fleet Street, Temple Bar
Telefone: +353 1 671 7777
Horário de funcionamento: Segundo o site, abre diariamente do meio-dia até “tarde” (importante: o HRC Dublin costuma fechar cedo, durante a semana, entre 21-22hs).
Internet: http://www.hardrock.com/cafes/dublin/

São Paulo – Batatinha Burger

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Batata do Chef: a idéia é boa, mas o resultado é decepcionante

Hamburgueria com dois endereços na Zona Sul, a matriz fica na Chácara Santo Antonio, estrategicamente localizada a poucos passos da UNIP. Em Julho/2013 abriu a primeira filial no Brooklin, na Avenida Morumbi, cerca de duas quadras da Avenida Santo Amaro. Ambos salões são simples, padrão lanchonete, decorados com algumas pequenas figuras que remetem a carros antigos e paisagens.

O carro-chefe são os hambúrgueres, oferecidos em cerca de 13 combinações de lanches, além de outros 20 acompanhamentos que podem ser incluídos à parte (preços entre R$ 2,50 e R$ 4,60 por item). Entre as carnes, é possível escolher bovina (lanches entre R$ 10,40 e R$ 16,80), calabresa (R$ 11,50-19,90), frango (R$ 11,50-19,90), soja (R$ 10,40- 16,80), suíno (R$ 13,50-21,90), fraldinha (R$ 13,50-21,90) e picanha (R$ 15,20-23,60).


Fachada


Salão principal

Além dos lanches, tem beirutes (entre R$ 24,90 e R$ 37,40), saladas (entre R$ 20,50 e R$ 23,90), porções aperitivo, omeletes (entre R$ 15,90 e R$ 23,90) e alguns pratos, como filet de frango (R$ 19,90), filet mignon (R$ 28,40), picanha (R$ 30,80) ou contra filet (R$ 24,90), acompanhado de arroz e fritas. Conta com um cardápio de pratos executivos, com preços mais atraentes, entre R$ 14,50 (roast beef com salada de batata) e R$ 27,90 (filet mignon à parmegiana).

Avaliamos o serviço e comida da filial do Brooklin. O atendimento mostrou-se eficiente nas duas visitas que fizemos, rapidamente fomos atendidos e recebemos os pedidos, embora seja importante dizer que nos dois casos a lanchonete estava vazia, no máximo com 10% das mesas ocupadas. O pagamento é feito no caixa, então não testamos o tempo para recebermos a conta.


X-Salada com hambúrguer de fraldinha (R$ 21,10)

Provamos alguns dos principais pratos da casa, seguem nossas impressões:

Pontos negativos:

1) Milk-shake: A versão de Ovomaltine (R$ 19,90) é feita com sorvete de creme (e não de chocolate, como seria o normal), recebe pouco Ovomaltine e vem com uma densa e intensa calda de caramelo no copo, que no fim das contas é o que prevalece no sabor. A versão de Flocos (R$ 17,80) tem excesso de leite e textura aguada.


Não parece, mas é milk-shake de Ovomaltine


Milk-shake de flocos

2) Batata do Chef (R$ 29,80): A idéia de juntar batata frita, bacon, cheddar, parmesão ralado e mussarela gratinada no forno parece boa, mas não funciona. Uma vez no forno, os queijos e o bacon soltam gordura, o que deixa a batata frita molenga, pesada, difícil de comer. Além de ser extremamente cara.


Batata do Chef: notou como as fritas ficaram gordurosas? E bem pesadas.

3) Cheiro de gordura: nas duas visitas que fizemos nossas roupas ficaram com forte odor de gordura, sem falar do cabelo da mulherada, perda total. A casa precisa rever urgentemente o sistema de exaustor.

4) Pão de hambúrguer: Molenga e quebradiço, o hambúrguer não consegue ficar dentro do lanche, após duas ou três mordidas o negócio desmancha-se por inteiro. Se o lanche tiver maionese, a carne vai parecer o “samba do crioulo doido“, vai sambar para a direita, para a esquerda, e comer será uma tarefa Hercúlia.

Mas nem tudo no Batatinha são críticas. Na nossa opinião, três itens valem muito a pena:

1) Mignon à parmegiana (R$ 27,90): Feito com capricho. Carne fininha e macia, milanesa fininho e super leve, sem excessos; boa quantidade de mussarela e um toque de orégano no final, deixando um sabor delicioso na boca. Um belo acerto no cardápio da casa.


Mignon à parmegiana

2) Hambúrguer de picanha (lanches entre R$ 15,20 e R$ 23,60): Saboroso, bem servido e bem temperado, grelhado de forma a manter o meio levemente rosa e úmido, com boa presença dos temperos. Vale a pedida!

3) Maionese da casa: Bem temperada, combina com os hambúrgueres, deixa as fritas saborosas. Comeria fácil a maionese deles só com pão e mais nada. Dica: ao pedir o lanche, peça a maionese à parte.


X Picanha Salada com extra de cebola frita (R$ 25,30)

Endereços:

Rua Cancioneiro Popular, 203 – Chácara Santo Antônio, +55 (11) 5181-1645
Avenida Morumbi, 8667 – Brooklin, +55 (11) 2574-9233 e (11) 2574-9243

Horário de funcionamento: Segunda a sábado das 12hs às 23h30. Fecha domingo.

Dica do Viajante: Faça a reserva via Grubster e ganhe 30% de desconto no valor da conta
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